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- Publicada em 31 de Janeiro de 2020 às 03:00

Caráter, liberdade e empreendedorismo

Como se preparar para uma economia liberal, livro de Lawrence W. Reed

Como se preparar para uma economia liberal, livro de Lawrence W. Reed


REPRODUÇÃO/DIVULGAÇÃO/JC
No momento em que vivemos, tempos de mundo globalizado e mudanças econômicas e políticas em muitos países, não há dúvida de que uma das discussões essenciais é a que envolve os princípios e a aplicação de uma economia liberal. Há muitos que defendem a tese de que um mercado livre é a melhor ferramenta contra a corrupção.
No momento em que vivemos, tempos de mundo globalizado e mudanças econômicas e políticas em muitos países, não há dúvida de que uma das discussões essenciais é a que envolve os princípios e a aplicação de uma economia liberal. Há muitos que defendem a tese de que um mercado livre é a melhor ferramenta contra a corrupção.
Como se preparar para uma economia liberal (Faro Editorial, 160 páginas, R$ 34.90, tradução de Matheus Pacini), do consagrado jornalista norte-americano Lawrence W. Reed, autor do best-seller Desculpe-me, socialista - Desmascarando as 50 mentiras mas contadas pela esquerda, publicado no Brasil pela Faro, apresenta princípios e práticas para destacar-se no novo cenário mundial. Para o autor, caráter é o que faz toda a diferença no mundo, e se a pessoa está decidida a pautar todas as suas ações pelo bom caráter e está na posição de influenciar os outros pelo seu exemplo, ela valoriza a liberdade, e entende que o bom caráter é o ingrediente indispensável para uma sociedade livre.
Lawrence W. Reed entende que uma sociedade livre tem um trio de elementos centrais: caráter, liberdade e empreendedorismo. Para ele, o caráter vem em primeiro lugar, tornando a liberdade possível e abrindo portas para o empreendedorismo, no seu entender um dos mais nobres e elevados chamados de um adulto responsável, que cria valor, emprega pessoas e resolve problemas.
Nesses tempos de corrupção e de notícias desanimadoras sobre todo tipo de crime financeiro, é difícil pensar que um bom caráter possa vencer, mas basta olhar ao redor para ver que tanto no passado quanto no presente sempre foi o bom caráter que reestabeleceu e estruturou o que temos de melhor em nossa sociedade. Essa é a principal mensagem do livro, que, como se vê, foi publicado em hora adequada.
A obra conta, ainda, com artigos com temas orientados para a visão liberal, entre eles os clássicos Fréderic Bastiat, Edmund Burke, Catão e Cicero, entre muitos outros.

Cultura, lei, censura, justiça, governo, dinheiro público

Os temas acima estão em pauta há milênios, acho que desde que foram feitas gravuras nas cavernas, na pré-história. Alguns devem ter gostado, outros não. Cultura, como diz o Aurelião, é o sistema de ideias, conhecimentos, técnicas de artefatos, de padrões de comportamento e atitudes que caracterizam uma sociedade. Diz ele que cultura também é um estágio de desenvolvimento cultural de um povo ou período caracterizado por obras, instalações ou objetos criados pelo homem desse povo ou período.
O Brasil é um continente que, a exemplo do estado do Rio Grande do Sul, é formado por muitas etnias e culturas. São muitos Brasis, muitos brasileiros e muitas vozes, compondo um rico mosaico. No momento em que Regina Duarte assume a Secretaria Especial da Cultura, é sempre bom lembrar que cultura significa, antes de tudo, democracia, liberdade, pluralidade, diversidade, criatividade e, no caso do Brasil, um órgão federal responsável pela cultura deve pensar o País como um todo, do Oiapoque ao Chuí.
Especialmente quando se vai utilizar verba pública para a cultura, é preciso atentar para uma distribuição justa e democrática, que respeite todas as regiões e os vários fazeres culturais. Nada de privilegiar "alta cultura" e determinados estados, artistas ou grupos, em vista de interesses ideológicos, políticos ou partidários.
Nossa Constituição Federal garante liberdade de expressão, mas também protege o direito à intimidade. Nossa legislação está aí para que o cidadão não seja vítima de injúria, calúnia, difamação ou de outras violações aos seus direitos individuais. Infelizmente tudo é rápido e instantâneo nas redes sociais e lento no Judiciário. O estrago se faz ligeirinho e a reparação é demorada e complicada.
O administrador público, o legislador e o Judiciário devem ficar atentos aos fenômenos culturais e observar a liberdade de imprensa, a ausência de censura (censores nunca entraram para a história), as liberdades democráticas, o direito à informação, e devem auxiliar no desenvolvimento de novas leis que protejam os indivíduos e a sociedade dos males que especialmente os meios eletrônicos causam.
Destruir quadros, estátuas, esculturas e templos, censurar ou queimar livros, proibir filmes e peças de teatro, agredir, prender ou matar artistas e pessoas ligadas à cultura, isso tudo já aconteceu e acontece, infelizmente, na história da humanidade. Conseguimos evoluir nos aspectos culturais e é preciso seguir nessa trilha.
Na verdade, depois que a pátina do tempo cai sobre a cultura, como um todo, o que se vê, geralmente, é que a sabedoria popular e o tempo são os melhores e mais democráticos juízes. Dom Quixote está aí, vivo, porque as pessoas e o tempo o consagraram, e não porque alguns acadêmicos chancelaram a obra, que é realmente importante e inovadora. Todos somos um pouco Quixotes e Sanchos. Entre a terra e o céu, entre a realidade e o sonho vamos vivendo, com razão, sensibilidade e outras coisas.

Lançamentos

pan - livro Lembrar é viver - convivência com figuras políticas, artigos de natureza política, crônicas e fatos da vida real e poemas  - livro de deoclécio galimberti

pan - livro Lembrar é viver - convivência com figuras políticas, artigos de natureza política, crônicas e fatos da vida real e poemas - livro de deoclécio galimberti


/REPRODUÇÃO/DIVULGAÇÃO/JC
  • Lembrar é viver: Convivência com figuras políticas, artigos de natureza política, crônicas e fatos da vida real e poemas (AGE Editora, 374 páginas) (acima), de Deoclécio Galimberti, ex-secretario do Ipergs e exercente de cargos públicos e privados, fala do contato com a política e grandes figuras, fatos da vida real e traz poemas sobre vida e felicidade.
  • O som das letras (Cidadela, 176 páginas), da escritora, compositora e produtora gaúcha Delma Gonçalves, com apresentação dos advogados e jornalistas Juliano Gonçalves Tavares de Oliveira e Antônio Carlos Côrtes, apresenta versos sobre o cotidiano, amor, negritude e outros temas e letras de canções que ela compôs.
  • O livro que não escrevi (Class, 108 páginas), do psiquiatra Ramon Castro Reis, é seu primeiro romance, escrito em forma de dez cartas. Honore Ayala, bibliotecário, o protagonista, narra sobre infâncias e livros. Na apresentação, o psicanalista L.A. Francischelli escreveu: "o livro remete-me às cartas de Freud a Fliess, nas quais Freud abre o coração ou a alma".
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A propósito...

Mas é importante, especialmente nesse mundo repleto de individualidades e egoísmos de tamanhos oceânicos e de milhões de opiniões e atitudes de megalomania de porte planetário, que a gente busque bom senso, liberdade, democracia, pluralidade, diversidade, respeito ao próximo e, principalmente, respeito à vida, seja ela humana ou de outras formas da natureza.
Tudo bem, quem quiser me chamar de utópico fique à vontade. Melhor utópico que distópico. "Se as coisas são inatingíveis.. ora!/ Não é motivo para não querê-las...Que tristes os caminhos se não fora/ A presença distante das estrelas!" Versos de Mario Quintana, imortal da alma e da boca do povo, do tempo e homem da poesia e da cultura como poucos. (Jaime Cimenti)