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Mercado Digital

- Publicada em 11 de Janeiro de 2021 às 16:35

Mercado Livre capta R$ 1,07 bilhão e consolida posição de liderança

Mercado Livre vai vender alimentos frescos e ingressar no nicho de delivery de restaurantes

Mercado Livre vai vender alimentos frescos e ingressar no nicho de delivery de restaurantes


MERCADO LIVRE/DIVULGAÇÃO/JC
O Mercado Livre concluiu a estruturação de um Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDC) captando R$ 1,070 bilhão para antecipação de recebíveis de cartão de crédito. A distribuição inicial das cotas terá prazo total de 30 meses com amortização nos últimos três meses.
O Mercado Livre concluiu a estruturação de um Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDC) captando R$ 1,070 bilhão para antecipação de recebíveis de cartão de crédito. A distribuição inicial das cotas terá prazo total de 30 meses com amortização nos últimos três meses.
A operação foi coordenada pela XP Investimentos e pelo banco Itaú BBA, e a gestão do fundo será conduzida pelo banco Brasil Plural. A taxa negociada das cotas foi de DI+1,75% ao ano.
"Considerando o forte crescimento da companhia e do braço de serviços financeiros, nosso objetivo é diversificar as fontes de financiamento para ampliar e facilitar a oferta de capital de giro aos vendedores do Mercado Livre e do Mercado Pago'', destaca Tiago Azevedo, Diretor Financeiro do Mercado Livre no Brasil.
Segundo ele, a licença de Instituição Financeira conferida à companhia em novembro também permitirá acesso a diversos instrumentos de financiamento que concedem mais flexibilidade ao negócio. "Tivemos uma grande demonstração de excelência ao receber rating AAA pela agência Fitch, que traz confiança ao mercado, reflete e chancela o robusto modelo de governança da companhia", completa.
A operação representa cerca de 6% do volume de captação atual do Mercado Livre, demonstrando o potencial de crescimento desta modalidade de financiamento para a companhia.
Fundado em 1999, o Mercado Livre é a companhia líder em tecnologia para e-commerce e serviços financeiros na América Latina, que oferece soluções para que pessoas e empresas possam comprar, vender, pagar, anunciar e enviar produtos e serviços por meio da internet.
A pandemia, que obrigou a população do mundo inteiro a fazer mais compras pela internet em função das medidas de isolamento, transformou o e-commerce Mercado Livre, que já era uma das empresas mais valiosas da América Latina, em um titã regional. Do início da crise da Covid-19, em março, até agora, o valor de mercado da companhia, listada desde 2007 na bolsa americana Nasdaq, saltou de US$ 27 bilhões (R$ 145 bilhões) para quase US$ 77 bilhões (R$ 415 bilhões), uma alta de 185%.
O feito levou o marketplace a ultrapassar nomes tradicionais da economia brasileira em valor de mercado, como Petrobrás e todos os grandes bancos. A empresa chegou até mesmo a ultrapassar a Vale e ficar, momentaneamente, na primeira colocação das mais valiosas da região. Considerada por analistas de mercado como a grande competidora latina das gigantes globais Amazon e Alibaba, a empresa se prepara agora para um novo salto: começar a vender alimentos frescos e ingressar no disputado nicho de delivery de restaurantes.
Os números da empresa, que tem sede na Argentina, são superlativos. De janeiro a setembro do ano passado, o total de usuários únicos ativos na plataforma dobrou para 112,5 milhões. O volume de vendas foi a US$ 14,36 bilhões, um aumento de 42% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O forte crescimento não passou despercebido pelos investidores, que passaram 2020 buscando investimentos em empresas de tecnologia com elevado ritmo de expansão: em todo o ano, a ação da companhia avançou de US$ 550 para US$ 1,7 mil.
O cofundador da companhia, Stelleo Tolda, comenta que o período de confinamento, e o forte movimento de digitalização trazido por ele, adiantou em dois anos as estimativas de crescimento traçadas para a empresa. "Isso porque tínhamos projeções muito agressivas, senão seria mais tempo", afirma ele, que também liderou a chegada da companhia ao Brasil, em 1999. Apesar do avanço, a plataforma tem ainda muito espaço para crescer, especialmente quando se analisa experiência em outros países. Em 2020, as vendas on-line no mercado brasileiro passaram de uma participação de 5% do total do varejo para 10%.
"Esse é um movimento que veio para ficar. Olhando para outros mercados o número é próximo de 20%. Na China, onde o e-commerce tem mais penetração, está em 25%", comenta o executivo.
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