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Livros

- Publicada em 30 de Abril de 2021 às 03:00

Bacca em Bento, Bento em Bacca e a Bíblia da cidade


PROYECTO SUR/BRASIL/DIVULGAÇÃO/JC
Falar de vida cultural, de poesia e de jornalismo, especialmente, na Bento Gonçalves das últimas décadas, é falar de Ademir Antônio Bacca, jornalista, escritor, editor de jornais, pesquisador e produtor cultural. Bacca já lançou muitos livros de poemas, de folclore e notabilizou-se como coordenador do Congresso Brasileiro de Poesia. Ele personifica a cultura e o jornalismo da gloriosa Capital Brasileira do Vinho.
Falar de vida cultural, de poesia e de jornalismo, especialmente, na Bento Gonçalves das últimas décadas, é falar de Ademir Antônio Bacca, jornalista, escritor, editor de jornais, pesquisador e produtor cultural. Bacca já lançou muitos livros de poemas, de folclore e notabilizou-se como coordenador do Congresso Brasileiro de Poesia. Ele personifica a cultura e o jornalismo da gloriosa Capital Brasileira do Vinho.
Janelas da memória (Proyecto Cultural Sur/Brasil, 400 páginas, R$ 90,00), alentada obra que resultou de projeto cultural aprovado pela Lei Rouanet, apresenta relatos do autor, que nasceu em Serafina Corrêa e, desde os quatro anos, vive e trabalha em Bento. Bacca foi para Bento, Bento se incorporou a Bacca para todo o sempre.
A partir de candentes relatos de infância e de juventude, mesclados a registros de acontecimentos municipais, estaduais, nacionais e internacionais, a obra é um grande painel das muitíssimas vidas que Bacca viveu e vive. Ele fala de muitas pessoas que marcaram e marcam uma cidade que segue com uma força e com uma alegria incomparáveis.
Digo e repito: Bento é um presente de Deus para a humanidade, e o livro do Bacca revela as imensas riquezas materiais e espirituais que o município vem oferecendo, inclusive no campo futebolístico. Não esqueçamos que o glorioso Esportivo certa vez ganhou de 5 X 2 do Grêmio e outra vez tocou 2X1 no Inter. Não falo do presente porque não acompanho muito o futebol.
Bacca apresenta seus poemas, relata seus tempos de editor dos jornais Laconicus e Garatuja, o surgimento do primeiro bordel da cidade, e, claro, narra a doce rivalidade entre Bento e Cassía, onde viviam antigos bentansos e tortéis... Hoje, é só paz e amor. Figuras populares da cidade, como a Tia Luiza e o Témide não poderiam faltar, junto com o querido Copini, o barbeiro mais lembrado.
Impossível falar tudo sobre a Bíblia de Bento em apenas dois mil caracteres. Imprescindível dizer que a saudosa professora Adyles Ros de Souza está linda, na página 329. Boa leitura, tutti quanti!

Canela, o começo de tudo

Hoje Canela figura, prestigiada por seus milhões de visitantes anuais, como um dos destinos turísticos mais procurados do Brasil. A longa história iniciou nos primeiros meses de 1864, com a chegada de Guilherme e Bárbara Wasem e os dois pequenos filhos no Campestre Canela, autorizados por Cândida Bella da Silva, então a única moradora do local. Mais tarde a família ocupou as terras no entorno da Cascata do Caracol.
Onde tudo começou - Almanaque da História e do Turismo de Canela (Brocker, R$ 55,00, 244 páginas), obra comemorativa aos 25 anos da Brocker Turismo, narra a história da empresa, do turismo na região, conta a história de Canela e seus moradores e registra, com textos e fotos, acontecimentos nacionais e internacionais, com uma linha do tempo que vai de 1730 a 2020.
A obra tem direção editorial e textos da consagrada jornalista, escritora e administradora de turismo e cultura Liliana Reid, que há décadas vive e trabalha em Canela, onde já foi Secretária de Turismo, entre outras atividades relevantes.
O livro é ilustrado com imagens do acervo das primeiras famílias da cidade e seus descendentes, intercaladas com reproduções de revistas e documentos de época. Destinado ao público geral, de leitura prazerosa, a obra enfatiza os primórdios da cidade, seus primeiros 75 anos de emancipação e resume em cada década o que ocorreu no município.
O projeto contou com a importante participação direta das famílias que atravessaram gerações em Canela (como a família Zanatta), que contaram com emoção sobre a vida, os costumes e de como foi formada uma cidade que sempre teve o turismo como essência e ganhou projeção internacional, com seus hotéis, seus festivais, comemorações religiosas, gastronomia, artesanato e tantas outras atividades.
Desde a concepção, a obra teve a participação e a supervisão de Antônio Olmiro dos Reis, principal responsável pelos arquivos históricos da cidade. Eduardo Bueno, escritor convidado, colaborou com textos de abertura e de encerramento; e jornalistas como Pedro Oliveira, Vitor Hugo Travi, Luciana Zanatta e a atriz Lisiane Berti contribuíram com o livro, que tem a arte e o design de Adriana Guimarães e a produção gráfica do fotógrafo Fernando Bueno.
Para que não sabe, Canela e Gramado já estiveram juntos geograficamente. Quando o município de Taquara era dividido em distritos, Gramado fazia parte do 5º Distrito e algumas terras de Canela se misturavam com as terras de Gramado. Com a promoção de Canela a 6º. Distrito de Taquara, as terras foram delimitadas e cada distrito contou com um subintendente. O de Gramado era o Major Nicoletti e o de Canela Henrique Muxfeldt.
No Rio Grande do Sul, o turismo começou a ser trabalhado mais ordenadamente em 1935, quando se instalou a Secção do Touring Club do Brasil, com sede em Porto Alegre, mas já na década de 1930 Canela recebera o título de Cidade das Hortênsias. A flor foi trazida de Petrópolis, município do Rio de Janeiro, por Dona Luiza Corrêa, esposa de João Corrêa.
 

a propósito...

O belo livro Onde tudo começou, que nos remete à maravilhosa Cascata do Caracol e a tantos outros cenários e pessoas que fizeram e fazem parte de Canela, além de seu grande valor em si, é uma obra aberta, um "work in progress", uma história que não termina aqui. Inspira infinitas outras e certamente será aumentada em futuras edições, com mais relatos familiares, profissionais, fotos e todas as possibilidades que o futuro oferece. Em tempos de pandemia e de busca de esperanças, as narrativas do volume e a contemplação das imagens são bênçãos. (Jaime Cimenti)
 

lançamentos

  • A pergunta e a resposta (Intrínseca, 528 páginas, R$ 69,90), romance do escritor, jornalista e roteirista Patrick Ness, segundo volume da trilogia distópica Mundo em caos, sucesso mundial, sobre a infecção que dizimou as mulheres. Na continuação, lançada às vésperas da versão para o cinema, uma grande guerra toma conta do planeta.
  • As Faces da Gratidão (Comunicação Impressa, 370 páginas), do engenheiro e professor universitário Alberto Dal Molin Filho, é uma pungente e caudalosa narrativa sobre a vida real de cinco órfãos, um deles a mãe do autor, que sobreviveram à gripe espanhola, pandemia ocorrida em 1918. Eles foram criados pelo tio e pela avó.
  • As Cinco Tumbas de Gumersindo Saraiva e outras histórias de guerras gaúchas (Martins Livreiro, 208 páginas, R$ 50,00), do jornalista e cineasta Ricardo Ritzel, diretor do curta Gumersindo Saraiva - A última batalha, conta a lenda da tumba onde foi enterrado pela segunda vez e outras narrativas gaúchas.