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Mercado Digital

- Publicada em 29 de Outubro de 2020 às 13:58

Pessoas preferem falar com robôs do que com seus gestores sobre saúde mental

Rocha diz que pessoas acreditam que com a tecnologia encontrarão um campo livre de julgamentos

Rocha diz que pessoas acreditam que com a tecnologia encontrarão um campo livre de julgamentos


Oracle Brasil/Divulgação/JC
A Covid-19 aumentou o estresse, a ansiedade e o esgotamento no local de trabalho para pessoas em todo o mundo. As novas pressões apresentadas pela pandemia global foram adicionadas aos fatores estressores diários do local de trabalho, incluindo a pressão para atender aos padrões de desempenho (44%), lidar com tarefas rotineiras e tediosas (46%) e lidar com cargas de trabalho imprevisíveis (39%).
A Covid-19 aumentou o estresse, a ansiedade e o esgotamento no local de trabalho para pessoas em todo o mundo. As novas pressões apresentadas pela pandemia global foram adicionadas aos fatores estressores diários do local de trabalho, incluindo a pressão para atender aos padrões de desempenho (44%), lidar com tarefas rotineiras e tediosas (46%) e lidar com cargas de trabalho imprevisíveis (39%).
Cenários que já estão sendo sentidos pelas pessoas há bastante tempo, e cada dia mais se agravam. O alerta é da pesquisa realizada pela Oracle e a Workplace Intelligence, empresa de consultoria em pesquisa de RH, que traz um dado curioso: os indivíduos preferem a ajuda de robôs em vez dos seus gestores para tentar superar esse momento.
No Brasil, por exemplo, 86% dos trabalhadores acreditam que os robôs podem apoiar melhor sua saúde mental do que os humanos. “As pessoas preferem conversar sobre esse tema com uma solução de Inteligência Artificial porque acreditam que encontrarão um campo livre de julgamento, sem viés inconsciente de quem está ouvindo e sem a preocupação de o gestor passar a vê-las como fracas ou incapacitadas para o trabalho”, analisa o gerente de Soluções de Recursos Humanos na Oracle Brasil, Maicon Rocha. Outra perspectiva revelada é a de conseguir, com o robô, respostas mais diretas e pragmáticas, baseadas em estatísticas.
O estudo global contou com mais de 12 mil entrevistados entre funcionários, gerentes, líderes de RH e executivos C-level em 11 países. O gestor comenta que o home office funcionou como um divisor de águas para muitos trabalhadores, já que a pandemia acelerou a implementação de novas formas de trabalho. Nunca a tecnologia foi tão necessária para o mundo corporativo como agora. Mas, a ideia é que as inovações devem estar no centro das discussões sobre como melhorar a experiência do trabalhador em casa e onde quer que ele esteja, como forma de fomentar o bem-estar de cada um deles.
“O ano de 2020 é, possivelmente, o mais estressante das nossas vidas. As pessoas estão passando por muitas coisas e as corporações pressionam para que elas continuem realizando o seu trabalho como se não estivessem”, analisa Rocha.
Segundo ele, com medo do desemprego, os trabalhadores passaram a elevar a barra de desempenho para tentar manter uma performance, no mínimo, igual a antes. Juntando isso a novas tarefas rotineiras operacionais, mais tediosas, que passamos a ter que fazer, e para as quais antes tínhamos mais apoio no ambiente de trabalho, está gerada a carga de trabalho adicional e imprevisível.
“Começamos a nos permitir aceitar uma carga de trabalho muito acima do saudável. E isso ajudou a fazer explodir essa crise de saúde mental global, que já existia, mas foi exponencializada pela pandemia”, analisa.
Dan Schawbel, gerente parceiro da Workplace Intelligence, comenta que com as novas expectativas de trabalho remoto e linhas confusas entre a vida pessoal e profissional, o custo do Covid-19 em nossa saúde mental é significativo - e é algo com que os trabalhadores de todos os setores e países estão lidando.
“A pandemia colocou a saúde mental na frente e no centro - é o maior problema da força de trabalho hoje e será na próxima década. Os resultados do nosso estudo mostram o quão difundido este problema se tornou e porque agora é a hora das organizações começarem a falar sobre ele e a explorar novas soluções”, aponta.
As pessoas estão adoecendo mentalmente, e isso as afeta também fisicamente. Ansiedade, depressão, solidão e bournout (nível máximo de estresse) precisam estar na pauta das empresas, mas, para Rocha, as empresas estão negligenciando o tema da saúde mental.
“Esse cenário abre novos cenários e abordagens, mas também uma preocupação de como as lideranças estão se posicionando. Elas estão preparadas para lidar com nosso capital mais precioso, que são as pessoas”, questiona o gerente de Soluções de Recursos Humanos na Oracle Brasil.
Dados sobre a saúde mental nas empresas
- 70% dos brasileiros tiveram mais estresse e ansiedade no trabalho este ano em comparação com qualquer outro ano anterior. Este aumento afetou negativamente a saúde mental de 73% dos trabalhadores brasileiros.
- Os brasileiros são os que mais perdem o sono devido ao estresse e ansiedade relacionados ao trabalho (53%), em comparação com 40% no mundo todo.
- 90% dos brasileiros e 85% dos trabalhadores globais dizem que problemas de saúde mental no trabalho (estresse, ansiedade e depressão) afetam sua vida doméstica.
- 68% da força de trabalho global prefere falar com um robô sobre estresse e ansiedade em vez de seu gerente - enquanto no Brasil esse número é de 64%.
- 87% dos entrevistados brasileiros disseram que a IA ajudou sua saúde mental no trabalho. Os principais benefícios observados foram fornecer as informações necessárias para fazer seu trabalho com mais eficácia (42%), automatizar tarefas e reduzir a carga para evitar a síndrome de Burnout (41%) e reduzir o estresse ajudando a priorizar tarefas (34%).
Fonte: Oracle e a Workplace Intelligence
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