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Livros

- Publicada em 12 de Maio de 2022 às 18:25

Histórias em psicoterapia e psiquiatria por Fernando Lejderman

Muitos dos livros das áreas de psicologia e psiquiatria são eminentemente técnicos, dirigidos aos profissionais - e outros, que mesclam histórias de pacientes com tratamentos, medicação e diferentes abordagens terápicas, interessam vivamente ao público em geral. É bem o caso da obra Afetos, Tormentos e Desabafos - Histórias em psicoterapia e psiquiatria (Artmed, 220 páginas, R$ 73,80 impresso e R$ 45,92 e-Book) do experiente e consagrado psiquiatra porto-alegrense Fernando Lejderman, graduado em 1979 pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Muitos dos livros das áreas de psicologia e psiquiatria são eminentemente técnicos, dirigidos aos profissionais - e outros, que mesclam histórias de pacientes com tratamentos, medicação e diferentes abordagens terápicas, interessam vivamente ao público em geral. É bem o caso da obra Afetos, Tormentos e Desabafos - Histórias em psicoterapia e psiquiatria (Artmed, 220 páginas, R$ 73,80 impresso e R$ 45,92 e-Book) do experiente e consagrado psiquiatra porto-alegrense Fernando Lejderman, graduado em 1979 pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Neste livro o autor nos apresenta, fruto de décadas de trabalho em consultório e em hospitais, com linguagem clara, didática e por vezes com humor, relatos sobre pacientes e doenças como esquizofrenia, transtorno bipolar, transtornos depressivos , de ansiedade, atencionais e quadros demenciais. Habilmente Fernando narra a trajetória de cada paciente, abordagens e medicação e procura mostrar o tempo, o espaço e a história coletiva em que estão envolvidos os pacientes.
Este livro surgiu quando o jovem estudante de medicina ainda frequentava a lendária Livraria Artes Médicas, na rua General Vitorino, e seu sonho de consumo era adquirir as obras completas de Sigmund Freud.
WhatsApp, pandemia, raiva, superego gigante, general deprimido, TOC/Informação, sonho com meteoros e outros temas e histórias estão no volume, que transmite muita humanidade, atenção e solidariedade com os problemas mentais que assolam tantas pessoas na atualidade.
O livro tem orelha assinada pelo medico e professor Ricardo Halpern, apresentação do médico e professor Gilberto Schwartsmann e prefácio do psiquiatra, professor e psicanalista Cláudio Eizirik, que escreveu: "A leitura dos diferentes casos evidencia que Fernando é um excelente médico, com amplo conhecimento clínico, psiquiátrico e psicodinâmico, bem como uma característica pessoal que está presente em todas as históricas clínicas: trata-se de um médico que gosta de seus pacientes e que se dedica a cuidar deles."
É isso. Psicoterapia, psiquiatria, tratamentos, medicações e amor ao próximo estão presentes no livro, além de um "saber feito de experiências", é claro.

Lançamentos

  • A mulher na canção: a composição feminina na Era do Rádio (Machine Editora, 520 páginas, R$ 60,00) de Denise Melo, cantora, compositora, professora, violonista e locutora, concentra a atenção nas compositoras de maior sucesso na Era do Rádio, décadas de 20 a 70. Dolores Duran, Maysa, Carmen Costa e outras estrelas estão na obra.
  • A vacina - A história do casal de cientistas pioneiros no combate ao coronavírus (Editora Intrínseca, 320 páginas, R$ 59,90 ) do jornalista Joe Miller, com a Dra. Özlem Türeci e o Dr. Ugur Sahin, mostra como os dois correram contra o tempo para elaborar mais de três bilhões de salvadoras doses da famosa vacina.
  • Cura da Alma - Liberte-se dos padrões ocultos que bloqueiam sua vida (Luz da Serra, 288 páginas, R$ 45,99) de Amanda Dreher, professora, pesquisadora e escritora na área de terapias integrativas , ensina como enfrentar e vencer bloqueios que impedem as pessoas de se libertarem e viverem seus sonhos.

A Semana de Arte Moderna na Casa da Memória Unimed

De 11 a 18 de fevereiro de 1922, no Theatro Municipal de São Paulo, ocorreu a eterna Semana de Arte Moderna, também chamada de Semana de 22. Literatura, artes plásticas, música e dança, entre outras formas, figuraram nas exposições e marcaram para sempre a cultura nacional, motivando até hoje estudos, pesquisas e outros desdobramentos. Nesses nossos tempos de obscurantismo, fanatismos e de vale-tudo em quase tudo o que é área, vale lembrar os legados dos modernistas, que procuraram apresentar novas maneiras de criar, sentir, ver e fruir a arte e a vida. Vale lembrar que os escritores e artistas do movimento se voltaram contra o academicismo e buscavam superar o passado com novas formas libertárias de expressão, em vários tipos de manifestação cultural.
Sábado passado, na Casa da Memória Unimed, na rua Santa Terezinha, foi aberta, com performances musicais e teatrais a exposição Cem anos da Semana da Arte Moderna . Na sacada da casa restaurada Gilberto Schwartsmann, médico, professor e escritor, e Nilson May, médico, escritor e presidente da Unimed Federação RS, comandaram o show, bem ao estilo modernista. A exposição tem curadoria de Schwartsmann, Sergius Gonzaga e José Francisco Alves e, além do acervo de livros, pinturas, esculturas e outros objetos, terá palestras diárias até 10 de junho, último dia do evento. Com a exposição a Unimed homenageia os 250 anos de nossa cidade.
Primeiras edições de livros de Mario de Andrade, originais da Revista Antropofagia , pinturas de Di Cavalcanti, pinturas e desenhos de vários artistas e muitos outros documentos e objetos estão à disposição dos visitantes, que receberão um jornal tabloide com textos sobre a exposição e seu profundo e permanente significado. As peças foram gentilmente cedidas por colecionadores particulares e, junto com as demais atividades, proporcionarão aos visitantes uma ótima e abrangente visão da semana que revolucionou nosso ambiente cultural.
O movimento artístico de 1922, diga-se de passagem, não foi um sucesso nos poucos dias em que durou (que na verdade nem foram uma semana inteira), mas suas obras, suas ideias e seus efeitos poderosos seguem inspirando novas obras, estudos, leituras, ações e reflexões sobre vida, arte, nacionalidade, vanguarda e outros tópicos altamente relevantes para nós, brasileiros, que buscamos construir uma verdadeira nação, em todos os sentidos, necessitando, é claro, dos imprescindíveis subsídios artísticos e culturais para tanto.
Com mais esta exposição importante, a Unimed segue colocando memória e cultura no histórico casarão tombado da década de 1930, reconhecido pelo município como de relevância arquitetônica. A inauguração do espaço foi em 2019 e nos mostra que, realmente, a "memória é onde as coisas acontecem muitas vezes" e que não podemos projetar bem o futuro sem dar a devida atenção às lições do passado.

A propósito...

Depois de cem anos, os julgamentos do tempo, dos cidadãos brasileiros, das academias e da crítica mostram que, inegavelmente, a Semana de Arte Moderna é um marco histórico e simbólico inescapável. O fato de ter sido um evento somente paulista, com participação da elite branca e com visões de arte arrojadas e revolucionárias para aquele momento, talvez até demais para alguns, a essas alturas apenas serve para novos exames e análises do acontecimento. A literatura, o teatro, a dança e as artes plásticas, bem como as demais manifestações artístico-culturais devem trabalhar com liberdade criativa, para buscar novos caminhos, renovar as tradições e mostrar que a expressão humana não deve ter limites rígidos. A caminhada humana é longa e infinita e essa exposição mostra a importância da consciência da modernidade. (Jaime Cimenti)