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Mercado Digital

- Publicada em 03 de Março de 2021 às 18:23

Megavazamento de dados exige cuidados redobrados, alerta especialista

Germano diz que pandemia aumentou interações digitais e criou novas portas para hackers

Germano diz que pandemia aumentou interações digitais e criou novas portas para hackers


Medeiros, Santos & Caprara Advogados/Divulgação/JC
Por US$ 29, quem navega pela dark web pode comprar um programa malicioso para realizar ataques que contaminem, por exemplo, smartphones e outros dispositivos. Os mega vazamentos de dados, que expuseram mais de 220 milhões de brasileiros, inclusive falecidos, deixaram muita gente vulnerável. Ainda não se sabe exatamente a fonte de onde essas informações saíram, mas a verdade é que estão circulando de forma gratuita números de CPF acompanhado de dados como nome, sexo e data de nascimento, além de dados de veículos e de Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas ( CNPJs).
Por US$ 29, quem navega pela dark web pode comprar um programa malicioso para realizar ataques que contaminem, por exemplo, smartphones e outros dispositivos. Os mega vazamentos de dados, que expuseram mais de 220 milhões de brasileiros, inclusive falecidos, deixaram muita gente vulnerável. Ainda não se sabe exatamente a fonte de onde essas informações saíram, mas a verdade é que estão circulando de forma gratuita números de CPF acompanhado de dados como nome, sexo e data de nascimento, além de dados de veículos e de Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas ( CNPJs).
“A todo instante estão acontecendo novos ataques de hackers e precisamos ficar muito atentos”, alerta o advogado Luiz Paulo Germano, especialista em Direito Digital e sócio do escritório Medeiros, Santos & Caprara.
Segundo ele, é o momento de os cidadãos redobrarem a atenção, como no caso de ligações recebidas de empresas, muitas vezes falsas, e ao clicar em links suspeitos, mesmo quando eles sejam recebidos de pessoas conhecidas.
Mercado Digital – O que devemos fazer para reduzirmos o risco que podemos estar correndo com esse vazamento dos dados?
Luiz Paulo Germano – Se as pessoas tiverem suspeita de que estão recebendo contato ou comunicado que não reconhecem como sendo regular, é recomendado mudar as senhas, como do e-mail e de cadastro no banco. Também é importante fazer uma ocorrência policial na delegacia. O Procon-SP tomou a medida de notificar provedores e operadoras de telefonia para eles informarem o que podem dizer, já que nesse último ataque foram 100 milhões de números expostos. No penúltimo, foram 220 milhões de CPFs, inclusive de falecidos.
Mercado Digital – Como devemos proceder para evitar deixar muitos rastros pela web?
Germano – Temos que ter cuidados que, possivelmente, já vínhamos tendo, mas que com esse vazamento precisam ser redobrados. Isso inclui atenção ao elaborar e preencher cadastros on-line para saber se aquele site é realmente confiável, pois podem existir ali informações que dão seriedade ao cadastro, para enganar as pessoas. Não clique em links que são enviados de maneira aleatória e que chegam por e-mail, SMS e WhatsApp. Na maioria das vezes, eles nos conduzem a ser infectados. Só clique se você conhece o remetente e se ele tem o costume de se comunicar dessa forma com você. Crie senhas fortes. Em 2018 e 2019, mais da metade das senhas no mundo era 1234. Para cadastros e senhas bancárias, procure usar letras, números e um caractere especial. Não acesse redes de Wi-Fi públicas que não pedem autenticação em dois fatores. O ideal é que o sistema envie um código que você deve confirmar na plataforma, evitando que alguém se passe por você.
Mercado Digital – Os ataques de cibercriminosos estão mais frequentes. Por qual motivo isso acontece?
Germano – Estamos vivendo um período de pandemia e isso fez que as pessoas, de uma forma geral, migrassem das plataformas físicas de contato para as digitais. Essa já era uma tendência, e agora aumentou. Estamos alimentando de forma mais intensa os bancos de dados, preenchendo cadastros no ambiente digital, revelando nome, CPF e outros dados pessoais e financeiros. Fazemos isso para podermos realizar essas atividades vinculadas a questões de natureza digital, como compras e consultas aos bancos. Boa parte das empresas não tem uma política de privacidade e regras que norteiem essa coleta de dados. Assim, ficam mais suscetíveis a hackers, que encontram ambientes férteis para acessar com certa facilidade esses banco de dados, que acabam vazados e expostos livremente na internet. Feito isso, vão para a dark deep web, onde esses dados são comercializados.
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