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Livros

- Publicada em 28 de Fevereiro de 2019 às 23:17

Na máquina do tempo

O romance A máquina do tempo, em nova edição comentada da Editora Zahar (198 páginas, tradução, apresentação e notas de Adriano Scandolara) é um clássico da ficção científica e é o romance inaugural de H.G.Wells, publicado em 1895. Esta cuidadosa edição encadernada faz parte da Coleção Clássicos da editora e traz o texto integral, seguindo a primeira edição da obra.
O romance A máquina do tempo, em nova edição comentada da Editora Zahar (198 páginas, tradução, apresentação e notas de Adriano Scandolara) é um clássico da ficção científica e é o romance inaugural de H.G.Wells, publicado em 1895. Esta cuidadosa edição encadernada faz parte da Coleção Clássicos da editora e traz o texto integral, seguindo a primeira edição da obra.
O volume tem mais de cem notas, ótima apresentação contextualizando a escrita do romance e traz a cronologia da vida e obra de Wells e dois textos extras: o conto "Os Argonautas Crônicos", que originou o livro e a versão estendida de um dos capítulos. É um convite para os velhos leitores relerem uma das primeiras obras de ficção científica e para os novos entrarem em contato com um texto que alçou o autor à condição de gênio.
Em meio a um jantar em Londres o Viajante do Tempo retorna para contar a um grupo de amigos sua extraordinária experiência no ano 802701. Em sua aventura, o viajante esteve entre duas raças degeneradas de descendentes da humanidade como a conhecemos: os Elói, criaturas frívolas e infantis cuja existência parece transcorrer sem lutas e os Morlocks, habitantes do mundo subterrâneo que, antes subservientes aos Elói, passaram a persegui-los de noite.
A aventura dramática e uma distopia crua e desesperada são o núcleo da narrativa, que apresentou noções que futuramente seriam ordenadas na teoria da relatividade de Einstein. A narrativa traz a perturbadora ideia do fim do ser humano, com um evento natural e inevitável, invertendo a crença do século XIX na evolução como progresso.
Com seu forte cunho intelectual e imaginativo a obra é uma parábola científica e também uma fábula sobre a sociedade de classes. Com seu livro Wells fundou o subgênero "viagem no tempo" no âmbito da ficção científica.
H.G. Wells mergulhou de vez na dimensão mais propriamente científica do gênero e é considerado o padrinho de uma leva de romancistas cientistas do porte de Isaac Asimov, Arthur Clarke, Alice Sheldon, Mary Doria Russel e Carl Sagan.

Lançamentos

  • Rosa Noturna - Contos (Movimento, 80 páginas, prefácio da professora Léa Masina), de Ivo Bender, professor, dramaturgo, ficcionista e tradutor falecido em 2018 aos 80 anos, traz contos com toques de mitos pessoais. "A passagem do tempo apenas comprova o tranquilo domínio de Ivo sobre as técnicas literárias e sua audácia ao devassar os labirintos do realismo mágico" está escrito na orelha.
  • Rádio Libertad - Loucos, selvagens ou demônios (Martins Livreiro Editor, 168 páginas), romance do engenheiro e escritor Claudio Goidanich Kraemer, trata de histórias de dois irmãos gêmeos. Na apresentação, o escritor e romancista Alcy Cheuiche escreveu: "O maior valor deste livro é valorizar a vida que escolhemos (mesmo parecendo loucos) e confiar no amor para superar todos os seus obstáculos".
  • A dor dos lobos (Editora Patuá, 180 páginas), romance da psicanalista, articulista e escritora Rosane Pereira, autora da coletânea de contos A invenção do sentimento e do romance Estranhos, noturnos e amantes narra a pungente saga de Théo, violinista e maestro de carreira internacional, que após o desaparecimento da filha, passa a questionar sua vida.
 

Xangri-Lá, moradores, veranistas e condomínios

Chega ao fim mais um veraneio no Litoral Norte. É hora do inevitável balanço e de pensar na administração, nos moradores, nos veranistas, nos condomínios, nas vias públicas, praças e nas residências. No centrinho de Atlântida, ao que se viu, não se repetiram problemas de barulho, violência e invasões de anos anteriores. Isso deve ser elogiado, a comunidade agradece.
Durante o veraneio e ao final dele geralmente os veranistas queixam-se do valor do IPTU e pedem mais atenção de parte da prefeitura. O município de Xangri-Lá tem a maior arrecadação per capita de IPTU-ITU no Brasil. Cerca de 90% do valor é pago pelos veranistas e 55% vem só dos condomínios. O município de Gramado arrecadou aproximadamente 33 milhões de IPTU e ITU em 2017 e no mesmo ano o município de Xangri-Lá arrecadou em torno de 32 milhões de IPTU e ITU.
Integrantes de 23 dos condomínios de Xangri-Lá decidiram não apenas reivindicar providências e criaram uma associação. A entidade já representa diretamente 5.498 lotes e contribuiu e coordenou sobre entrega de itens de segurança, cestas de alimentação, construção de alojamento, coletes, drone para a Patram, viaturas e muitos outras contribuições importantes. A Associação investiu 103.000,00 reais com segurança para o município.
A associação tem dado, como se vê, grande contribuição para os moradores e veranistas e para a administração pública e está fazendo uma campanha para que os veranistas transfiram seus títulos de eleitor para o município de Xangri-Lá, para que possam lutar por representatividade no legislativo e no executivo. É uma ideia que já vem de bastante tempo, mas que vai ganhando corpo à medida em que os proprietários de lotes e casas em condomínio frequentam mais os balneários, mesmo durante o ano.
Por certo a participação direta dos veranistas nos poderes públicos irá enriquecer a cidade e proporcionar mais desenvolvimento, educação, segurança e saúde para todos. Foi-se o tempo em que o veranista esquecia do Litoral de março a dezembro e ficava distante dos moradores e dos administradores locais. A chegada dos condomínios, particularmente em Xangri-Lá, deu vida nova aos balneários do município e sua contribuição de 55% do IPTU e ITU tem sido essencial. Os condomínios, definitivamente, são um convite para seus usuários frequentarem cada vez mais o Litoral Norte, mesmo fora da temporada. Alguns condôminos já fixaram residência neles e alguns trabalham, ao menos alguns dias da semana, em Xangri-Lá ou Capão da Canoa, o que é bom para todos.
É de se desejar longa e feliz vida para a Associação dos Condomínios e esperar que seu bom trabalho continue, em benefício da qualidade de vida dos moradores e dos veranistas, e, claro, dos veranistas-moradores. Não é demais repetir que questões de segurança, saúde, educação e mobilidade afetam não só as grandes cidades e que cidadãos e poder público devem se unir para enfrentar os enormes problemas e desafios.
 

A propósito...

A criação da associação e suas atividades estão em consonância com os melhores desejos de moradores e veranistas, que precisam dialogar cada vez mais e unir forças para um crescimento saudável do município. Sem ideais e lutas em comum, moradores e veranistas se dividem, perdem muito e as coisas não acontecem. Moradores, administradores públicos e veranistas precisam se aproximar ainda mais, conversar e buscar sonhos e metas para todos. O fato de muitos veranistas frequentarem o Litoral o ano todo, certamente é alvissareiro e é um passo gigante para uma útil e prazerosa integração. É isso, de mãos dadas o futuro será melhor. E março continua a ser o melhor mês. Tomara que um dia as férias avancem até a primeira quinzena de março, pelo menos. Sonho antigo.