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- Publicada em 17 de Abril de 2020 às 03:00

Alexandre, o Grande

Alexandre III da Macedônia ou Macedónia, comumente conhecido como Alexandre, o Grande

Alexandre III da Macedônia ou Macedónia, comumente conhecido como Alexandre, o Grande


REPRODUÇÃO/DIVULGAÇÃO/JC
Alexandre, o Grande - Um homem e seu tempo (Editora Zahar, 264 páginas, R$ 54,90 e R$ 36,90 o e-book, tradução de Maria Luiza X. de A. Borges), de Thomas R. Martin e Christopher W. Blackwell, é uma biografia para não especialistas sobre uma das figuras mais importantes e controversas da história da humanidade.
Alexandre, o Grande - Um homem e seu tempo (Editora Zahar, 264 páginas, R$ 54,90 e R$ 36,90 o e-book, tradução de Maria Luiza X. de A. Borges), de Thomas R. Martin e Christopher W. Blackwell, é uma biografia para não especialistas sobre uma das figuras mais importantes e controversas da história da humanidade.
Alexandre III da Macedônia ou Macedónia, comumente conhecido como Alexandre, o Grande, ou Alexandre Magno, nasceu em Pela em 356 a.C., foi rei do reino grego antigo da Macedônia e um membro da dinastia argéada. Com 20 anos de idade, Alexandre sucedeu a seu pai, o Rei Filipe II. Em apenas 33 anos de vida, Alexandre formou um enorme império, que ia do sudeste da Europa até a Índia. Ele foi considerado o maior líder militar da antiguidade e, aos 18 anos, iniciou sua fulminante carreira de vitórias, boa parte delas sobre o Império Persa. Alexandre fundou mais de 70 novas cidades e, graças a seu amor pelas ciências, conseguiu muitos avanços, especialmente em geografia e história natural.
Autores da antiguidade concordam que Alexandre, o Grande, foi absolutamente extraordinário, assemelhando-se mais a um deus do que a um ser humano aos olhos de todos , especialmente a seus próprios olhos. A breve, elegante, acessível e ponderada obra sobre uma das maiores figuras da história recusa a arrogância dos estudos que o julgam a partir de uma suposta superioridade moderna.
Alexandre é mostrado em sua grandeza através dos valores de seu tempo e lugar, e os autores amparam-se em fontes, especialmente na literatura grega antiga, que Alexandre conhecia a fundo e apreciava como base para inspiração e reflexão.
Os autores abordam seu nascimento, num mundo de forte competição entre mulheres da realeza, sua formação militar com os soldados, sua rica educação geral com Aristóteles. Analisam suas amizades, rivalidades, conquistas, negociações e mostram um panorama de como Alexandre é lembrado desde sua morte até hoje. Dos 13 aos 16 anos Alexandre foi aluno de Aristóteles e, a partir de seu amor pela cultura helênica, procurou difundi-la por onde andou.
Mediante uma prosa descomplicada, com base em vastos conhecimentos e contando com o apoio de mapas e boxes, a obra merece a atenção de todos quantos queiram conhecer alguns dos pilares mais importantes da civilização antiga. Como sabemos, ainda guardamos memórias e influências de grandes impérios, como o de Alexandre, o Grande.

Arnóbio enfrenta o vírus

Como se dizia antigamente, Arnóbio era um solteirão empedernido. Nunca se casou, nunca morou com alguém e não teve filhos. Foi funcionário da Biblioteca Municipal durante 40 anos e, aposentado, seguiu morando no pequeno sobrado, em uma rua. Recebia pouquíssimas visitas, além da antiga diarista que o servia há 37 anos. Seus pais e irmãos tinham morrido e ele nunca se interessou pelos parentes mais distantes.
Mantinha a casa arrumada, um lugar para cada coisa, cada coisa no seu lugar. Com a chegada do coronavírus, decidiu que a empregada e ninguém entraria na casa. Ele comprovou dezenas de enlatados, dúzias de litros de leite, congelou pães, adquiriu montes de luvas, gorros, várias máscaras e muitos litros de álcool em gel. Decidiu que ficaria em casa, mesmo com possibilidade de overdose de pipocas, miojo, pizza e Netflix.
Certa noite, quando ia subir para dormir no andar de cima do pequeno sobrado, foi tomado por uma luz forte, que entrou por debaixo da porta. Era o coronavírus, redondo, brilhante, saliente e apavorante como aquele que aparecia no telejornal toda noite. Arnóbio subiu correndo as escadas, mas o vírus correu atrás.
Arnóbio disse ao vírus que a casa estava protegida, que ele era vegano, saudável e, na frente do vírus, passou álcool nas mãos, nos braços e no rosto. Disse ao vírus: "Te manda daqui senão vou te dar um tiro".
O vírus disse que não tinha medo de tapetinho com água sanitária, álcool, luvas, máscaras, gorros e outras proteções, e que tinha chegado a hora de Arnóbio, que era melhor ele aceitar para doer menos. O vírus disse que se levasse um tiro de nada ia adiantar, pois se espalharia mais ainda.
Arnóbio disse ao vírus que se ele o pegasse não ia adiantar, pois para ele, que gostava de exercícios, boa alimentação, meditação e espiritualidade, o vírus causaria no máximo uma gripezinha. Ordenou novamente que o vírus se mandasse e falou aos gritos que iria buscar seu revólver.
O vírus disse que era onipotente e onipresente e que ninguém podia com ele quando ele decidia assim, e que todo mundo tinha a sua hora de partir para o além, não adiantava nada espernear, era melhor ele escolher a última refeição, a última música e os versos derradeiros. O resto seria silêncio.
Arnóbio disse ao vírus que ele não era deus para ficar ditando regras e que iria resistir a ele do mesmo modo que resistiu a muitos pedidos de casamento. Arnóbio citava Quintana, em relação ao casamento, e dizia que preferia ter sido o sonho e a esperança de muitas do que a desilusão de uma. O vírus disse que a conversa estava ficando muito comprida e chata, que tinha mais o que fazer, que tinha que resolver logo a questão e seguir para outros encontros.
Arnóbio disse que pagaria para ver, que ia buscar o revólver no andar de baixo e dar um jeito naquela visita inadequada, inconveniente e nojenta. Arnóbio disse que era da Fronteira, que não tinha medo nem de lobisomem, mula sem cabeça e Saci Pererê, e que o vírus ia ver o que era bom para a tosse.
Arnóbio desceu rápido pela escada, foi, decidido, na direção do armário da sala para pegar a arma e o vírus, implacável, foi atrás. O vírus disse que ele ia gastar pólvora em chimango, que devia economizar a bala e aceitar o final.

Lançamentos

Best-seller do The New York Times com F*ck love, é um romance do gênero thriller psicológico.

Best-seller do The New York Times com F*ck love, é um romance do gênero thriller psicológico.


REPRODUÇÃO/DIVULGAÇÃO/JC
  • Invisível (Faro Editorial, 256 páginas, R$ 44,90) (acima), da escritora norte-americana Tarryn Fisher, best-seller do The New York Times com F*ck love, é um romance do gênero thriller psicológico. Margô, garota abandonada aos oito anos pela mãe prostituta e drogada, torna-se uma adulta monstruosa e vai perseguir abusadores de crianças. Quer vingar-se dos abusos que ela mesma sofreu.
  • O argumento liberal (É Realizações, 296 páginas, R$ 69,90), do crítico literário, diplomata e pensador José Guilherme Merquior ( 1941-1991), que pertenceu à Academia Brasileira de Letras, traz dezenas de textos sobre perspectivas filosóficas, temas de teoria política, história e ideologia, todos publicados em jornais. Posfácios de João Cezaf Castro Rocha, Cláudio Ribeiro e Kaio Felipe.
  • Pequenos incêndios por toda parte (Intrínseca, 416 páginas, R$ 44,90), do escritor norte-americano Celeste NG, é um romance com trama instigante, que começa com a impactante descrição de um incêndio, provavelmente criminoso, na casa dos Richardson. Mia Warren, vizinha, mulher nômade e mãe de um adolescente, vai se envolver com a família da casa e com muitos mistérios que aparecerão.

A propósito...

O vizinho de Arnóbio, militar reformado, que estava ouvindo a conversa toda, invadiu a casa depois de pular o muro do pátio e já chegou chegando, empunhando um tubo cilíndrico e dizendo: "Vocês aí, fiquem quietinhos que já vou solucionar o caso, do jeito que a situação merece!". Aí o velho militar acionou o gatilho daquela espécie de extintor e, com um jato, deu um banho de azitromicina e cloroquina no vírus, que caiu no chão, estonteado. Arnóbio olhou para o militar, agradeceu e disse que, na dúvida, era melhor os dois saírem dali e buscarem abrigo seguro do infecto visitante. O militar disse que se garantia, mas que era melhor zarpar dali. (Jaime Cimenti)