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- Publicada em 05 de Outubro de 2018 às 00:47

Milo Yiannopoulos, o mais polêmico da internet

Dangerous - O maior perigo é a censura (Faro Editorial, 288 páginas, R$ 44,90, tradução de Carlos Szlak), do jornalista, empresário e palestrante britânico Milo Yiannopoulos, a personalidade mais polêmica das redes sociais, traz muitos textos sobre censura, liberdade de expressão, feminismo, gamers, gays, esquerda progressista, muçulmanos e direita, entre outros temas vibrantes de nossos tempos barulhentos e eletrônicos.
Dangerous - O maior perigo é a censura (Faro Editorial, 288 páginas, R$ 44,90, tradução de Carlos Szlak), do jornalista, empresário e palestrante britânico Milo Yiannopoulos, a personalidade mais polêmica das redes sociais, traz muitos textos sobre censura, liberdade de expressão, feminismo, gamers, gays, esquerda progressista, muçulmanos e direita, entre outros temas vibrantes de nossos tempos barulhentos e eletrônicos.
Milo trabalhou para grandes veículos de comunicação ingleses e norte-americanos. É um crítico do senso comum e do politicamente correto. Numa das grandes polêmicas em que se envolveu, foi acusado de racismo e expulso do Twitter. Milhões de seguidores o odeiam, milhões o adoram, justamente porque ele é uma voz dissonante, livre, que fala o que pensa e não tem medo de voltar atrás. Milo é considerado nada menos que o "Cidadão Kane da mídia digital".
O jornal The New York Times acha que ele não tem sentimentos, e o The Observer o chama de "pitbull da mídia teconológica". Já o Washington Post diz que ele é debochado, um troll. O American Thinker registrou que ele é indigno, frio e baixo. Outros jornais o chamam de idiota e intrigante, e o consideram um ícone da internet marginal, caricatural, incrivelmente arrogante.
Milo é assumidamente gay, casado com um parceiro negro, é contra o aborto, o discurso extremo do novo feminismo, a esquerda e o politicamente correto, e questiona os discursos "democráticos" dos seus opositores, que depredam carros e queimam ônibus para impedir sua liberdade de expressão.
Milo discute tabus, rebate críticas e promove uma verdadeira guerra contra o mainstream ideológico, e, claro, acabou expulso do Twitter e censurado por universidades. O lançamento de seu livro foi boicotado após surgir uma campanha difamatória acusando-o de pedofilia. No livro, Milo desmonta a farsa.
Ele defende uma política mais severa na admissão de imigrantes e refugiados nos Estados Unidos, e os movimentos radicais de conservadores e progressistas o odeiam. Enfim, os leitores podem não concordar com tudo, mas os argumentos de Milo são interessantes, fundamentados e, melhor, repletos de senso de humor. Livre expressão, doa a quem doer, é o lema do cara mais polêmico da internet.

Lançamentos

Casa do Artista Riograndense - Memória viva do radioteatro em Porto Alegre - Um abrigo de muitas histórias (Fumproarte, 128 páginas), da museóloga Carla Beatriz Menegaz, com apresentação de Luciano Fernandes, presidente da instituição, trata de histórias da casa, do radioteatro e de seus residentes, como o mais antigo, Wilson Gomes, que colaborou com textos para o volume, representando o sentimento de todos. Acompanha CD de radionovelas.
Entusiasmo - Ativando sua energia interior (Viseu, 332 páginas), do economista, empresário, escritor e homem de marketing Jorge Sabongi, acima de tudo, convida os leitores a acionar a automotivação e reverter o desânimo nesses nossos tempos de tantas crises. Autoconhecimento, busca de conforto e segurança e ir atrás com entusiasmo é o que propõe o autor, que nos ensina a nos apaixonarmos mais por nós mesmos.
O romance de 30 (BesouroBox, 124 páginas), do consagrado professor, jornalista e escritor J.H. Dacanal, em 4ª edição, faz parte da Série Básica e analisa, de forma clara e sintética, algumas das obras mais importantes do período, situando-as no contexto e explicando didaticamente seu sentido. Vidas secas, O tempo e o vento, Terras do sem fim, Os ratos, Memórias do Coronel Falcão e outros clássicos são examinados.
 

Ringo Starr é o cara!

O beatle Ringo Starr está com 78 anos, tem sete netos e é o primeiro bisavô da banda. Em 2018, foi condecorado como Sir na Inglaterra. Infância humilde, três anos em hospitais com doenças graves, Ringo teve pouca escolaridade e, aos 15 anos, mal sabia ler e escrever. Ao contrário do boato desta semana na internet anunciando sua morte, Ringo segue muito vivo, noivo e será pai novamente. Em 2017 e 2018, a revista GlamMag o elegeu o homem mais sexy do mundo. A revista Rolling Stone o considerou o quarto melhor baterista de todos os tempos, e a revista People with Money declarou que ele é o cantor mais bem pago no mundo.
Todo ano surgem biografias de Paul McCartney e John Lennon, e relatos sobre George Harrison. Ringo não tem muitas biografias sobre ele, mas, este ano, o jornalista norte-americano Michael Seth Starr, que não é parente do beatle, lançou a obra mais ambiciosa sobre Ringo, o beatle simpático, engraçado, bom cabelo, cheio de anéis (daí o apelido Ringo) e que, com seu temperamento maravilhoso e agregador, muito colaborou para a formação e o desenvolvimento da maior e melhor banda de rock de todos os tempos. Competente e criativo baterista, deu um ritmo único para a banda e, com humildade, aceitava uma música para si em cada disco e sorria para a vida.
Ringo (Editora Planeta, 480 páginas, tradução de Laura Folgueira) fala do caso entre Maureen Cox, primeira mulher de Ringo, com George Harrison, que não acabou com a amizade entre os dois nem impediu que Ringo ficasse ao lado da cama onde Maureen morreu de câncer, muitos anos depois da separação. A obra revela que Paul não dava muita importância para o talento do colega baterista e, às vezes, o tratava como se fosse um músico contratado. Alguns ainda criticam as habilidades de Ringo com as baquetas, mas, no julgamento do tempo e do público, que são os mais importantes, além das avaliações de algumas publicações especializadas importantes, o beatle mostra que suas contribuições pessoais e musicais são essenciais na história mundial do rock. Mundo este repleto de egos de tamanho amazônico, vaidades ilimitadas e qualidades musicais tantas vezes escassas.
O livro mostra como o sucesso de Ringo nos anos 1970 o empurrou rumo ao álcool e às drogas, e como, junto com a esposa, atriz e Bond Girl Barbara Bach, se reabilitaram numa clínica.
Ringo tinha a melhor cabeleira e o melhor humor do grupo, mas não era inteligente como John, bonitinho como Paul nem músico de talento como George. Seu biógrafo acha que ele merece mais respeito, por sua contribuição como músico e compositor e pela sociabilidade e afeto com que unia e harmoniza os egos oceânicos dos três Beatles. Depois do término dos Beatles, Ringo, generoso, sempre convidou amigos para participar de suas atividades musicais, e, não por acaso, até hoje, recebe um belíssimo senso de fraternidade e camaradagem por roqueiros de várias partes do planeta.

A propósito...

Poucos nasceram reis, tops, número um, campeões, bilionários ou gênios. Muitos vivem o isolamento, a solidão e as dificuldades de quem está "pretensamente", acima dos meros mortais, vivendo em ilusórios olimpos, mansões e ilhas. Genialidade, primeiro prêmio, Nobel, recordes olímpicos e galardões são importantes. Os humanos adoram corridas de humanos, cavalos e ratos. No fundo, todo mundo quer ser campeão de tudo. Nem todo mundo é o Inter, consolem-se e não sofram por isso. Medalhas, ouro, distinções, faixas, placas, troféus e gloríolas têm função, mas glória maior é estar com saúde no domingo à noite, coração batendo macio, cabeça zen, acompanhado de pessoas do bem, desejando o bem para os outros e para o mundo. Isso mesmo assistindo debates políticos, com cada um por si. Glória a Deus! Ringo é o cara! (Jaime Cimenti)