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Mercado Digital

- Publicada em 24 de Agosto de 2020 às 17:32

Startup cria sabonete antisséptico que dura seis horas na pele

Produto foi lançado em julho e empresa já precisou fazer reposição nas lojas

Produto foi lançado em julho e empresa já precisou fazer reposição nas lojas


Aya Tech /Divulgação/JC
A Aya Tech, startup brasileira liderada pela cientista Fernanda Checchinato, aposta em novo produto para ajudar no combate a bactérias e vírus, como o coronavírus. É o Gy, um sabonete antisséptico cujo efeito na pele pode durar até seis horas.
A Aya Tech, startup brasileira liderada pela cientista Fernanda Checchinato, aposta em novo produto para ajudar no combate a bactérias e vírus, como o coronavírus. É o Gy, um sabonete antisséptico cujo efeito na pele pode durar até seis horas.
Segundo a engenheira química, se a pessoa colocar a mão em uma maçaneta contaminada neste período de tempo, estará protegida pelo produto. Isso porque, ele fica na epiderme. Da mesma forma, se tomar banho ao retornar do supermercado e precisar sair novamente, não precisa repetir o banho na volta.
“Usei o ativo clorexidina, usado no âmbito hospitalar e em cirurgias dentárias, pois fica ativo por muitas horas. Foi o primeiro produto de higiene pessoal lançado no Brasil que usa esse ativo na sua composição e destinado para o usuário final”, destaca. Além de matar 99,9% das bactérias, esse sabonete limpa a pele sem ressecar. O Gy começou a chegar ao mercado em meados de julho e já foi necessária reposição. Esse mesmo ativo já tinha sido usado em outro produto da Aya Tech, o spray bactericida e fungicida para as mãos.
Outro produto da Aya Tech, o spray bactericida e fungicida para roupas Microbac, faz parte do portfólio da startup desde 2016, mas recentemente se tornou um forte aliado no combate a Covid-19, já que as pessoas começaram a usá-lo também nas máscaras de tecido. Os produtos desta linha tiveram 140% de aumento nas vendas durante a pandemia.
Quando o vírus entra em contato com o produto, como ao encostar em um casaco no qual foi aplicado o spray, ele ‘come’um pedaço do tratamento e, então, morre. “É como se o princípio ativo tivesse micro espadas. O vírus bate ali, quebra uma das espadas, desativa um pouco do produto aplicado naquele ponto e morre”, conta.
Por isso, de tempos em tempos é preciso reaplicar o spray, para novas ‘microespadas’ protegerem a peça. A duração é de dois meses, a menos que a pessoa esteja frequentando ambientes com muita exposição, como um hospital. “Se se alguém tossir perto da sala roupa, ela fica protegida. A cada 15 dias eu dou borrifada do produto na minha máscara, conta”, conta Fernanda. 
A Aya Tech foi criada por Fernanda em 2010 e começou fabricando camisetas com repelentes de insetos. Mas, não demorou até que viesse a decisão de mudar o foco de atuação. “O Brasil não absorvia muita inovação e tivemos dificuldade, pois era preciso ter todo um know how em fabricação. Logo vimos que tínhamos que criar um produto para aplicar na roupa do consumidor, e não vender a roupa”, recorda.
A operação conta apenas com mulheres no time e a fabricação e terceirizada, uma forma também de proteger a propriedade intelectual dos produtos. “A gente fraciona os processos e, assim, ninguém fica sabendo da formulação. Sem falar que conseguimos ter um custo fixo baixo, pois a produção é por demanda”, relata.
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