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Coluna

- Publicada em 23 de Outubro de 2020 às 03:00

Joe Biden, drama familiar e bastidores do poder

Promessa de pai - Um ano de sofrimento, esperança e determinação (Intrínseca, 256 páginas, R$ 39,90 e 24,90 e-book), best-seller de Joe Biden, candidato democrata à presidência dos Estados Unidos, revela o grande drama familiar e os tumultuados bastidores do poder, ocorridos em 2014 e 2015, os dois últimos anos de Biden na vice-presidência do governo Barack Obama.
Promessa de pai - Um ano de sofrimento, esperança e determinação (Intrínseca, 256 páginas, R$ 39,90 e 24,90 e-book), best-seller de Joe Biden, candidato democrata à presidência dos Estados Unidos, revela o grande drama familiar e os tumultuados bastidores do poder, ocorridos em 2014 e 2015, os dois últimos anos de Biden na vice-presidência do governo Barack Obama.
Em 2014, na tradicional viagem dos Biden para celebrar o Dia de Ação de Graças, que faziam há décadas, ao invés da descontração e do descanso das intensas tarefas políticas, eles se depararam com uma notícia terrível: o filho mais velho, Beau, foi diagnosticado com um tumor maligno no cérebro e sua sobrevivência era incerta. "Me prometa, papai. Me dê sua palavra que, não importa o que acontecer, você vai ficar bem", f apelou o filho. Biden lhe deu sua palavra.
Em primeira pessoa, com prosa fluente, envolvente, profunda e delicada, são narrados os acontecimentos duros de 2014 e os não menos dramáticos de 2015, quando lidou com crises na Ucrânia, na América Central e no Iraque. O velho senador dividiu-se entre a luta pela vida do filho, as responsabilidades como pai e marido e as pesadas responsabilidades do cargo.
Mesmos nos piores momentos ele foi capaz de se apoiar na força de seus profundos laços com a família, de sua fé e de sua verdadeira amizade com Obama. A narrativa plena de emoção de vigor mostra como a família e as amizades nos sustentam e sobre como a esperança, o propósito e a ação podem nos guiar através da dor da perda em direção a um novo futuro.
Biden foi senador por 36 anos antes de ser presidente, entre 2009-17. Auxiliou a melhorar a vida dos norte-americanos, a reduzir a violência por armas de fogo, combateu a violência contra a mulher e lutou contra o câncer. Viajou quase dois milhões de quilômetros, para mais de cinquenta países, representando seu país no exterior e, após deixar a Casa Branca, continuou lutando para expandir oportunidades para todos.
O The New York Times disse: qualquer um que já perdeu alguém encontrará verdadeiro conforto nas palavras de Biden.

Millenials

A geração Y, também chamada de geração do milênio, geração da internet, milênicos ou millenials, é composta pelos nascidos após o início da década 1980, até, aproximadamente, o ano 2000 ou, para alguns, 2005. Essa galera é absolutamente high-tech, e se desenvolveu basicamente em solos urbanos e em meio a grandes avanços tecnológicos. A geração X foi concebida na transição para o mundo tecnológico e a Y nasceu nele.
Os baby-boomers, cidadãos hoje com 56 a 74 anos, nascidos após a segunda guerra mundial, são a geração da TV, das mudanças econômicas, sociais e políticas do planeta e viveram intensamente as transformações culturais (e contraculturais) da década de sessenta, revolução sexual, mulher no mercado de trabalho, pílula e etc.
Hoje há 1,8 bilhões de millenials, quase um terço da população e, em 2030, estima-se, terão poder de compra de 4 trilhões de dólares. No Brasil eles serão 70% da força de trabalho daqui a uma década. Nos Estados Unidos, Brasil e resto do planeta, os millenials têm e terão cada vez mais peso eleitoral e seus pensamentos e ações devem valer.
Millenials se preocupam com meio ambiente, estão conectados 24 horas por dia, sete dias por semana, gostam mais de ser do que de ter, amam esportes, comidas saudáveis, viagens e novas experiências, são individualistas, competitivos, não tem pressa em adquirir carro, casa, formar família e gostam do lema "só se vive uma vez". YOLO é a sigla em inglês para isso. Eles não tem pressa em sair da casa dos pais, desde que possam viver como gostam. Preferem alugar um imóvel que comprar e por vezes preferem não ter automóvel e gastar o dinheiro com viagens e outras experiências.
Millenials têm mais elementos lúdicos, brinquedos, eletrodomésticos e aparelhos eletrônicos e digitais que os baby boomers e mudam de emprego dez ou vinte vezes na vida, bem ao contrário da geração anterior, que por vezes tinha um ou dois empregos em vinte, trinta ou quarenta anos de trabalho. Millenials querem informação e entretenimento em qualquer lugar, em qualquer hora e em qualquer altura. É tudo no iPhone.
A geração Y se desenvolveu num contexto macroeconômico pós-guerra fria, pós-muro de Berlim, onde as dicotomias extremas foram dissolvidas e a falta de contornos dos tempos "pós-modernos" passou a imperar. Millenials gostam de respeitar a diversidade, defendem algumas causas sociais e, como dizem, preferem dar mais valor ao trajeto do que à linha de chegada. Eles definitivamente estão mudando as relações de trabalho e de consumo e precisamos examinar isso e fazer ou não adaptações.
Os millenials são consumidores muito mais exigentes que seus pais e avôs e querem comprar, além dos produtos, comprometimento das empresas fornecedoras com atitudes sociais, meio ambiente, saúde e outras ações. As empresas, atentas, vão atrás dos millenials e da grana da geração Y, que tende a não ficar guardada em cofres e contas bancárias.
Os millenials adoram a ideia de que devem estar constantemente necessitando de resultados, para ter estímulo e motivação.

a propósito...

Diante dos números e da importância dos millenials, em todo o mundo, e pelo impacto de suas concepções e atitudes, é preciso seguir estudando a geração Y e ajudá-la a contribuir para construir uma terra com menos censura, discriminação, desigualdades várias, atentados ao meio ambiente e discursos ultrapassados. A internet seguirá como canal de comunicação, rápido, democrático e eficiente, espera-se, para causas boas. O importante é recuperar, ao menos um pouco, bandeiras boas dos baby boomers, os coroas de 50-70 anos, que fizeram e disseram muito. O futuro se constrói melhor aproveitando o que de útil e interessante os antepassados deixaram. Tomara que os millenials deixem um mundo melhor e, principalmente, filhos melhores para o planeta. (Jaime Cimenti)
 

lançamentos

  • O Encanto de Narciso: reflexões sobre fotografia (Ateliê Editorial, 240 páginas, R$ 68,00), de Boris Kossoy, fotógrafo, professor, pesquisador, arquiteto, historiador, sociólogo e artista, traz cem textos curtos sobre seu percurso artístico e acadêmico. Imagens, história, memória, cultura visual, poética e ficção estão na obra.
  • O íntimo das horas (Território das Artes, 96 páginas, R$ 45,00), da artista multimídia, arquiteta, poeta e designer Liana Timm, autora em 56 livros e com 74 exposições individuais, é antologia poética organizada por Dione Detanico. "Na possibilidade da magia/ somos todos feiticeiros/ uns tiram da cartola coelhos/ outros de misturas incomuns/ a ilusão de ser inteiro" são versos da obra.
  • Extemporâneo (Editora Coralina, 60 páginas, R$ 30,00), do poeta, escritor e professor osoriense Delalves Costa, apresenta poemas sobre o homem contemporâneo, sem rosto, escravizado pelo relógio e pela rotina, apátrida e insensível, cego diante do mundo e da beleza. É o oitavo livro de poemas do autor, que já participou de muitas antologias.