Imaginem, por exemplo, um arroz de carreteiro. Coisa mais sem graça, pelo menos até que se experimente, ou que o cozinheiro atente para a importância da apresentação: salsinha picada, algum ovo cozido e - pronto! - um modesto carreteiro transforma-se em uma tentadora iguaria, graças ao colorido que ganhou.
Isso também se aplica à receita abaixo, algo que raramente encontro aqui, mas que em São Paulo se aproxima da macarronada como comida capaz de reunir a família em tarde de domingo. Alguém poderá não gostar, até mesmo preferir usar a farinha de milho para fazer polenta, mas se atreveria a dizer que não fica lindo?
Agora, se a questão for preparar algo para servir bem quente, baseado em ingredientes do cotidiano, a segunda receita traz uma saborosa torta ao forno. Basta escolher.
Cuscuz à paulista
Por Chef Gil Gondim, para Andorinha Seleção
ingredientes
- 150 ml de azeite
- 1 cebola picada
- 1 pimentão vermelho, sem pele nem sementes, picado
- 2 latas de sardinha em óleo
- 500 ml de molho de tomate
- 2 litros de água
- sal e pimenta branca
- 200g de ervilhas congeladas
- 1 lata de milho verde em conserva
- salsinha picada
- 500g de farinha de milho amarela
- 2 colheres (sopa) de farinha de mandioca fina
- 1 vidro pequeno de palmito cortado em rodelas
- 4 ovos cozidos
- 2 tomates cortados em rodelas.
modo de preparo
- Aquecer azeite em uma panela grande, colocar cebola, pimentão, a sardinha picada de uma e o óleo das duas latas.
- Quando ferver, acrescentar molho de tomate, água, sal, pimenta e ferver por cinco minutos.
- Adicionar metade das ervilhas e do milho, misturar bem e, de uma vez só, farinhas e salsinha, mexendo sem parar até soltar do fundo da panela.
- Passar para uma bancada e sovar bem.
- Untar uma forma redonda com azeite, decorar cuidadosamente o fundo e as laterais com rodelas de palmito, ervilha, milho, sardinha, tomate e ovos em rodelas.
- Despejar cuscuz ainda quente na forma, apertar bem, tampar e deixar esfriar.
- Desenformar e servir.
FOTO:CHEF PATRÍCIA DA PAZ/ DIVULGAÇÃO/ JC
Torta Madalena
Enviada pela Personal Chef Patrícia da Paz
ingredientes
- 1kg de batata
- 1 cebola grande
- 1 dente de alho
- 1 colher (sopa) de manteiga
- 1kg de carne moída
- 500ml de molho de tomate
- salsa e cebolinha picadinhas
- sal e pimenta
- páprica picante
- azeite
- manteiga para untar
- 100g de queijo fatiado
- 200g de presunto fatiado
- 50g queijo ralado
modo de preparo
- Cozinhar batatas em água até ficar macias, escorrer e, ainda quentes, amassar até o ponto de purê.
- Acrescentar sal e manteiga, deixando aveludado - se ficar muito firme, mais um pouquinho de manteiga e leite. Reservar.
- Em uma panela, aquecer azeite e refogar carne moída, cebola e alho.
- Aquecer o molho, temperar com salsa e cebolinha. Deixar reduzir por alguns minutos e desligar o fogo.
- Depois que esfriar um pouco, passar metade do purê a um refratário untado com manteiga.
- Completar com a carne, camadas de queijo, de presunto e do restante do purê. Deixar bem liso, polvilhar queijo ralado e levar ao forno pré-aquecido para gratinar.
- Servir ainda quente, com salada de folhas.
Lembranças e delícias
PRATO DO DIA - Lembranças e delícias - CHARQUE CASA DO PÃO DE QUEIJO
/CPM/ESPECIAL/JC
Os mais antigos certamente se lembram da Pizzaria Milano e de seu simpático proprietário Pedro de Lemos. Ótimas pizzas, de massa fininha e coberturas fartas. Mas quando aportava lá (nos altos da Protásio Alves), a preferência do colunista era bem outra: charque desfiado à mineira, receita de família que integrava o menu.
Décadas depois, ele já residindo em outro estado, reencontro seu Pedro aqui em Porto Alegre, em um local que indicou para um almoço-surpresa.
Foi na Casa do Pão de Queijo, onde revi a ele e também o famoso charque aí da foto ao lado. Deliciei-me duplamente com o reencontro, que infelizmente só tenho podido repetir com o charque, eis que seu criador nos deixou.
Pessoalmente, não conheço melhor aproveitamento de um bom charque. E a iguaria segue firme no menu, somente no almoço de todas as sextas-feiras, por R$ 15,90, escoltado por feijão preto e arroz.
Não perca: Av. Cristóvão Colombo, 2.091, tel. (51) 3222-4000.