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Mercado Digital

- Publicada em 22 de Setembro de 2020 às 13:26

Quanto quer ser a plataforma de open banking para bancos e fintechs

Empresa captou US$ 15 milhões em uma rodada liderada pelo Bradesco e Itaú Unibanco

Empresa captou US$ 15 milhões em uma rodada liderada pelo Bradesco e Itaú Unibanco


Quanto/Divulgação/JC
Plataforma pioneira em open banking no Brasil, a Quanto acaba de captar US$ 15 milhões em equity e dívida conversível, em uma rodada de investimento liderada pelo Bradesco e Itaú Unibanco. Também participaram os fundos Kaszek Ventures e Coatue.
Plataforma pioneira em open banking no Brasil, a Quanto acaba de captar US$ 15 milhões em equity e dívida conversível, em uma rodada de investimento liderada pelo Bradesco e Itaú Unibanco. Também participaram os fundos Kaszek Ventures e Coatue.
Os recursos deste aporte serão usados, especialmente, para aumentar a equipe e buscar novos parceiros. "Queremos dobrar de tamanho antes da entrada no ar do open banking. Hoje somos 45 pessoas e vamos chegar a 85, 90 muito em breve", projeta o fundador e CEO da Quanto, Ricardo Taveira. A participação do Bradesco foi realizada por meio do fundo Inovabra Ventures e a do Itaú Unibanco foi feita diretamente. Todos os investidores entram com participação minoritária e Taveira segue no controle da Quanto.
O open banking prevê o compartilhamento de dados e serviços bancários, com autorização dos clientes, entre instituições financeiras. E a Quanto está se posicionando para ser a plataforma de capaz de viabilizar isso. A startup criou um ambiente onde fintechs, bancos e usuários podem compartilhar dados e construir melhores opções de serviços financeiros. "O nosso papel é entregar a plataforma para os bancos e fintechs operarem o open banking", resume o executivo.
A Quanto fornece uma API de dados bancários padronizada que, juntamente com uma camada de análise de dados avançada, pode reduzir o tempo e o custo de acesso aos dados de contas bancárias. Ao mesmo tempo, dá ao consumidor final o controle sobre as suas informações financeiras através de um site dedicado, permitindo que contratem e manipulem serviços financeiros por meio dessa mesma API.
Com previsão de passar a valer em maio de 2021, o open banking tem tudo para gerar uma nova dinâmica, mais competitiva, para a indústria financeira. Sabe a dificuldade que muitos usuários têm para contratar produtos financeiros? Pois a ideia é que o open banking solucione isso, ao dar mais acesso e transparência para o provedor financeiro e, ao mesmo tempo, reduzir o esforço dos usuários para fazer a contratação dos serviços.
É possível, por exemplo, que o cliente tenha acesso a crédito a juros baixos e taxas competitivas sem a necessidade de responder uma série de formulários – apenas compartilhando seus dados bancários com vários credores por meio de um único login. Assim, ele consegue, facilmente, avaliar a oferta de vários bancos e decidir qual é a mais interessante.
"A gente entra para ofertar tecnologia para fazer isso acontecer, seja para ajudar bancos a consumir dados melhor, coletadas com consentimento dos usuários, seja para empoderar os usuários para tomar decisões", diz Taveira.
O executivo conta que a grande maioria dos bancos não tem ainda uma plataforma pronta para operar o open banking. Isso se deve, especialmente, ao fato de que as especificações técnicas não foram finalizadas pelo Banco Central. "Trata-se de um projeto muito grande e moderno. Os bancos estão experimentando, mas isso exige uma caminhada”, diz.
A empresa já está recebendo projetos para auxiliar no uso dos dados bancários, já com consentimento dos usuários, de forma a antecipar esses modelos de análise de crédito e de comunicação sobre o que é o open banking, por exemplo. "Os bancos estão começando a testar agora porque, se deixarem para fazer isso em maio, vai ser complicado" alerta.
Taveira acredita que o Brasil tem o potencial de liderar o uso de open banking no mundo. “O Open banking representa uma mudança na maneira como entendemos e consumimos serviços financeiros. É animador ver o mercado brasileiro abraçar esse movimento de maneira tão positiva Essa rodada de investimento que fizemos é a prova disso", completa.
O que é o open banking?
O open banking é o compartilhamento de dados e serviços bancários, com autorização dos clientes, entre instituições financeiras por meio da integração de plataformas e infraestruturas de tecnologia.
De acordo com o Banco Central, o open banking está alinhado com a Lei de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). Isso porque, parte do princípio de que os dados bancários pertencem aos clientes e não às instituições financeiras. Dessa forma, desde que autorizadas pelo correntista, as instituições financeiras terão que compartilhar dados, produtos e serviços com outras instituições, por meio de abertura e integração de plataformas e infraestruturas de tecnologia, de forma segura, ágil e conveniente.
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