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Livros

- Publicada em 18 de Junho de 2021 às 03:00

Da queda de Roma ao início da Renascença

A História do Mundo - Volume 2 - A Idade Média: Da queda de Roma ao início da Renascença (Editora Filocalia, 472 páginas, R$ 129,90), da consagrada escritora, historiadora e bibliotecária americana Susan Wise Bauer, dá prosseguimento à série que proporciona a pais, professores, crianças e leitores em geral uma abordagem clássica à história das civilizações. O livro tem tradução de Rodrigo Maltez Novaes e ilustrações de Jeff West.
A História do Mundo - Volume 2 - A Idade Média: Da queda de Roma ao início da Renascença (Editora Filocalia, 472 páginas, R$ 129,90), da consagrada escritora, historiadora e bibliotecária americana Susan Wise Bauer, dá prosseguimento à série que proporciona a pais, professores, crianças e leitores em geral uma abordagem clássica à história das civilizações. O livro tem tradução de Rodrigo Maltez Novaes e ilustrações de Jeff West.
Com sua linguagem descomplicada, Susan, que tem sólida formação clássica, teve mais de um milhão dos livros da série A História do Mundo vendidos ao redor do planeta. Concebida para ser lida em voz alta para crianças, tornou-se leitura de adultos, oportunizando comparações de fatos históricos com acontecimentos do cotidiano dos leitores.
Esse segundo tomo da série enfoca os anos finais do grande Império Romano do Ocidente. A autora, então, mostra os povos pagãos que povoaram a Europa, as missões cristãs, as invasões bárbaras e outros núcleos civilizacionais como o Império Bizantino, sediado em Constantinopla e o poderio da Índia. Susan fala também do surgimento e propagação do islamismo, das dinastias chinesas, da ordem dos samurais japoneses e da instalação do Império Otomano.
O que marca a série e o estilo da autora é, além da abordagem clássica e dos capítulos curtos, ela colocar a cultura e a religiosidade de cada povo em primeiro plano, descrevendo com cuidado seus mitos e suas criações artísticas, de modo que fica esclarecido o vínculo nem sempre notado entre eles e suas ações.
Em vários momentos, o texto reproduz lendas ou peças literárias representativas da mentalidade de um grupo, como, por exemplo, o conto viking sobre Thor e o início do Macbeth de Shakespeare.
A obra ainda inclui um índice remissivo e vários apêndices, que esclarecem a pronúncia dos nomes medievais e organizam as ocorrências de mapas e de datas no decorrer do texto. Tanto quanto possível a ordem cronológica foi seguida, mas há sobretudo uma ordem lógica, que proporciona ao leitor uma visão panorâmica, coerente e fascinante sobre o mundo medieval.

O humano e o divino por Dagoberto Lima Godoy

Há cinco ou sete milhões de anos os humanos ramificaram-se de seu ancestral comum com os chimpanzés. Diversas espécies de homo evoluíram e se extinguiram. O sapiens evoluiu entre 400.000 e 250.000 anos. Em pleno século XXI, em meio a grandes avanços científicos e tecnológicos, com inteligências artificiais dominando a cena, ainda perguntamos: Quem realmente somos? De onde viemos? Para onde vamos? Somos máquinas? O que é realmente a fé, a ciência, a filosofia, a verdade e a felicidade? Os mistérios continuarão?
Seremos deuses, parceiros deles ou será que eles nem existem? De onde vem o mal e a inquietação que ainda persegue boa parte dos seres humanos, que parecem animais vestidos, gananciosos, com medo da morte, comprando objetos e acumulando riquezas? Do Ego ao Infinito - O ser humano: coartífice da obra divina (Educs, 357 páginas), de Dagoberto Lima Godoy, engenheiro civil, escritor, empresário industrial e da construção civil por 40 anos, ex-presidente da Fiergs e atual presidente do Conselho Superior da Câmara de Indústria e Comércio e Serviços de Caxias do Sul, onde atua desde 1972, busca respostas para as grandes questões, depois de muitas décadas de vivências, leituras e reflexões.
A obra percorre obras de cientistas, filósofos, religiosos e pensadores que se debruçaram sobre as questões humanas essenciais. A primeira parte traz grandes questões cosmológicas, a criação do universo, a existência de Deus, a evolução e suas teorias e as crenças e dúvidas entre a ciência e a religião.
Na segunda parte, há uma incursão por culturas orientais e doutrinas místicas, suas cosmogonias e concepções divinais. A terceira parte da alentada obra cuida do exame eclético dos temas visitados, na tentativa de identificar as crenças que governam o autor e as dúvidas que persistem em sua mente.
A quarta parte do livro, afinal, contém a essência do aprendizado do autor, a partir dos ensaios da obra e a sua perspectiva pessoal da existência e do sentido que o seu trabalho encerra. Na busca de verdades seminais, o autor encontrou surpreendentes convergências de milenares tradições espiritualistas, do Ocidente e do Oriente, com modernas teorias científicas, especialmente as da física quântica.
Ele diz que aprendeu que o desconhecimento da ordem maior que governa o universo é que esfacela, em momentos de fugidia felicidade, a tão ansiada bem-aventurança. "Se não alcancei a compreensão completa, diz Godoy, consegui inestimável paz de espírito e me tornei uma pessoa melhor."
Com sabedoria e humildade, características das pessoas que realmente aprenderam muito com o tempo, com as pessoas, com o conhecimento e com a vida, Dagoberto não pretende ensinar caminhos, ditar regras e, sim, inspirar leitores que partilhem de seus belos ideais.
 

a propósito...

A obra de Dagoberto Lima Godoy, por sua magnitude e profundidade, nos remete a obras como Sapiens, de Yuval Noah Harari, e Humanidade, de Rutger Bregman, e nos convida a pensar e agir sobre a felicidade, o sentido de nossa vida e o que podemos fazer no presente e no futuro, depois de examinar o que nossos antepassados aprenderam nesses milhões de anos de permanência no planeta. Fernando Pessoa escreveu que não sabe o que é mistério e que o único mistério é haver quem pense no mistério. Já velhinho, o gigante Norberto Bobbio disse: no mundo do velho contam mais os "affetti que i concetti". Godoy nos oferece um bom mapa para sairmos de nossos euzinhos e caminharmos em direção ao infinito. (Jaime Cimenti)

lançamentos

  • O Passado Sempre Presente (Editora Movimento, R$ 30,00, 134 páginas) reúne textos do grande professor, pesquisador e editor Carlos Jorge Appel, publicados em momentos diversos, sobre autores rio-grandenses, descobertas, obras e literatura do sul. Apresentação da professora Léa Masina.
  • A Era dos Desafios (Quadrante, 128 páginas, R$ 59,00), do grande jurista e professor Ives Gandra da Silva Martins, apresenta ensaios e reflexões sobre a humanidade e os dilemas de sua permanência. Questões jurídicas, demográficas, políticas, ambientais e econômicas são abordadas com clareza e profundidade.
  • Pensadores da Liberdade (Avis Rara, 448 páginas, R$ 67,90), de Rodrigo Constantino, economista, articulista e comentarista polêmico e atuante, fundador do Instituto Millenium, trata, com densidade e após décadas de estudo, dos grandes nomes do liberalismo, como Locke, Adam Smith, Ayn Rand e Milton Friedman.