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Mercado Digital

- Publicada em 30 de Março de 2020 às 13:54

Infraestrutura do Brasil reage bem a aumento dos acessos à internet

País não está usando nem 50% de sua capacidade, afirma a NIC.br

País não está usando nem 50% de sua capacidade, afirma a NIC.br


Glenn Carstens Peters by Unsplash/Divulgação/JC
Boa parte da população está em casa, atendendo aos pedidos de isolamento social feitos pelas autoridades de saúde. A rotina de trabalho, para muitos, virou home office. As noites e finais de semana, que as pessoas costumavam sair para os parques, cinemas, shoppings, bares e restaurantes, agora é no sofá de casa, em frente à TV, tablet ou smartphones. O que isso significa? Mais gente acessando a internet e uma potencial sobrecarga na infraestrutura.
Boa parte da população está em casa, atendendo aos pedidos de isolamento social feitos pelas autoridades de saúde. A rotina de trabalho, para muitos, virou home office. As noites e finais de semana, que as pessoas costumavam sair para os parques, cinemas, shoppings, bares e restaurantes, agora é no sofá de casa, em frente à TV, tablet ou smartphones. O que isso significa? Mais gente acessando a internet e uma potencial sobrecarga na infraestrutura.
Consolidado entre os maiores Pontos de Troca de Tráfego Internet do mundo, o Brasil Internet Exchange (IX.br),administrado pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), ultrapassou a marca de 11 Tb/s de pico de tráfego internet em 23 de março. Entre os fatores que contribuíram para o aumento, claro, está o Covid-19.
Mas, passados alguns dias destes novos hábitos, o que muita gente temia não está acontecendo. Mesmo que ocorra uma ou outra oscilação no sinal ou lentidão – o que, diga-se de passagem, é uma realidade mesmo antes do coronavírus - de uma forma geral a infraestrutura brasileira está reagindo bem a esse momento.
“Não estamos usando nem 50% da capacidade da nossa rede. Atingimos o total de 11 Tb/s de pico de tráfego internet, e temos capacidade de chegar a algo em torno de 25 Tb/s”, diz o diretor de projetos especiais e de desenvolvimento do NIC.br, Milton Kaoru Kashiwakura.
O que explica esses bons resultados? Para ele, o Brasil está preparado porque a internet no País está crescendo ano após ano, tanto em base de usuários como de tráfego. “Isso significa que os investimentos em expansão da rede estão acontecendo naturalmente”, analisa. O NIC.br é uma entidade civil, de direito privado e sem fins de lucro responsável por implementar as decisões e projetos do Comitê Gestor da Internet no Brasil, como a Brasil Internet Exchange (IX.br), que está presente em mais de 30 localidades nas cinco regiões do Brasil e figura entre os maiores Pontos de Troca de Tráfego Internet (PTT) do mundo. Isso não significa que toda infraestrutura de internet usada no Brasil passe pelo IX.br, pois tem ainda as redes das operadoras de telefonia, mas uma grande parte dela sim.
“A infraestrutura de telecom do Brasil é de nível mundial e, na medida que cresce o tráfego, as empresas estão investindo e aumentando a capacidade. O que abala a rede são momentos de pico, por isso é preciso monitoramento constante”, relata o presidente do Teleco, Eduardo Tude.
Claro que é preciso alguns cuidados para evitar o colapso da rede caso essa situação dure ainda muito tempo. Algumas medidas importantes já começaram a ser tomadas. Nos últimos dias, em resposta a uma solicitação da União Europeia, as empresas de serviços de streaming de entretenimento diminuíram sua qualidade de vídeo para reduzir as restrições de largura de banda. A Netflix conseguiu reduzir a carga de tráfego em 25%, começando com a Itália e a Espanha, que tiveram os maiores picos de tráfego. No Brasil isso também está acontecendo.
As pessoas também podem ajudar mudando um pouco seus hábitos. O ideal é deixar os horários das 10 às 18 horas para o teletrabalho e acessar conteúdos mais pesados mais tarde da noite. “Poderão sentir mais a oscilação da internet os usuários de empresas que estavam com as redes ajustadas para atendê-los no limite”, alerta Kashiwakura.
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