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Mercado Digital

- Publicada em 11 de Janeiro de 2021 às 10:20

Digital e cibersegurança são legados da pandemia, aponta PwC

D'Andrea diz que empresas da região estavam com modelo de negócio digital represado

D'Andrea diz que empresas da região estavam com modelo de negócio digital represado


PWC BRASIL /DIVULGAÇÃO/JC
Declínio das receitas, aceleração da digitização e mais investimento em cibersegurança serão alguns dos principais legados que a pandemia da Covid-19 deixará para as empresas. É o que aponta a pesquisa Digital Trust Insights 2020, realizada pela PwC.
Declínio das receitas, aceleração da digitização e mais investimento em cibersegurança serão alguns dos principais legados que a pandemia da Covid-19 deixará para as empresas. É o que aponta a pesquisa Digital Trust Insights 2020, realizada pela PwC.
O estudo entrevistou mais de 3,2 mil executivos e profissionais de TI de 44 países. Da América Latina, foram 272 profissionais, o equivalente a 8% dos participantes, sendo 109 (3,35%) deles brasileiros.
Um dos primeiros impactos provocados pela pandemia deve persistir até 2021. O resultado foi que 83% dos entrevistados brasileiros afirmaram que a receita da empresa em 2020 deverá diminuir (ante 79% global), situação que deve continuar em 2021 para 62% dos participantes nacionais (ante 64% global).
Uma tendência identificada pelo estudo é que a digitização acelerada dos processos deve ser maior no Brasil (48%) e na América Latina (50%) do que no mercado global (40%). A digitização é um conceito mais amplo que a digitalização (que envolve a transformação de dados físicos para o digital), pois engloba a mudança também dos processos e negócios.
“As empresas da região, possivelmente, estavam com um modelo de negócio digital mais represado do que no resto mundo, o que envolve investimentos em e-commerce, apps e novos modelos de negócios. Com a pandemia, tiveram que acelerar em meses o que aconteceria em cinco a seis anos”, destaca o sócio da PwC Brasil e líder da área de Cibersegurança e Proteção de Dados, Edgar D'Andrea.
Mais da metade (56%) dos entrevistados brasileiros também afirmaram que uma das mudanças causadas nas indústrias pelo impacto da Covid-19 deve ser a escolha de novos processos de definição de verbas para gastos ou investimentos em cibersegurança (ante 54% na América Latina e 44% no global).
Além disso, o envolvimento de questões de segurança cibernética e privacidade em todas as decisões ou planejamento de negócios também deve ser uma consequência dos cenários enfrentados ao longo da pandemia (49% Brasil, 53% América Latina, 50% global). Tanto que, segundo 57% dos entrevistados, os investimentos em cibersegurança para 2021 devem aumentar em relação ao montante dedicado em 2020 (enquanto 35% afirmaram que os valores devem ser menores).
D'Andrea comenta que os desafios impostos pela pandemia ajudaram a reforçar a importância dessa área para manter a normalidade das operações nas empresas com segurança e mostrar a capacidade de resiliência. Algo que, segundo ele, está diretamente ligado aos investimentos em segurança cibernética feitos pelas empresas ao longo destes anos.
“O futuro (e o agora) é cada vez mais digital, de modo que a segurança cibernética e a proteção de dados são fundamentais para a confiança e resiliência das empresas e de seus ecossistemas digitais. Isso significa que devem fazer parte do planejamento integrado das companhias”, diz.
Um dos motivos do impacto da Covid-19 na cibersegurança foi, relata D'Andrea, o deslocamento da força de trabalho dos escritórios e indústrias para a casa das pessoas. E não foi o tradicional home office de segunda ou sexta-feira, mas algo permanente.
“Isso exigiu uma mudança significativa ao exigir o acesso, nas residências, aos sistemas, aplicativos e outros recursos tecnológicos da empresa. Não foi algo simples de ser resolvido, já que a infraestrutura por trás de uma operação, geralmente, é bem complexa”, analisa.
As pessoas costumam pensar muito no home office de quem atua nos escritórios, mas o mesmo movimento precisou ser feito para profissionais que realizam tarefas em áreas de produção, como os que monitoram sensores de produção, robôs, usinas e planta fabris.
“Isso ampliou de forma significativa a possibilidade de atacantes invadirem as corporações, especialmente porque muitas pessoas estavam com uma infraestrutura de segurança ainda transitória”, destaca o analista. Segundo ele, dados mostram que o número de ataques quase dobrando no ano passado em relação aos meses equivalentes de 2019.
Quase todas as organizações (96%) afirmaram planejar mudanças em suas estratégias cibernéticas como resultado da Covid-19, com 50% planejando incluir a segurança cibernética e a privacidade em todas as decisões de negócios. E, claro, mais dinheiro possibilitou maior resistência: as organizações com receita inferior a US $1 bilhão foram menos resilientes ao impacto da Covid-19, em comparação com organizações maiores de US $1 bilhão.
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