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Livros

- Publicada em 21 de Maio de 2021 às 03:00

Dos primeiros nômades ao último Imperador romano

A História do Mundo - Volume 1 - A Antiguidade: dos primeiros nômades ao último Imperador romano (Editora Filocalia, 384 páginas, R$ 99,90), de Susan Wise Bauer, historiadora e romancista, com ilustrações de Jeff West e tradução de Rodrigo Maltez Novaes, é o primeiro de quatro volumes envolvendo história mundial, concebido para ser lido em voz alta para crianças pequenas ou ser lida autonomamente por crianças maiores e leitores em geral. É ideal para o chamado homeschooling, ou seja, a educação domiciliar.
A História do Mundo - Volume 1 - A Antiguidade: dos primeiros nômades ao último Imperador romano (Editora Filocalia, 384 páginas, R$ 99,90), de Susan Wise Bauer, historiadora e romancista, com ilustrações de Jeff West e tradução de Rodrigo Maltez Novaes, é o primeiro de quatro volumes envolvendo história mundial, concebido para ser lido em voz alta para crianças pequenas ou ser lida autonomamente por crianças maiores e leitores em geral. É ideal para o chamado homeschooling, ou seja, a educação domiciliar.
Mais de um milhão de exemplares da série foram comercializados no mundo. O relato é feito por uma escrita descomplicada, uma linguagem envolvente e dinâmica e apresenta mapas, nova cronologia, dicas e ilustrações. A autora coloca em primeiro plano a religiosidade dos povos, apresentando seus mitos e ritos. Lendas e poemas por vezes acompanham o texto, que apresenta os aspectos mais curiosos de cada episódio apresentado. Trechos da epopeia de Gilgamesh, da Odisseia e ditos de Confúcio estão presentes na obra.
Os leitores são convidados a comparar acontecimentos e personagens da História com suas próprias vivências pessoais e, neste primeiro volume, a autora relata desde o início da prática da agricultura na região do Crescente Fértil, há milhares de anos, até o fim do Império Romano no Ocidente, com a queda de Rômulo Augusto, em 476. O livro contempla várias civilizações: Suméria, China, Egito, Moenjodaro, Grécia, Pérsia e Roma.
Um índice remissivo e vários apêndices, que aprofundam o relato da história de Abraão esclarecem a pronúncia dos nomes antigos e organizam as ocorrências de mapas e de datas no decorrer do texto. O livro segue, tanto quanto possível, a ordem cronológica, mas, sobretudo, segue uma ordem lógica, que possibilita às crianças e leitores em geral uma visão panorâmica, coerente e fascinante sobre o mundo antigo.
Enfim, essa obra tem o mérito de apresentar, de modo diferente e prazeroso, a antiguidade, para crianças, jovens, professores e leitores em geral.

Águas passadas e presentes movem Moinhos

O Moinhos de Vento, um dos mais históricos e importantes bairros de Porto Alegre, onde o passado convive em harmonia com o presente, mirando o futuro e onde as colunas gregas estão próximas, pós-modernamente, do vidro fumê e de outras inovações dos novos edifícios, segue encantando com sua trajetória, com suas tradições, edificações, paisagens, moradores, árvores, jardins, personagens e infinitas histórias que aconteceram, acontecem e certamente acontecerão.
Lá pelos meados dos anos 1990, cheguei a pensar que o Moinhos estava meio devagar, quase parando. Mas aí nos anos seguintes os saudosos Café do Porto e o Azteca na Padre Chagas (rua que tem mais de cem anos) e o lendário Jazz Café na Fernando Gomes, entre outros, mais o Shopping Moinhos e o Sheraton vieram para animar a festa. Apelidos como Calçada da Fama, Vale do Silicone, Menobar, Rincão do Climatério, Calçada da Grana e outros permanecem vivos na memória, que é onde as coisas acontecem muitas vezes.
Nos últimos tempos, com a pandemia e por outros problemas, fecharam bares, restaurantes e lojas na Fernando Gomes, Padre Chagas e adjacências, o que, aliás, aconteceu em quase todos os bairros de Porto Alegre e em outras cidades. Alguns bares e restaurantes abriram e agora, com a vacinação e a economia melhorando, a expectativa é que as coisas melhorem e o Moinhos retome sua efervescência.
É muito triste ver lojas, bares e restaurantes fechando, mas podemos buscar alguma compensação, ao menos, curtindo a abertura de novos estabelecimentos e esperando que o futuro siga nascendo, como nasce o sol todas as manhãs. Vida que segue, com as eternas tentativas dos humanos de evitar terríveis visões apocalípticas e histórias distópicas e ir adiante. Vida que segue.
A empresa Wolens, que está colaborando para manter as tradições históricas do Moinhos, está entregando um magnífico edifício na rua Luciana de Abreu, com direito a uma bela escultura, na frente, do já internacionalmente famoso bento-gonçalvense Bez Batti. A Wolens tem previsão de, pelo menos, três novas obras no bairro. Fala-se numa quarta, que depende de confirmação. O metro quadrado do Moinhos, especialmente nas obras novas, segue um dos mais altos da cidade e isso demonstra a valorização e o poder de atração do boulevard.
Penso que para o Moinhos e para a cidade o melhor caminho é justamente esse: preservar tanto quanto possível o patrimônio histórico e, ao mesmo tempo, possibilitar que novos empreendimentos projetem o desenvolvimento futuro. Águas passadas e presentes devem mover o Moinhos e outras regiões, como acontece em outros países. É perfeitamente possível compatibilizar história, tradição e patrimônio histórico com novas realizações.
O Moinhos não é tão grande e populoso como o carioquíssimo Leblon, e sua praia é o Parcão, mas espera-se que siga elegante, eterno e acolhedor, para todos.

a propósito...

Nunca é demais lembrar que o Moinhos não é patrimônio exclusivo de seus moradores, dos que trabalham ou passam alguns momentos do dia ou da noite nele. O bairro é riqueza de todos os porto-alegrenses, rio-grandenses e brasileiros e, claro, também dos muitos estrangeiros que o frequentam, a trabalho ou em lazer. Nos fins de semana, em especial, o bairro recebe, com imenso prazer, inúmeros visitantes, notadamente no democrático, aconchegante e maravilhoso Parcão. O bairro merece carinho e atenção do poder público, da iniciativa privada e de todos quantos percebam que ele é um bem que deve ser conservado e usufruído pela coletividade. É evidente que normas de boa vizinhança, respeito à legislação quanto ao som e outros tópicos devem ser obedecidos. O simpático Moinhos agradece e retribui as gentilezas. (Jaime Cimenti)

lançamentos

  • Maria Quitéria - a soldada que conquistou o Império (Polígrafa Editora, 258 páginas, R$ 44,90 e e-book 19,61), da jornalista e escritora gaúcha Rosa Symanski, é um romance histórico fruto de anos de pesquisas e estudos, que retrata a saga da heroína da Guerra da Independência e sua época.
  • Breve como tudo (Bestiário, 136 páginas, R$ 38,00), de Gisela Rodriguez, poeta, atriz e diretora de teatro, romance com apresentação de Jane Tutikian, fala da fase de abstinência da escrita e amadurecimento pessoal de Jan, a protagonista. O mundo, a atualidade e o ato de escrever e ler estão na densa narrativa.
  • Horizonte Monótono (Editora Calypso, 84 páginas, R$ 46,00) coletânea de crônicas, obra mais recente da jornalista, poeta e escritora Susana Vernieri, traz 16 textos falam de tempo de juventude até um encontro inusitado com um prêmio Nobel de Literatura, passando por arte, política, morte, tragédias e comédias.