Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Mercado Digital

- Publicada em 29 de Dezembro de 2020 às 15:08

A razão de existir da Wayra é acelerar negócios da Vivo, diz Livia Brando

Livia comenta que as startups estão mais acostumadas com ambiente volátil

Livia comenta que as startups estão mais acostumadas com ambiente volátil


Wayra Brasil/Divulgação/JC
Hub de inovação aberta da Vivo no Brasil e da Telefónica no mundo, a Wayra encerrou 2020 com 33 empresas ativas no seu portfólio no Brasil e quase 500 no mundo. Em um ano que começou assustador para as startups, a empresa viu as oportunidades acelerarem para quem soube se posicionar com uma oferta capaz de apoiar as grandes empresas na transformação digital. “O nosso portfolio conseguiu passar muito bem pela pandemia”, avalia Livia Brando, country manager da Wayra Brasil. Outra notícia importante em 2020 foi a parceria estratégia com o Cubo Itaú, maior hub de fomento ao empreendedorismo tecnológico da América Latina, com o objetivo de escalar iniciativas de inovação aberta e promover ainda mais as conexões e negócios entre startups e corporações. Criada em 2011, a Wayra opera em dez países, entre eles Brasil, Alemanha, Espanha e Reino Unido, e já investiu cerca de 50 milhões de euros. No Brasil, desde 2012, já investiu em 79 startups.
Hub de inovação aberta da Vivo no Brasil e da Telefónica no mundo, a Wayra encerrou 2020 com 33 empresas ativas no seu portfólio no Brasil e quase 500 no mundo. Em um ano que começou assustador para as startups, a empresa viu as oportunidades acelerarem para quem soube se posicionar com uma oferta capaz de apoiar as grandes empresas na transformação digital. “O nosso portfolio conseguiu passar muito bem pela pandemia”, avalia Livia Brando, country manager da Wayra Brasil. Outra notícia importante em 2020 foi a parceria estratégia com o Cubo Itaú, maior hub de fomento ao empreendedorismo tecnológico da América Latina, com o objetivo de escalar iniciativas de inovação aberta e promover ainda mais as conexões e negócios entre startups e corporações. Criada em 2011, a Wayra opera em dez países, entre eles Brasil, Alemanha, Espanha e Reino Unido, e já investiu cerca de 50 milhões de euros. No Brasil, desde 2012, já investiu em 79 startups.
Mercado Digital – Qual a sensação de olhar para 2020 e pensar em tudo que aconteceu de diferente do que estava previsto?
Livia Brando – O ano foi realmente atípico. Começou com muita incerteza, o primeiro trimestre foi bastante difícil e desafiador para todos. As empresas congelaram novos projetos, contratos ficaram parados e todos passaram a olhar para dentro de si. O mesmo aconteceu com as startups. Nós apoiamos bastante essas empresas neste exercício de rever despesas. Como corporação, vivemos também essa incerteza e, ao perceber que a pandemia ia demorar a passar, todos foram se adaptando. No terceiro trimestre já teve uma recuperação e, desde julho, isso acelerou. O mercado tem liquidez e, com o câmbio favorável, fica interessante para as empresas estrangeiras investirem.
Mercado Digital – Como esse cenário afetou, especialmente, as startups?
Livia – As startups têm flexibilidade e uma agilidade maior, pois estão mais acostumadas com esse ambiente volátil. Mas, claro que essas empresas sentiram o impacto. Muitas que estavam em discussões mais avançadas de captação de recursos tiveram que ver esses planos adiados. O valuation de algumas foi afetado negativamente, mas de outras foi o oposto. O nosso portfólio conseguiu passar muito bem pela pandemia. Temos 33 empresas ativas no nosso portfólio no Brasil e quase 500 no mundo. Algumas startups do nosso portfólio cresceram mais de 400%. É o caso da Netshow.me. Os empreendedores viram o mercado mudando de comportamento e se anteciparam. Antes estavam mais focados em entretenimento, mas viram que as corporações precisavam de serviços de streaming e avançaram. Várias empresas que endereçam o tema transformação digital de processos cresceram muito.
Mercado Digital – Como tem sido a evolução das conexões geradas pela Wayra com o ecossistema de inovação para acelerar os negócios da Vivo?
Livia – A razão de existir da Wayra é acelerar negócios da Vivo. Começamos em 2012 no Brasil como aceleradora, apoiando as startups mais early stage e com autonomia para investir em soluções que não tivessem tanto relação com as demandas da Vivo e da Telefónica. Mas, a partir de 2018, tivemos uma virada bem significativa na estratégia. Hoje estamos presentes em dez países, com sete hubs de inovação e estamos posicionados como um braço fora da empresa, dentro do ecossistema de empreendedorismo, e atuando como um radar para identificar novas startups e conectá-las de forma a gerar negócios com a Vivo e a Telefónica no mundo. Isso também explica porque hoje em dia não interagimos só com as startups em estágio inicial pois, para poder realizar contratos com a Vivo, precisamos de operações mais robustas. Temos um fundo de investimento e passamos a aumentar nosso ticket de investimento para R$ 1 milhão. Quem lidera a rodada são os fundos de venture capital e a gente entra coinvestindo em operações que estão em fase de tração. Essa estratégia deu resultado. Antes, 20% das startups da Wayra geravam negócios com a Vivo. Depois da mudança da estratégia, o índice passou para 40%.
Mercado Digital – A implantação do 5G aumenta a busca da Wayra por startups com tecnologias ligadas a essa tecnologia?
Livia – Quando pensamos em 5G, o mercado ainda está vivendo a primeira onda, muito ligada à infraestrutura. É apenas a ponta do iceberg, de um mar de oportunidades que se abre. Mas, estamos atentos para novas soluções de Internet das Coisas (IoT), Máquina-Máquina e Machine Learning que, quando passarem a rodar em cima do 5G, mudarão muito a dinâmica do que estamos acostumados hoje, como no caso dos carros conectados. Esse movimento só está começando e estamos olhando muito para analítica avançada, algoritmos e cibersegurança. Já quando pensamos em verticais, as áreas da saúde, educação e serviços financeiros estão muito aceleradas. Aproximar as pessoas ao ensino remoto de qualidade e questões como telemedicina vai exigir cada vez mais conectividade. As telecoms deixam de ser players de telecomunicações e passaram a ser empresas de tecnologia. Quem não virar a chave vai se tornar uma operação de infraestrutura, e esse não é o nosso caso. Estamos avançando muito em criar experiências que mudem o dia a dia dos usuários.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO