Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

- Publicada em 03 de Setembro de 2020 às 21:39

As noivas de Copacabana


/Gerson Kauer/ev sobre foto Tv Globo Rio/Divulgação/jc
Páginas de ficção - Ambientada em 1989, no Rio de Janeiro, a ficção teve como protagonista um assassino em série, Donato Menezes, obcecado por mulheres vestidas de noiva. Morador de Copacabana, no Rio, ele leva uma vida acima de qualquer suspeita. É conceituado restaurador de obras de arte e noivo da linda psicóloga Cinara. Os dois não se relacionam sexualmente, devido à impotência dele.
Páginas de ficção - Ambientada em 1989, no Rio de Janeiro, a ficção teve como protagonista um assassino em série, Donato Menezes, obcecado por mulheres vestidas de noiva. Morador de Copacabana, no Rio, ele leva uma vida acima de qualquer suspeita. É conceituado restaurador de obras de arte e noivo da linda psicóloga Cinara. Os dois não se relacionam sexualmente, devido à impotência dele.
Donato mata seguindo um meticuloso ritual: seduz as mulheres e as estrangula em pleno ato sexual. Elas estão vestidas - total ou parcialmente - de noivas. Só assim ele alcança o orgasmo. O envolvimento dele com as visadas começa a partir de anúncios de vestidos de noivas colocados, por elas, em jornais. Ele entra em contato com as anunciantes, cria um ambiente romântico, e as envolve em um criminoso jogo de sedução.
A sucessão de quatro assassinatos começa com Donato e Maryrose passeando em uma praia deserta, à noite. O clima romântico prossegue até o momento em que, a pedido dele, ela coloca o vestido de noiva - e, em meio ao ato de amor, é estrangulada. As vítimas, na sequência de semelhantes momentos são Marilene, professora; Kátia, socialite carioca; e Fátima, filha de um pregador evangélico.
O detetive França, incumbido de desvendar os crimes, segue pistas que possam levar a um serial killer. O investigador - com o casamento em crise - passa a se relacionar com a hippie Leiloca, vendedora de artesanato - e ela concorda em ser usada como isca para atrair o assassino. Assim, anuncia em jornal a venda de um vestido de noiva e espera Donato aparecer. A armadilha tem sucesso, o criminoso é preso e levado a julgamento. Mas, por falta de provas, é absolvido.
E, enfim, Donato tem uma noite de amor com Cinara e a pede em casamento. Há novos rolos, surgem outras provas e Donato volta a ser preso, sendo recolhido em manicômio judiciário. No dia em que - quase um ano depois da internação dele - Cinara tenta visitar Donato. Então é informada que ele fugira na véspera. As cenas finais da ficção mostram o psicopata vasculhando anúncios de jornais e, em seguida, voltando a apresentar-se como interessado em comprar vestidos de noiva... É o recomeço.
Páginas reais - Efetivamente iniciada em 2019 e finalizada em 2020, a realidade é que Patrícia Pillar - que viveu a personagem Cinara na minissérie As Noivas de Copacabana - ganhou uma ação indenizatória na Justiça do Rio de Janeiro contra o cantor Raul Veiga, artista também carioca atuante em espetáculos musicais.
É que, no ano passado, Veiga publicou no Twitter uma foto da atriz Patrícia Pillar com os seios de fora, retirada dos arquivos da aludida minissérie. A fotografia visava chamar a atenção à dura crítica que Veiga postou contra Patrícia, que questionava a atuação do ministro Sergio Moro, então no auge da popularidade.
Na semana passada, o juiz Leonardo Barroso, da 37ª Vara Cível do Rio de Janeiro, reconheceu que houve dano moral - mesmo que as cenas de nudez de 30 anos atrás ainda estejam disponíveis na internet. Assim, Veiga foi condenado a pagar uma indenização de R$ 10 mil, que Patrícia Pillar doará à ONG Mães da Favela.
Entrementes, depois de sua saída da Globo, Miguel Falabella, 63 anos - que interpretou o assassino Donato - passou a integrar a bancada de jurados do programa Talentos, que estreou no dia 8 de agosto, na TV Cultura. E Patrícia está com 56 anos de idade. É vida que segue.

Ouviram do Ipiranga...

Quem cantará o Hino Nacional na posse de Luiz Fux na presidência do STF, dia 10, é o cearense Raimundo Fagner Cândido Lopes, mais conhecido como Fagner. A cerimônia será virtual e terá transmissão pelo canal oficial do Supremo no YouTube, e na TV Justiça. O salão do plenário, para 250 pessoas, será adaptado para que 47 convidados - de máscaras e mantendo distância - participem presencialmente. Fora do mundo jurídico, dois convidados como amigos pessoais: Osvaldo Alves, grande nome do jiu-jitsu brasileiro e o compositor Michael Sullivan, com quem Fux - quando mais jovem - chegou a compor músicas.
A posse do primeiro representante da comunidade judaica a assumir a função será encerrada ao som, em hebraico, de "Shalom alechem". Traduzindo: "A paz sobre vós". O Brasil e os brasileiros estão precisando disso.

A política do promotor

A 1ª Turma do STF negou mandado de segurança ao promotor de justiça gaúcho Eugênio Paes Amorim. Ele buscava derrubar a suspensão por 53 dias aplicada pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Na origem do embrulho jurídico duas postagens feitas pelo promotor, na sua mídia pessoal no Facebook, em março de 2018. Na primeira: "Ou o Brasil acaba com a esquerda ou a esquerda acaba com o Brasil!". Na segunda: "Eu sou anticomunista" - acompanhada do símbolo comunista da foice e do martelo dentro de uma sinalização de proibição, contendo os dizeres: "Eu tenho orgulho por ser antissocialista. #chegademimimiminorias, somos Brasil, somos essa pátria amada".
A negativa de concessão do mandado de segurança teve dois fundamentos: 1) "O STF não é instância recursal das decisões administrativas tomadas pelo CNMP no regular exercício das atribuições constitucionalmente estabelecidas"; 2) "No caso presente, as declarações de caráter ofensivo a partidos políticos e as minorias não podem ser amoldadas ao suporte fático das liberdades comunicativas". (MS nº 37.178).
Leia a íntegra do acórdão do STF em www.espacovital.com.br

Potins biográficos

A imprensa andou divulgando, esta semana, dados incorretos sobre a biografia de Fux - inclusive que ele nascera em Israel, há 67 anos. O correto é que o novo presidente do Supremo é carioca de nascimento (Rio de Janeiro, * 26.4.1953).
Os antepassados dele são imigrantes que vieram da Romênia.

Pressentimento fajuto

(Da série "Ainda não vimos tudo")
O Tribunal Superior Eleitoral colocou no ar uma campanha contra as fake news, com prioritária participação do youtuber, divulgador científico e biólogo Átila Iamarino. Ele é aquele cidadão que ficou conhecido nas redes sociais, a partir de abril, pela "análise" e "projeção" (?) de dados sobre a pandemia. Foi dele também a divulgação sobre "a previsão de 1 milhão de mortos no Brasil, pela Covid-19 até 31 de agosto", com base em um estudo feito pelo Imperial College, de Londres. Ao se explicar no final de julho, Atila palavreou que "a projeção tinha sido para um cenário de Covid sem freios".
Qual terá sido o critério adotado pelo presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, para a escolha pessoal de tão agourento divulgador?

Chefe arbitrário

A empresa Sirtec Sistemas Elétricos Ltda., de Farroupilha (RS), foi condenada pela 6ª Turma do TRT-RS a reparar um trabalhador que sofria deboches do chefe, por ter depressão. A indenização pelo dano moral será de R$ 5 mil.
O reclamante é eletricista e trabalhava há um ano para a reclamada, que tinha conhecimento do diagnóstico de depressão do empregado. Em determinada ocasião, o supervisor hierárquico perguntou ao trabalhador, na frente dos colegas: "Já que estás com depressão, queres uma corda para te enforcar?" (Processo nº 0020848-04.2018.5.04.0531).