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- Publicada em 05 de Junho de 2020 às 03:00

Memória poderosa

Muitas obras já foram escritas sobre o tema e a questão segue essencial para os seres humanos

Muitas obras já foram escritas sobre o tema e a questão segue essencial para os seres humanos


REPRODUÇÃO/JC
Numa época como a nossa, cheia de informações, dados, conhecimentos, sons e imagens, quem não gostaria de ter uma memória prodigiosa? Quem não gostaria de usar os infinitos poderes da mente para a vida própria, o trabalho e o convívio com os outros? Muitas obras já foram escritas sobre o tema, em diferentes épocas, e a questão segue essencial para os seres humanos.
Numa época como a nossa, cheia de informações, dados, conhecimentos, sons e imagens, quem não gostaria de ter uma memória prodigiosa? Quem não gostaria de usar os infinitos poderes da mente para a vida própria, o trabalho e o convívio com os outros? Muitas obras já foram escritas sobre o tema, em diferentes épocas, e a questão segue essencial para os seres humanos.
Leis dinâmicas da memória poderosa (Expandir, 496 páginas), do consagrado professor, escritor, homem público e palestrante Ignácio Valentim Neis, nascido em Bom Princípio, em 1949, é um curso completo sobre o desenvolvimento e plena utilização do poder infinito da mente para a aprendizagem e para a memorização.
Neis é professor há 51 anos e, desde 1972, ministra cursos e palestras motivacionais de Memorização, Neurolinguística e Estratégias Vitoriosas de Estudo. Atualmente, além dos cursos e palestras, dedica-se a escrever livros sobre diversas matérias que envolvem leitura dinâmica, memorização, desinibição, dicção e oratória.
Nesta grande e completa obra, Neis fala no desenvolvimento da memória, no poder criador da memória, nas leis metafísicas e neurolinguísticas, no poder da compreensão do significado, na memória teatral, memorização de nomes e fisionomias e muitos outros tópicos relevantes.
O autor ensina a superar hábitos e caprichos que prejudicam a memória e a desenvolver as qualidades que a auxiliam e ensina como vencer preocupações e problemas. Igualmente, nos auxilia a eliminar as desculpas por fracassos e evitar as eternas lamentações, que tanto prejudicam as pessoas.
Enfim, é uma grande obra, de alguém que há mais de 50 anos vem se dedicando ao tema, com profundidade, rigor científico, e com base em muitas leituras, pesquisas e reflexões. Nas páginas finais, o autor, generosamente, apresenta centenas de indicações bibliográficas, que certamente auxiliarão os leitores a aprofundarem ainda mais os estudos e a prática da memorização e dos outros temas enfocados no volume.

Imprensa, liberdadee missão

O Dia Mundial da Liberdade de Imprensa foi celebrado no último dia 3 de maio. A data foi criada em 20 de dezembro de 1993, com uma decisão da Assembleia Geral das Nações Unidas, celebra o artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos e marca o dia da Declaração de Windhoek, uma afirmação feita com jornalistas africanos em 1991 afirmando os princípios da liberdade de imprensa junto com a Unesco.
Ninguém de sangue bom, de índole democrática e pacífica e que tenha mínimo juízo e pingo de serenidade pode negar que a liberdade de imprensa é essencial para o desenvolvimento de sociedades livres, civilizadas e democráticas. A imprensa deve ser livre para noticiar, informar, comentar, criticar, analisar, servir, interpretar e entreter os milhões de consumidores das várias plataformas de mídia que temos. A imprensa deve ser livre, como devem ser livres os cidadãos. A liberdade deve abrir suas asas sobre todos nós.
Num momento crucial deste mundo, com a pandemia e com crises políticas, éticas e econômicas em muitos países, o papel da imprensa obviamente cresce e merece análise e prática cada vez mais cuidadosa. Jornalistas mais do que nunca precisam saber que seu poder deve ser exercido com o uso das boas e antigas normas do ofício, que todos sabemos quais são. Na medida do possível e por vezes do impossível, a mídia deve trabalhar com base na verdade, checando as fontes, ouvindo todos os lados e permitindo que os cidadãos possam ser corretamente informados e capazes de pensarem com suas próprias cabeças.
Charles Groenhuijsen, jornalista e escritor com 65 anos de idade e 40 de profissão, em curto vídeo, apresenta ideias interessantes. Começa dizendo que jornalismo deve ser espelho para mostrar o mundo como é e que é equivocado mostrar espelhos embaçados apenas por fatos negativos.
Charles é contra o estardalhaço das breaking news e aposta nas "revoluções silenciosas", nos fatos bons que acontecem pelo mundo e que muitas vezes não viram notícia. Em 1960, por exemplo, a média de vida humana era 52 anos, e, hoje, é 72. Muitos indicadores de saúde (como mortalidade infantil) e qualidade de vida melhoraram, mas a mídia muitas vezes foca nas notícias ruins. Claro que a pandemia deve ser noticiada e as pessoas merecem todas as informações possíveis, até para constatarem as mentiras, os péssimos usos políticos, os atos de corrupção e tudo mais.
Charles compara o jornalismo com educar filhos. Não dá para ficar criticando o tempo todo e criar pessoas negativas e pessimistas. É preciso amplificar as coisas boas, sem deixar de noticiar os fatos tenebrosos que andam por aí. Charles convida os jornalistas a apresentarem visões mais construtivas e otimistas, dizendo que, sim, jornalismo serve para tornar o mundo melhor, ao contrário do que muitos pensam.
Vale dizer: tudo deve ser noticiado e informado, mas é preciso não ficar alarmando, aterrorizando e tornando o dia das pessoas - que já está bem difícil - ainda pior.

Lançamentos

  • Olhos de Vênus (Artes & Ecos, 60 páginas), de Ana Luiza Antunes, professora e doutora em Teoria da Literatura, é seu primeiro livro solo de poesia. Na apresentação, Caio Riter escreveu que é poesia pássara, necessária e significante. "Amanhece/desprendo os fantasmas/dos cabelos/acorrento o medo" são versos da obra.
  • Black Hammer - Era da destruição - Parte II (Intrínseca, 192 páginas). As histórias em quadrinhos de Jeff Lemire, Dean Ormston, Rich Tommaso e Todd Klein foram eleitas a melhor Série Original de 2017 pelo Eisner Awards e trazem os heróis de Spiral City, que voltam à tona num momento em que o equilíbrio do universo está por um triz.
  • A fórmula mágica para bater o mercado de ações (Benvirá, 168 páginas,
  • R$ 39,90), do consagrado acadêmico, gestor de fundos e investidor Joel Green, mostra como enxergar o mercado de ações, porque o sucesso não vem para quase todos os investidores profissionais, como encontrar boas empresas a preços irrisórios e como bater o mercado sozinho.

A propósito...

No Brasil, em meio a esta pandemia sanitária, política, ética e econômica, o melhor que o jornalismo pode fazer é noticiar, informar, analisar, criticar e comentar com tranquilidade, sobriedade, imparcialidade e cumprir sua sagrada missão social, proporcionando entendimentos entre os cidadãos e os poderes, o cumprimento das leis e da Constituição Federal, enfatizando o convívio democrático. Incentivar as divisões, mentir, acirrar os conflitos, dar espaço para totalitarismos de qualquer matiz é deletério. Usar do poder de comunicação para piorar o que já está ruim, criar mais caos e problemas, é péssimo para todos, inclusive para os que pensam apenas em seus próprios benefícios e interesses. Eles vão se dar mal. Tomara que a mídia possa espelhar uma realidade mais pacífica, democrática e favorável, e tomara que os homens dos poderes percebam que o verdadeiro poder está nas ruas e nas redes sociais. (Jaime Cimenti)