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- Publicada em 05 de Março de 2020 às 17:03

Gigantes de tecnologia apostam em líderes mulheres

Empresas com mais diversidade de gênero têm 15% mais chances de obter retornos financeiros acima da média

Empresas com mais diversidade de gênero têm 15% mais chances de obter retornos financeiros acima da média


WILLIAM IVEN ON UNSPLASH/DIVULGAÇÃO/JC
O dia 8 de março marca as comemorações do Dia Internacional da Mulher e também tem se tornado um momento de reflexão sobre os caminhos para quebrarmos estereótipos e fazemos com que mais representantes do sexo feminino possam fazer parte do jogo global nessa nova era digital.
O dia 8 de março marca as comemorações do Dia Internacional da Mulher e também tem se tornado um momento de reflexão sobre os caminhos para quebrarmos estereótipos e fazemos com que mais representantes do sexo feminino possam fazer parte do jogo global nessa nova era digital.
Estudos de instituições como Instituto Global McKinsey, IBM e IBGE atestam essa desigualdade. Desde que Marie Curie recebeu o Prêmio Nobel em 1903, apenas 17 mulheres foram reconhecidas em física, química ou medicina frente a 572 homens. Apenas 35% dos estudantes matriculados em carreiras vinculadas a STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática) no ensino superior são mulheres. Essa lacuna de gênero no local de trabalho pode persistir até 2073, a menos que as empresas priorizem o avanço das mulheres em posições de liderança. Tudo isso em um cenário em que pesquisas apontam que empresas com um índice superior da diversidade de gênero têm 15% mais chances de obter retornos financeiros acima de sua média da indústria nacional.
Na área de tecnologia, onde a presença dos homens ainda é massiva, alguns players têm apostado em gestoras para ditar os rumos dos negócios da nova era digital. Empresas como SAP (Cristina Palmaka), Intel (Gisselle Ruiz Lanza), Microsoft (Tânia Cosentino) e Pay Pal (Paula Paschoal), têm as mulheres como suas principais executivas. 

Gisselle Ruiz Lanza, da Intel, diz que é preciso quebrar paradigmas

Gisselle Ruiz Lanza, diretora geral da Intel

Gisselle Ruiz Lanza, diretora geral da Intel


INTEL/DIVULGAÇÃO/JC
“Inovar está intimamente ligado com a área de TI. E é isso que nós, mulheres, estamos fazendo no setor: trazendo o novo, buscando nosso espaço, quebrando paradigmas e revolucionando. É preciso descortinar paradigmas para que sejamos cada vez mais reconhecidas nessa área. Como a tecnologia se tornou o centro das empresas, é preciso abrir a mente para entender que estamos num meio que precisa ser estratégico, crucial e qualificado, e isso independe de gênero”. Gisselle Ruiz Lanza, diretora geral da Intel

Capacitar mulheres é determinante, aponta Adriana Aroulho, VP de operações da SAP Brasil

Adriana Aroulho, vice-presidente de operações da SAP Brasil

Adriana Aroulho, vice-presidente de operações da SAP Brasil


SAP/DIVULGAÇÃO/JC
“Tão importante como contratar mulheres para cargos de liderança é investir em treinamento e capacitação para que as profissionais que ingressam na empresa possam se desenvolver e almejar novas posições. Quando ingressei na SAP, em 2017, já encontrei um ambiente com muitas mulheres em cargos de liderança, inclusive a presidência, que é ocupada pela Cristina Palmaka. Fazemos um trabalho forte para disseminar boas práticas e temos atividades externas em escolas e instituições para incentivar que cada vez mais meninas se interessem por carreiras como Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática".  Adriana Aroulho, vice-presidente de operações da SAP Brasil

Mulheres costumam se cobrar por desempenho, relata Ana Paula Appel, data scientist na IBM Brasil

Ana Paula Appel, Researcher and Data Scientist na IBM Brasil

Ana Paula Appel, Researcher and Data Scientist na IBM Brasil


IBM/DIVULGAÇÃO/JC
“As empresas deveriam ter mais mulheres em cargos técnicos e de liderança e uma maior presença em escolas de ensino médio, mostrando exemplos de talentos femininos para incentivar mais meninas a perseguirem uma formação em exatas, já que as novas tecnologias, como Inteligência Artificial (IA), Blockchain e Cloud, abrem possibilidades promissoras de carreiras nessa área. Minha área de atuação é muito dinâmica e demanda muita habilidade técnica, por isso me cobro para ter sempre o conhecimento necessário para colaboração com as pessoas e mostrar ao cliente que a solução que está sendo desenvolvida está correta. Como mulher, acabo me cobrando muito para evitar comparações." Ana Paula Appel, Researcher and Data Scientist na IBM Brasil