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- Publicada em 05 de Setembro de 2019 às 21:16

Nascimento, vida, viagem e morte

Todos sabemos que nossas vidas são viagens sem roteiro muito definido, com planos e acasos, e estamos conscientes que no jogo da vida não há grandes ensaios ou prorrogação. Nos resta escolher os destinos e os caminhos possíveis, sabendo que tudo ou nada pode acontecer. Vida é mais um quadro surrealista do que um teorema matemático. Melhor não saber quando se vai morrer e entender que nunca vamos decifrar todos os mistérios. Sabendo tudo, a vida seria sem graça.
Todos sabemos que nossas vidas são viagens sem roteiro muito definido, com planos e acasos, e estamos conscientes que no jogo da vida não há grandes ensaios ou prorrogação. Nos resta escolher os destinos e os caminhos possíveis, sabendo que tudo ou nada pode acontecer. Vida é mais um quadro surrealista do que um teorema matemático. Melhor não saber quando se vai morrer e entender que nunca vamos decifrar todos os mistérios. Sabendo tudo, a vida seria sem graça.
Vida: viagem sem destino (AGE Editora, 285 páginas), nova obra do engenheiro, cronista, empresário, poeta, contista e romancista gaúcho Felipe Daiello, autor de mais de 10 livros, incluindo o volume de ensaios A revolução dos velhos e os romances As rodas da fortuna e Ventos do deserto, apresenta textos que tratam de nascimento, vida, viagens e morte, relacionando-nos com as quatro fases da lua e contando com poemas de Nelson Rech nas apresentações dos quatro "atos" da narrativa.
Com larga experiência de vida, leituras, viagens e convívio, o autor nos convida a refletir sobre momentos de vida, escolhas de destinos e caminhos. Daiello incentiva os leitores a serem os autores da peça-vida, o diretor ou mesmo o ator principal, deixando de lado o exercício apenas de papéis secundários ou a postura de ser apenas espectador passivo do espetáculo.
No prefácio, o poeta e homem de cultura Antonio Soares escreveu: "Viajar? Daiello viajou e muito bem nos diz do que viu na China, do que é o Museu Fernando Pessoa em Lisboa, do que foi a Ceuta Portuguesa nos séculos XV e XVI, de mercados, igrejas, praças e monumentos".
Desde as viagens de Odisseu, passando por Dom Pedro II (o Imperador Viajante), igrejas do Novo México, Califórnia, Londres e a Praga de Kafka, até chegar às lembranças sobre o genial Edgar Allan Poe e sua Baltimore, Daiello traz vidas, viagens e mundos com sua prosa ágil, elegante e nos convida a pensar sobre as razões da nossa existência, as possibilidades de sucesso, a realização de sonhos de infância e os projetos de juventude.
Como nos versos da linda canção, Daiello nos diz: a vida é bela, só nos resta viver. O lançamento do livro ocorre no dia 13 de setembro, às 17h30min, na AGE (Valparaíso, 285).

A Guerra das Moedas por Sérgio Borja

Em 15 de julho de 1998, em um artigo publicado na coluna de opinião do Jornal do Comércio, editada pelo jornalista Roberto Brenol, o professor universitário, jurista e escritor Sérgio Borja cunhou a expressão "Guerra das Moedas" ou "Currency War". No final do texto, a pergunta: "Até que ponto os Estados Unidos e os sistemas econômicos que lhe são dependentes, notadamente a América Latina, aguentarão com suas moedas sobrevalorizadas em relação aos demais sem ter de fazer uma maxidesvalorização em conjunto?!".
"Guerra das Moedas" foi um termo explicado para explicar a disputa comercial usada por diversos governos e economias internacionais como um dos meios de controle de sua conjuntura macroeconômica interna. O cenário pressupunha a disputa entre países envolvendo suas moedas locais, através de depreciações cambiais unilaterais, muito antes do conceito da guerra comercial.
Sérgio Borja ou Sérgio Augusto Pereira de Borja foi, por mais de 35 anos, professor da Ufrgs, da Pucrs e da Unisinos, onde lecionou Direito Constitucional, Ciência Política, Teoria Geral do Estado e Relações Internacionais, entre outras disciplinas. Foi agraciado com muitas honrarias e presidente da Academia Rio-Grandense de Letras.
Guerra das moedas e a partidocracia (Muruci Editor, 410 páginas), volume lançado em 5 de setembro, apresenta centenas de artigos de Borja contando a realidade do processo de expansão e exportação inflacionária no dólar emitido pelos americanos sem lastro outro e de forma fiduciária, dominando uma placa tectônica monetária de mais de 70% sobre os negócios internacionais e sua coexistência com as demais moedas mundiais e seus efeitos, notadamente na inteiração com o renmimbi ou Yuan chinês e a placa do Euro, e seus efeitos que colocam os demais países entre o mar e o rochedo, sobre a influência dos dumpings monetário e social oriundo da China e os processos interativos descritos nas equações de Robert Triffin, no paradoxo do dólar.
O volume do pioneiro na expressão "Guerra das Moedas" traz cronologicamente uma série de artigos publicados na época respectiva fazendo a apreciação da política momentânea do Banco Central Brasileiro, em vários períodos, de FHC, Lula e Dilma, que deveria ter uma política de Estado, manifestando, no entanto, sua política de governo influenciado por ideologias de momento e hegemonias políticas oriundas e eventuais maiorias distorcendo uma necessária política de Estado e independência do Banco Central Brasileiro para enfrentar as flutuações dos mercados internacionais com um norte seguro para o povo e a nação brasileira.
No prefácio o Dr. Benoit Mercereau, PhD em Economia pela Yale, escreveu: "O tema 'Guerra das Moedas' é muito instigante. Os europeus sabem muito bem que a guerra das moedas pode ter consequências drásticas. Uma guerra de moedas pode acontecer quando países enfrentam dificuldades econômicas. Por exemplo, nos anos trinta, houve uma crise econômica importante. A fim de tentar melhorar a situação, muitos países depreciaram suas moedas".

lançamentos

  • Melhor que a encomenda (Faro Editorial, 320 páginas, tradução de Fábio Alberti), da romancista norte-americana Lauren Blakely, best-seller do NY Times, narra as vibrantes peripécias da solteira feliz April, focada no trabalho e que decide contratar um acompanhante. Um "namorado" pago para impressionar a família e afastar pretendentes indesejáveis. O plano foi mudando...
  • Péricles (Editora Movimento, 176 páginas), tragédia de William Shakespeare, em edição bilíngue com tradução interlinear, introdução e notas de Elvio Funck, traz o príncipe Péricles desejoso de casar com a filha do rei Antíoco. O rei põe à prova os pretendentes, com um enigma, e costuma cortar as cabeças dos que falham. Péricles descobre o enigma mas vai precisar fornecer uma resposta ambígua para salvar a pele.
  • Radicalizar a democracia (Editora Unisinos, 192 páginas, tradução de Anderson Vichinkeski Teixeira), de Dominique Rousseau, professor da Universidade de Paris I - Sorbonne, propõe uma "nova democracia contínua" e defende uma reforma institucional profunda que leve em conta a natureza viva e concreta do exercício da democracia.

a propósito...

Neste momento de globalização, embates políticos, culturais e econômicos candentes nas quatro faces do planeta, em que se busca mais igualdade social, econômica e política, a obra do professor Sérgio Borja é extremamente oportuna. Com sua generosidade de professor, cidadão e pai de família exemplar, Borja, com base em sua longa e profícua carreira acadêmica e com sua bagagem intelectual de tamanho oceânico, apresenta ideias e soluções para pessoas e mundo melhores, sempre de olho em valores justos e humanos. É muito nesse momento de escassos líderes e referências consistentes. (Jaime Cimenti)