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Mercado Digital

- Publicada em 23 de Setembro de 2020 às 15:21

Retailtechs apoiam varejo tradicional e avançam no Brasil

Ávila diz que gigantes estão se unindo às startups para recuperar espaço perdido para Magazine Luiza

Ávila diz que gigantes estão se unindo às startups para recuperar espaço perdido para Magazine Luiza


Distrito Dataminer/Divulgação/JC
As retailtechs, startups de varejo, ganharam relevância no Brasil com o cenário da pandemia. Foi grande o número de negócios realizados por estes players desde o início do ano, e muitos deles a partir da aproximação com os players tradicionais, que tiveram que acelerar a transformação.
As retailtechs, startups de varejo, ganharam relevância no Brasil com o cenário da pandemia. Foi grande o número de negócios realizados por estes players desde o início do ano, e muitos deles a partir da aproximação com os players tradicionais, que tiveram que acelerar a transformação.
“Os varejistas tiveram que se readaptar para se adequar mais rapidamente ao mundo digital. Pulamos, facilmente, de dois a três anos. E isso se refletiu nas startups que trabalham com digitalização nesta área”, analisa Tiago Ávila, líder do Distrito Dataminer, braço do Distrito responsável pela elaboração de estudos do universo de startups.
Com o crescimento do e-commerce, a modernização dos pontos de venda e a oferta de experiências personalizadas aos clientes, as retailtechs passaram a ser peças centrais. E isso também é resultado da preparação destas empresas ao longo dos últimos anos. “Essas startups já vinham em uma construção anterior à pandemia. É um setor que vem crescendo e se desenvolvendo rápido”, diz.
Entre as gigantes do varejo tradicional, Ávila destaca o trabalho feito pela Magazine Luiza que, segundo ele, percebeu esse movimento digital quatro anos antes de todos os concorrentes. “Isso deu à companhia uma grande vantagem competitiva. O que as demais do setor estão fazendo agora é se unir ao ecossistema de inovação para não ter que ficar mais três anos construindo esse aprendizado e poder, com o apoio das retailtechs, aplicar logo no seu negócio”, explica.
Um mapeamento detalhado sobre o cenário no Brasil das retailtechs, realizado pela Distrito Dataminer em parceria com a KPMG, mostra que existem hoje no País 644 retailtechs consideradas capazes de alterar todo o processo de venda de um produto ou serviço. A maioria (84,4%) nasceu ao longo da última década e está concentrada nas regiões Sudeste (65,2%) e Sul (24,2%), sendo São Paulo (45,8%) o principal polo. Essas startups têm, em média, seis anos de vida e empregam 36 mil pessoas.
De acordo com o levantamento, as retailtechs que melhoram a gestão de lojas, inventário, estoques, vendedores e todo o processo comercial de empresas são as mais numerosas e respondem por 29,2% do total. Em seguida, aparecem as que aprimoram o engajamento do consumidor, com 19,1%, e aquelas voltadas para lojas virtuais, com 18%. Dado o modelo do setor, a grande maioria destas startups (70%) atende outras empresas. A Elo7, Dafiti e Hotmart foram as mais acessadas pelo público em agosto de 2020.

Retailtechs receberam US$ 1,1 bilhão desde 2011 

Desde 2011, as retailtechs no Brasil receberam US$ 1,1 bilhão em 238 rodadas de venture capital no varejo. Os aportes no estágio seed são os mais comuns, com 98 rodadas. A categoria de e-commerce, que corresponde por 18% destas startups e detém 35% dos funcionários que atuam na área, recebeu 56% do total. O maior volume de capital investido durante a última década aconteceu em 2019 e foi impulsionado pelos investimentos multimilionários na Loggi, Vtex e MadeiraMadeira.
O estudo listou ainda as startups que mais se destacam no setor: Loggi, Vtex, Peixe Urbano, Pic Pay, Ebanx, Stone, Hotmart, Amaro, Dafiit e MadeiraMadeira. Os critérios levam em conta um algoritmo de scoring que contabiliza número de funcionários, crescimento no ano anterior, faturamento presumido via análise do CNPJ, investimento captado, acessos no site e métricas de redes sociais.
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