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Mercado Digital

- Publicada em 05 de Maio de 2021 às 10:54

Hospital Moinhos de Vento vai selecionar startups para desenvolver projetos na saúde

Centro de Inovação Atrion, do Hospital Moinhos de Vento

Centro de Inovação Atrion, do Hospital Moinhos de Vento


LEONARDO LENSKIJ/DIVULGAÇÃO/JC
O Hospital Moinhos de Vento inaugurou ontem o Centro de Inovação Atrion, ambiente que passará a abrigar novos negócios na área da saúde, acelerar startups e incentivar o intraempreendedorismo, por meio de iniciativas inovadoras dos médicos e demais colaboradores.
O Hospital Moinhos de Vento inaugurou ontem o Centro de Inovação Atrion, ambiente que passará a abrigar novos negócios na área da saúde, acelerar startups e incentivar o intraempreendedorismo, por meio de iniciativas inovadoras dos médicos e demais colaboradores.
O espaço, de 120 m², fica em um prédio próximo ao hospital e conta com espaço para coworking com capacidade para 24 estações de trabalho e copa compartilhada, além de uma estrutura para eventos físicos, híbridos e digitais. A expectativa é fomentar o ecossistema de inovação e ajudar a transformar o setor da saúde com soluções de alto impacto.
O investimento foi de cerca de R$ 550 mil, sem contar a aquisição do espaço. “A inovação sempre foi essencial, mas agora é imprescindível. Queremos nos renovar, questionar o status quo e sermos protagonistas do futuro”, destacou o superintendente executivo do Hospital Moinhos de Vento, Mohamed Parrini. O Atrion é um espelho de uma iniciativa do Johns Hopkins Medicine International, de Baltimore (EUA) – é o único hospital brasileiro afiliado à instituição.
O projeto vinha sendo desenhado há cerca de quatro anos. O gestor explica que a decisão foi de esperar outras iniciativas na área de saúde acontecerem para que fosse possível aprender com isso. Até que chegou o momento de lançar o projeto ao mercado.
“Vamos conseguir o que outros não estão conseguindo. Tem muita gente no mercado corporativo fazendo projetos na área da saúde, mas ainda falta conhecimento sobre esse mercado. Assim, esses players não conseguiam entregar soluções para a gente que nos ajudassem a dar um salto além. Por isso decidimos apostar neste projeto”, relembra.
A presidente da Associação Brasileira CIO Saúde, Jihan Zoghbi, destacou que a ideia de criar oportunidades e descobrir novos negócios acompanha a transformação tecnológica do setor de saúde nacional. “A inovação está democratizando o acesso à medicina no País, caminho que o Hospital Moinhos de Vento percorre há alguns anos e o faz, agora, em momento de crise mundial, com tanta autoridade e competência”, disse.
A iniciativa conta com a parceria da Liga Ventures, plataforma que conecta empresas e startups para gerar novos negócios, conta com um programa de aceleração. O objetivo é selecionar startups que atuam no desenvolvimento de soluções em processos ágeis e automatizados, digitalização e personalização da experiência do paciente, novas tecnologias em educação, além da área de materiais, prevenção e sustentabilidade.
As startups selecionadas irão participar, durante quatro meses, de um processo de aceleração de alto nível. “Queremos oferecer aos donos dessas soluções inovadoras mentorias exclusivas com uma rede de parceiros, executivos e colaboradores da instituição”, relata o coordenador médico de Saúde Digital do Hospital Moinhos de Vento, Felipe Cabral. Segundo ele, os empreendedores ainda terão a oportunidade de desenvolver projetos junto à instituição, com suporte oferecido pela Liga Ventures.
As startups selecionadas no programa terão acesso não apenas aos profissionais e à infraestrutura da instituição, como também poderão testar suas soluções em um ambiente que realiza mais de meio milhão de atendimentos por ano. Serão contatos com diversas personas que permitirão a validação na vida real. As startups interessadas poderão se inscrever até o dia 13 de junho, no site do Centro de Inovação Atrion.
Parrini complementa que as organizações precisam ter um motor de criação, de preferência disruptiva, para poderem competir com elas mesmas. “Temos que colocar a estrutura sob pressão, gerando inovação e sempre colocando em questionamento o status quo vigente que, sozinho, nunca se autoquestiona”, observa.
Além da aceleração, a ideia é incubar negócios que levem à geração de empresas nativas do hospital, preferencialmente no modelo de sociedade. “Queremos criar empresas híbridas que transitem neste mundo dos cuidados com a saúde e a tecnologia”, diz o superintendente do hospital.
A decisão de fazer o Atrion próximo, mas não exatamente dentro da estrutura do hospital, foi muito bem pensada. A visão, compartilhada com outros players do mercado, é de que a inovação deve ser feita próxima da atividade fim da empresa, mas não dentro. “Somos uma instituição de 93 anos, germânica, que cuida da saúde das pessoas. Aqui, o erro não é permitido e o método é elemento central. No dia a dia, temos compromissos muito rigorosos. Já a inovação é um tanto audaciosa, e precisa de espaço acontecer”, relata.
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