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Livros

- Publicada em 23 de Abril de 2021 às 03:00

O tal do politicamente correto

O tema do politicamente correto, que envolve questões de feminismo, movimento negro, globalismo, entre outras, tem sido alvo de comentários, estudos, discussões e debates em vários partes do planeta. Como todo mundo sabe, o assunto provoca muitas, muitas emoções.
O tema do politicamente correto, que envolve questões de feminismo, movimento negro, globalismo, entre outras, tem sido alvo de comentários, estudos, discussões e debates em vários partes do planeta. Como todo mundo sabe, o assunto provoca muitas, muitas emoções.
Politicamente correto - Os Debates Munk (É Realizações Editora, 104 páginas, R$ 49,90, tradução de André de Leones), de Jordan Peterson, psicólogo e escritor canadense; Michael Eric Dyson, escritor, comentarista e professor da Georgetow e Michelle Goldberg, colunista do N.Y. Times e mestre em jornalismo por Berkeley; e Stephen Fry, ator, roteirista, escritor, comediante e diretor de cinema; é obra que faz parte da Coleção Abertura Cultural e resultou do vigésimo-segundo Debate Munk, realizado em 2018.
Foi um debate entre os progressistas Michael e Michelle contra os conservadores Stephen Fry e Jordan e eles conversaram sobre as implicações do politicamente correto e da liberdade de expressão. Há quem goste do politicamente correto e muitos, como a repórter Glória Maria da Globo, o acham muito chato.
O politicamente correto é inimigo da liberdade de expressão, do debate aberto e da livre troca de ideias? Confrontando as relações de poder dominante e as normas sociais que excluem alguns grupos marginalizados, estamos criando uma sociedade mais equitativa e justa? Para alguns o politicamente correto sufoca o debate, para outros, o debate livre que alimenta a democracia cria separações e aumenta conflitos.
No debate registrado no livro, os leitores poderão ver pontos a favor do politicamente correto, como direitos conquistados por negros, mulheres e transexuais, via linguagem e comportamento. Do outro lado, há os que apontam que o politicamente correto é uma forma de tirania exercida pela esquerda radical que domina as universidades, as mídias e os jovens, tentando impor modificações de linguagem e cancelamentos.
O tema é desafiante e os leitores tirarão suas conclusões. Será que as leis que temos já não são suficientes para garantir a liberdade de expressão e os direitos de todos? Segue o debate necessário e acalorado.

Roberto Carlos

Tony Bennett, um dos ídolos de Roberto Carlos e talvez o maior cantor vivo do mundo, vai fazer 95 anos em agosto, mesma idade da eterna Rainha Elizabeth. Apesar do diagnóstico de Alzheimer que surgiu em 2016 e foi revelado em fevereiro deste ano, Tony segue cantando e encantando. Ele era um homem do passado lá pelo final dos anos setenta. Quase morreu de overdose de cocaína em 1979 e aí ressurgiu a partir dos oitenta com força total, circulando pelo mundo.
Seguindo os conselhos de Frank Sinatra, que o considerava publicamente o melhor cantor, ele sempre cantou jazz, lindas canções de amor e foi fiel a si mesmo. Sua voz, seu exemplo, sua categoria nos palcos e seus trabalhos por paz e democracia mundo afora o colocam como um tesouro internacional e Deus queira que siga por mais alguns anos.
Roberto Carlos, como sabemos, desde a juventude lidou com problemas sensíveis, que aqui prefiro não listar. Melhor dizer que ele utilizou sua grande arte como forma de superação e, nestas décadas todas, cantando liricamente o amor, tornou-se patrimônio vivo de todos nós, brasileiros e de muitos estrangeiros.
Quando eu cheguei em Porto Alegre em 1966, com 12 anos, curtia as jovens tardes de domingo, a Jovem Guarda, uma brasa, mora, bicho! Como era previsível, Roberto logo deixou o rock e preferiu ser um grande cantor romântico, um intérprete sensacional, que nem precisava de um vozeirão tipo Cauby Peixoto.
Roberto preferiu cantar o amor, a natureza, Deus, Jesus Cristo, Nossa Senhora, a família, a cidade natal, os amigos, a paz e outros temas que o tornaram o maior cronista das muitas emoções brasileiras. Alguns cobraram dele envolvimento publico com temas políticos, sociais e econômicos. Ele preferiu exercer o direito de ser ele mesmo, fiel a seus caminhos e seguir distribuindo rosas para as plateias gigantes.
Não preciso aqui exaltar as qualidades do Rei, seu sucesso, o fato de ele ser o cantor mais idolatrado do Brasil. Também não é hora de discutir aspectos técnicos, artísticos e ficar fazendo comparações. Talvez nunca seja necessário tal hora, em se tratando de um artista do tamanho de Roberto.
Claro que é preciso elogiar Erasmo Carlos, amigo de fé, irmão camarada, sem o qual Roberto certamente não seria muito do que é. Erasmo também segue seu caminho. Em São Paulo, levei minha filha, então com 25 anos, para assistir o Tremendão na Blue Note, na avenida Paulista. Naquela noite Erasmo cantou bastante samba e, claro, seus sucessos imortais. Marina, minha filha, gostou de Erasmo, cantou e dançou.
Nos 80 anos do Rei, cabe, claro, um registro muito especial. Há uns 30 anos o empresário gaúcho Dody Sirena administra a carreira de Roberto Carlos e todos sabemos sobre os upgrades que seu trabalho proporcionou a quem já era sucesso nacional e internacional.
Feliz níver, Roberto, que Deus e Nossa Senhora te proporcionem mais umas décadas, tipo o Tony Bennett!
 

a propósito...

Ao fim e ao cabo, mesmo que esta história e esta vida do Rei ainda estejam bem vivas e sigam, o que importa mesmo é concluir, por ora e para sempre, que o que importa mais é o amor. Isso Roberto e suas canções demonstram como poucos.
Outros gigantes como Nat King Cole, Frank Sinatra, Aznavour, Paul McCartney, Pixinguinha, Stevie Wonder, Tom Jobim, Louis Armstrong, Elis Regina e Edith Piaf, entre muitos outros, já demonstraram que no final do jogo tem que ganhar o amor, se possível por goleada e aí o domingo de noite fica melhor. O resto é mar, é tudo o que não sei contar... fundamental é mesmo o amor, é impossível ser feliz sozinho... Obrigado, Tom Jobim, e vida longa e com muitos detalhes ao Rei Roberto. (Jaime Cimenti)
 
 

lançamentos

  • Covid-19: O Enfrentamento Jurídico (Escola Corporativa Dante Rossi, 168 páginas, R$ 35,00), obra da RMMG Advogados, reúne materiais jurídicos especiais com orientações para a sociedade e empresas quanto à pandemia. Organização de Eugênio Hainzenreder Júnior e apresentação de Mônica Canellas Rossi.
  • Grão - Imagens, Palavras, Eternidade (Santa Sede Editorial, 200 páginas, R$ 75,00), livro dos fotógrafos Guto Alinhana Monteiro e Iara Tonidandel, com coordenação do escritor Rubem Penz, é uma homenagem ao fotógrafo Beto Scliar, filho de Moacyr, e apresenta textos, além de fotógrafos e poetas convidados e uma foto que Beto fez do pai em Cuba.
  • O Livro das Origens: Uma Leitura Descomprometida do Gênesis (Ateliê Editorial, 320 páginas, R$ 85,00), de Geraldo Holanda Cavalcanti, diplomata, poeta, escritor e membro da Academia Brasileira de Letras, traz leitura imparcial do texto bíblico cristão, livre de cargas semânticas, sectárias, eruditas ou confessionais.