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Mercado Digital

- Publicada em 06 de Julho de 2021 às 22:01

Para Huawei, Brasil pode se tornar expoente de aplicações em 5G

Novas tecnologias vão otimizar a produção agrícola por meio da automação de processos

Novas tecnologias vão otimizar a produção agrícola por meio da automação de processos


HUAWEI/DIVULGAÇÃO/JC
Enquanto o Tribunal de Contas da União (TCU), a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e o governo discutem os termos do leilão do 5G, que não deve mais acontecer em julho, o buzz em torno da tecnologia segue forte, e a perspectiva é que um novo campo de aplicações se abra.
Enquanto o Tribunal de Contas da União (TCU), a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e o governo discutem os termos do leilão do 5G, que não deve mais acontecer em julho, o buzz em torno da tecnologia segue forte, e a perspectiva é que um novo campo de aplicações se abra.
“O 5G é uma tecnologia com grande poder de disrupção, e que vai trazer uma imensa modernização de tudo que envolve a economia 4.0”, analisa o diretor regional da Huawei Brasil, Mateus Cardoso. Uma das maiores fabricantes globais de equipamentos de telecom, a fabricante chinesa está atenta para os próximos movimentos que devem levar ao início da implantação da quinta geração no País.
“Não somos novatos. Nossa visão é de continuidade, ou seja, vamos seguir provendo nossa infraestrutura para todos os negócios. Estão aguardando o leilão, do qual as operadoras participam, mas sabemos que um novo ecossistema de aplicações finais se abrirá”, projeta. A empresa está há 23 anos no Brasil, tem cerca de 1,2 mil funcionários no País e mais de 15 mil colaboradores indiretos. Globalmente falando, aliás, a Huawei ocupou durante um tempo as manchetes quando o assunto era o 5G – como esquecer a pressão do ex-presidente Donald Trump para banir a fabricante dos leilões pelo mundo. Mas, esse assunto parece ter ficado para trás.
O diretor regional da Huawei está otimista com as perspectivas do Brasil nesta tecnologia. “O País tem potencial para se tornar um exponente na criação de aplicações finais de 5G, mas, para isso, precisamos qualificar as pessoas para trabalharem nesses projetos”, alerta. A fabricante tem parcerias com universidades do Rio Grande do Sul, como Pontifícia Universidade Católica no Rio Grande do Sul e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs).
A quinta geração de serviços de telefonia vai habilitar uma série de novas aplicações, como as de conectividade via Internet das Coisas (IoT). “Um dos pontos de bloqueio para conectarmos carros, geladeiras, iluminação pública e sistemas de vigilância ainda é a tecnologia”, exemplifica. Aliás, quando se fala em 5G, não estamos falando apenas de um serviço de transmissão de dados em mais alta velocidade, mas de baixa latência, o que permitirá aplicações mais robustas como carros autônomos e cirurgias remotas.
A chegada de novas tecnologias também promete otimizar a produção agrícola por meio da automação de processos. A tomada de decisão na agricultura será feita com maior precisão, orientada pela análise de dados coletados por sensores, drones, telemetria e análises climáticas.
Algumas das aplicações do 5G na lavoura são o uso de drones controlados à distância para mapear e monitorar a propriedade rural com mais eficiência, além de coletar dados para produção e ajudar na resolução de problemas como combate à pragas ou até mesmo focos de incêndio com maior agilidade e eficiência. As soluções de Internet das Coisas poderão automatizar funções laborais intensas e na comunicação entre máquinas, promovendo rotas mais eficientes, com melhor uso de combustível, sementes e fertilizantes.
No Centro de Distribuição e Logística da Huawei em Sorocaba (SP), por exemplo, após a instalação de uma rede privada de 5G para suportar as suas operações, o ciclo de produção caiu de 17 horas para 7 horas, atingindo ganhos de 25% mais eficiência por meio da automatização de processos. Ao todo, sete aplicações corporativas aproveitam o sinal 5G instalado. Uma delas é a operação de 12 robôs que transportam e armazenam materiais.
“Eficiência é uma palavra que tem sempre que vir à cabeça quando falarmos de 5G. É uma tecnologia que vai viabilizar uma série de aplicações, inclusive em áreas hostis para a presença humana, como na área de mineração”, diz Cardoso.
Alguns países já estão avançados, por exemplo, na oferta de soluções para o consumidor final. É o caso da Coréia do Sul, onde as operadoras já oferecem planos de aplicações de Realidade Virtual, habilitadas pelo 5G, garantindo uma nova experiência imersiva aos consumidores, como em programas de televisão e na viabilização de eventos ao vivo. Da mesma forma a tecnologia está sendo usada para treinamentos educacionais.
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