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- Publicada em 31 de Janeiro de 2019 às 01:00

A número 2

Ana Maria Pellini

Ana Maria Pellini


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Nova secretária executiva do Ministério do Meio Ambiente - cargo equivalente ao nº 2 na hierarquia da pasta - a gaúcha Ana Maria Pellini deixou, na sua passagem pelo governo de José Ivo Sartori, sinais de simpatia pelos interesses da multinacional brasileira Votorantim S.A. e da canadense Iamgold. Estas duas empresas estão tocando projetos para a instalação, no RS, de uma mineradora de metais pesados às margens do rio Camaquã e na parte mais preservada do Pampa.
Nova secretária executiva do Ministério do Meio Ambiente - cargo equivalente ao nº 2 na hierarquia da pasta - a gaúcha Ana Maria Pellini deixou, na sua passagem pelo governo de José Ivo Sartori, sinais de simpatia pelos interesses da multinacional brasileira Votorantim S.A. e da canadense Iamgold. Estas duas empresas estão tocando projetos para a instalação, no RS, de uma mineradora de metais pesados às margens do rio Camaquã e na parte mais preservada do Pampa.
Com excelente currículo e integrante do quadro de carreira do Estado, Ana Pellini - que é auditora da Secretaria da Fazenda - sabe chegar bem. É graduada em Ciências Contábeis pela Ufrgs, onde atuou como professora desde 1977. É também mestre em administração pública. Numa guinada, em 2002 e 2003 foi diretora-geral do Tribunal de Justiça. Depois foi diretora-geral da Secretaria de Segurança Pública, chegando a secretária substituta da pasta. Tem passagens como diretora-presidente da Fundação Estadual de Proteção Ambiental do RS e secretária de licenciamento e regulamentação fundiária da Prefeitura de Porto Alegre. Ultimamente era a secretária do Meio Ambiente do governo José Sartori.
No Palácio Piratini, Otomar Vivian, o chefe da Casa Civil também é simpático à ideia da Votorantim e da Iamgold. Em sentido inverso a OAB-RS já anunciou sua adesão ao movimento de defesa das comunidades que seriam atingidas.

Vizinhança indesejável

Juiz Marcelo Bretas preferiu ficar longe de réus da Lava Jato

Juiz Marcelo Bretas preferiu ficar longe de réus da Lava Jato


Fernando Frazão/FERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL/JC
O juiz federal Marcelo Bretas colocou à venda sua casa em Itaipava, distrito de Petrópolis (RJ). É que...o condomínio é o mesmo onde moram Paulo Roberto Costa (o "Paulinho" - amigo de Lula) e outros réus do time da Lava Jato.
Conhecida como refúgio de inverno de diversas celebridades do Rio de Janeiro, Itaipava abriga diversos condomínios de alto padrão, clubes e restaurantes com a mais refinada gastronomia. Bretas está preferindo distância dos mundanos.

É a lama, é a lama!

Lembrando de Mariana e Brumadinho, nada das tragédias brasileiras de cada dia se comparam ao rompimento criminoso - e sem viés ideológico - de barragens no Brasil. O mar de lama sem sentido figurado é o mais cruel de todos. E todos os governos pós-ditadura têm culpa nisso que virou a Vale.
Duas perguntas: 1) Infelizmente valerá o mesmo também para o RS? 2) O governador Eduardo Leite conhece o projeto?

Abatimentos jurídicos

Ministro Gilmar Mendes suavizou fiança de doleiro

Ministro Gilmar Mendes suavizou fiança de doleiro


/NELSON JR./SCO/STF/JC
Falar em Marcelo Bretas lembra um acontecimento brasiliense quase nos estertores de dezembro. É que o juiz federal carioca tinha fixado em R$ 390 milhões a fiança do doleiro paulista Ernesto Matalon, implicado desde a deflagração, em maio passado, da operação "Câmbio, Desligo". Esta brecou um dos vértices financeiros que ainda abastecia o ex-governador Sérgio Cabral (MDB-RJ).

A defesa conseguiu a liberdade do acusado Matalon graças a um abatimento - para
R$ 10 milhões - concedido por Gilmar Mendes. Como, ainda assim, o doleiro não dispusesse de todo o dinheiro, houve um segundo abatimento deferido pelo ministro do Supremo, dois dias antes do recesso: R$ 2 milhões em espécie e hipoteca judicial sobre um imóvel em São Paulo. (Habeas corpus nº 162.780).

Gardelón brasileiro

"Incrível o Fábio Schvartsman, presidente da Vale, discorrendo em entrevista coletiva sobre as medidas drásticas, céleres e humanitárias que a empresa está tomando após as tragédias em série de Mariana e Brumadinho. Faz ótimo papel de homem do bem."
(Da "rádio-corredor do Conselho Federal da OAB, ontem em Brasília).

Guardião autoral

Soma R$ 6 milhões a pretendida indenização que é buscada contra o novelista Aguinaldo Silva e a Rede Globo. A ação é movida por seis ex-alunos do curso de roteiristas, que tiveram o escritor como professor.
Os demandantes contestam a autoria da novela "O Sétimo Guardião", em cartaz há três meses no horário nobre da Globo. A ação está na 4ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. (Proc. nº 0274288-97.2018.8.19.0001).

Cheiro de dinheiro

Quando começou a pensar no fim do patrocínio da Caixa Federal a 25 clubes de futebol, o governo federal tinha o embrião de uma tese humanitária: "Se a CEF tem dinheiro sobrando para bancar o futebol milionário, melhor será que o faça reformando escolas e hospitais".
Mas, afinal, o que levou Bolsonaro e Paulo Guedes a fecharem a torneira patrocinadora foram dois fatos. Primeiro: muitos "consultores lobistas" ficavam com parte da grana. Segundo: a maioria dos clubes não estava quite com o fisco.

Ultraje nas redes

Ainda sem data definida, a 4ª Turma do STJ julgará, numa das próximas sessões, um processo inusitado fadado a grande repercussão jurisprudencial.
Em discussão se cabe a condenação cível do Facebook e do WhatsApp no caso de uma menor cujas imagens íntimas foram veiculadas pelo ex-namorado. A tese é de indenização financeira a ser paga pelas duas poderosas empresas, sem prejuízo da responsabilidade criminal do ofensor.

Cuidando do corpo

Mesmo com todo o frio de 8 graus negativos, Dilma Rousseff deu uma escapada estadunidense, na semana passada. Foi vista no badalado Federico Salon & Spa, em Manhattan, na 58 West, "em Nova Iorque, a capital do mundo" - como hipoteticamente diria a ex-presidente.
O local é frequentado por gente famosa que tem grana para pagar as contas: Michael Douglas, Catherine Zeta-Jones, a atriz e ativista Rosario Dawson. E por aí.

A propósito

Segundo o baú da Lava Jato, nos tempos de Palácio do Planalto, o cabeleireiro de Dilma era pago por João Santana, com propina da Odebrecht.
Mas é história da carochinha.

Picapau livre

Caíram em domínio público as 68 renomadas obras de Monteiro Lobato, criador do Sítio do Picapau Amarelo. Até 31 de dezembro, a editora Globo Livros detinha os direitos de publicação, vendendo em média 500 mil exemplares por ano.
De acordo com a Lei nº 9.610/98, as criações de um autor adquirem tal condição após 70 anos, contados a partir do 1 de janeiro subsequente ao seu falecimento. José Bento Renato Monteiro Lobato faleceu, aos 66 de idade, em 4 de julho de 1948.
Detalhe: independentemente de uma obra estar ou não em domínio público, o autor deve ser sempre citado.
 

Caipirinha

"Com os termômetros marcando 40 graus na cidade, o porto-alegrense experimenta a sensação térmica de 51: tontura, dor de cabeça e confusão mental"...
(De um assessor do TJ-RS, ontem às duas da tarde, após voltar do almoço para o trabalho).