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Mercado Digital

- Publicada em 31 de Março de 2021 às 16:57

Os líderes precisam separar o sinal do ruído, e transformação nunca foi ruído, diz Fred Trajano

Executivo diz que. apesar dos recursos, desafio da inovação é maior para grandes corporações

Executivo diz que. apesar dos recursos, desafio da inovação é maior para grandes corporações


Magalu/Divulgação/JC
As 1,3 mil lojas físicas da Magalu, 250 delas no Rio Grande do Sul, ficaram fechadas por ser cerca de quatro a cinco meses em 2020 em função da pandemia da Covid-19. Ainda assim, a companhia teve um crescimento de 60% no seu faturamento no período, resultado puxado pelo e-commerce. Os resultados e a admiração do mercado pela gestão da companhia não deixam dúvidas: o grupo empresarial era um dos que melhor estava preparado no Brasil para enfrentar esse cenário.
As 1,3 mil lojas físicas da Magalu, 250 delas no Rio Grande do Sul, ficaram fechadas por ser cerca de quatro a cinco meses em 2020 em função da pandemia da Covid-19. Ainda assim, a companhia teve um crescimento de 60% no seu faturamento no período, resultado puxado pelo e-commerce. Os resultados e a admiração do mercado pela gestão da companhia não deixam dúvidas: o grupo empresarial era um dos que melhor estava preparado no Brasil para enfrentar esse cenário.
“Quando começou a pandemia, eu sabia que a Magalu sofreria menos que outros players, e que iria sobreviver, pois apostamos na inovação há 20 anos. Nascemos analógicos, mas há muitos anos estamos investindo em tecnologias digitais”, destacou o CEO do Magalu, Frederico Trajano, durante o Tá na Mesa, promovido pela Federasul. O bate papo entre ele e o presidente do Conselho de Administração da Lojas Renner, José Galló, foi mediado pelo presidente da entidade, Anderson Cardoso.
Para o executivo à frente da gigante varejista, a pandemia catalisou mudanças que já estavam acontecendo. Desta forma, as empresas que estão tendo dificuldades agora, provavelmente iriam enfrentar isso mais adiante, caso não houvesse a pandemia.
“Como líderes, temos que separar o sinal do ruído. Transformação digital nunca foi um ruído. Era um sinal claro, só não viu quem não quis”, aponta Trajano, citando o caso de inúmeros negócios analógicos que no passado recente quebraram ou ficaram inexpressivos, como a Sears e a Blockbuster.
Galló concorda que a grande transformação começou antes da pandemia. “Há pouco mais de cinco anos começamos a receber sinais importantes de que as novas tecnologias digitais iriam mudar o comportamento do consumidor e das empresas”, observa.
Essas novas ferramentas permitiram crescimento exponencial. Mais veloz e imprevisível. Com pandemia, os clientes, por sua vez, se tornaram muito mais digitalizados. São novos tempos que mudaram a cabeça dos consumidores e das empresas.
“Os lojistas precisam ser capazes de atender e encantar o cliente em toda sua jornada, e não apenas na loja. São tempos complexos, mas divertidos para quem fizer direito”, ressalta.
Para o empresário, o grande desafio é saber como fazer a transformação, já que as empresas estavam operando de forma tradicional e agora, além de tocar o seu dia a dia, precisam tratar de se reinventar para crescer e sobreviver. “Isso só vai acontecer com uma mudança de mentalidade do principal líder da empresa. É um movimento que causa medo, e o líder precisa ser o grande maestro para definir como cada área vai ser afetada pelas novas tecnologias e qual o papel de cada pessoa nesse processo”, sugere.
E quais as diferenças entre as grandes corporações e as de menor porte nesse movimento acelerado de mudança? Para o CEO da Magalu, inovar é mais difícil para os grandes players. “São organizações que têm mais legado e um mindset pré-estabelecido. Quanto menor a empresa, mais velocidade terá”, analisa.
Para os menores, por outro lado, faltam recursos. Mas o mundo atual tem tratado de atenuar isso. “O mais importante é não se assustar, pois existe solução para todo mundo. E a resposta para isso muitas vezes está nas startups”, sugere Galló.
Trajano reforça essa visão e comenta que o cenário é bem diferente do que quando a Magalu iniciou a sua caminhada. “Hoje em dia existem as tecnologias de nuvem e muitas startups brasileiras que pode ajudar a levar os negócios tradicionais para o on-line. Quando começamos não tinha isso. Tivemos que desenvolver quase toda nossa tecnologia ou comprar de players americanos”, relembra.
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