A influência dos robôs eleitorais

Com as eleições se aproximando, os robôs (bots) voltaram com toda força ao debate político. Levantamento do DAPP Report, da FGV, mostram que de quarta-feira (05) até terça (11), eles responderam por 10,8% de todas as interações sobre os presidenciáveis no Twitter, o que a instituição chama de interferência ilegítima. Dos 9,9 milhões de tuítes e 7,3 milhões de retuítes, 788 mil foram provenientes de robôs. "A tendência de crescimento observada desde o início da campanha eleitoral sugere que nos próximos dias teremos uma intensificação do uso de robôs", comenta o pesquisador da FGV DAPP Danilo Carvalho. Neste perfil de uso de robôs, a meta é fazer as pessoas acreditarem que se tratam de indivíduos curtindo e compartilhando determinados conteúdos nas redes sociais quando, na verdade, são mensagens pré-programadas por um computador tentando influenciar as pessoas sobre algumas temas. O aumento na atividade automatizada foi verificada em todos os principais grupos de discussão no Twitter: o de Bolsonaro (com 18,4%), Ciro Gomes (12,1%), Haddad (11,6%) e o que reúne apoio a Amoêdo e Alckmin (6,1%). O DAPP Report é uma publicação produzida semanalmente pela FGV DAPP para analisar o cenário político brasileiro a partir do debate público nas redes sociais.