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Mercado Digital

- Publicada em 27 de Outubro de 2020 às 09:43

Sami, startup brasileira de saúde, recebe aporte recorde na América Latina de R$ 86 milhões

Asseituno e Berardo, cofundadores da Sami, dizem que empresa vai se transformasr em operadora de saúde

Asseituno e Berardo, cofundadores da Sami, dizem que empresa vai se transformasr em operadora de saúde


Sami/Divulgação/JC
A healthtech Sami acaba de conquistar a maior rodada Série A já registrada em uma startup de saúde na América Latina. O aporte de R$ 86 milhões foi co-liderado pela Valor Capital Group e pela monashees e se soma aos investimentos de nomes como Redpoint eventures e Canary. O anúncio repercutiu em diversos países, afinal, os recursos somados da empresa vêm de quatro dos cinco fundos mais ativos no Brasil, e que estão por trás de sete dos 13 unicórnios brasileiros.
A healthtech Sami acaba de conquistar a maior rodada Série A já registrada em uma startup de saúde na América Latina. O aporte de R$ 86 milhões foi co-liderado pela Valor Capital Group e pela monashees e se soma aos investimentos de nomes como Redpoint eventures e Canary. O anúncio repercutiu em diversos países, afinal, os recursos somados da empresa vêm de quatro dos cinco fundos mais ativos no Brasil, e que estão por trás de sete dos 13 unicórnios brasileiros.
“São fundos concorrentes investindo na mesma empresa. O mercado de saúde será cada vez mais ser mais digital e agora com a pandemia da Covid-19 se tornou prioridade para o Brasil e para o mundo”, comenta Vitor Asseituno, médico fundador e presidente da startup.
A empresa foi criada em 2018 para oferecer soluções capazes de resolver os principais problemas do sistema de saúde, como alto custo, ineficiência e baixa qualidade no atendimento médico. Esse anúncio marca a transformação da startup em uma operadora de planos de saúde.
Com a nova rodada de capital, a Sami será pioneira na gestão de toda a cadeia de valor da saúde, da contratação à alta hospitalar, passando por consultas, exames e procedimentos. A plataforma vai oferecer atenção primária ao usuário e direcionamento médico 24 horas por dia, unindo a praticidade do digital, o cuidado necessário ao paciente e a sustentabilidade que o setor precisa para tornar a saúde mais acessível no Brasil.
O foco é oferecer uma oferta digital para atender empresas de pequeno porte e profissionais liberais. O início da operação está previsto para novembro, e neste primeiro momento em São Paulo. Quem possuir CNPJ já pode se inscrever em uma lista de espera com condições especiais pelo site http://www.samisaude.com.br.
Esse mercado, segundo o empreendedor, é altamente promissor. O Brasil é o segundo maior mercado privado de saúde do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Porém, enfrenta custos crescentes. Em 2018, a média de reajuste dos contratos de planos coletivos foi de 13,32%. Entre 2013 e 2018, a inflação dos planos empresariais chegou a 158,35%.
A Sami quer mudar esse cenário por meio de uma relação de confiança e tecnologia a serviço da saúde, reduzindo desperdícios e aumentando a eficiência. “Plano de saúde é o terceiro maior desejo dos brasileiros, mas é muito caro. É muito bom poder trazer inovação em uma área tão carente”, destaca.
Para o Partner da Redpoint eventures, Rodrigo Baer, é preciso repensar completamente o setor. "O custo dos planos de saúde tem crescido de maneira insustentável, ou seja, cada vez menos pessoas conseguem pagar. A Sami se propõe a redesenhar o sistema de saúde, alavancando a disponibilidade de dados e o acompanhamento do paciente, para garantir atendimento de qualidade e custos controlados", destaca.
Os recursos captados serão direcionados para o cumprimento de todas as regulamentações exigidas para a entrada em operação de um plano de saúde. Além disso, a estimativa é investir em tecnologia.
A empresa já oferece são soluções de reconhecimento de documentos e uma ferramenta de telemedicina com uma experiência similar ao WhatsApp. A ideia agora é que o usuário compre um plano 100% digital. Ele anexa os documentos na plataforma e sai com plano habilitado.
"A Sami quer melhorar o atendimento ao paciente e também beneficiar todo o sistema, que precisa com urgência de uma transformação. Hoje encontramos um mercado de contratação difícil e burocrática que oferece planos caros e sem qualidade, valorizando mais a quantidade de procedimentos do que a orientação e o cuidado coordenado de saúde”, analisa o gestor. A empresa conta com 35 desenvolvedores, 25 Brasil e dez na índia.
Asseituno diz que outro foco é usar melhor os dados gerados pelos pacientes, que hoje em dia ficam armazenados, para melhorar os processos e, até mesmo, acelerar a cura de doenças. “Os dados que a tecnologia nos traz poderão nos ensinar a tornar a saúde melhor e mais barata”, projeta.
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