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- Publicada em 23 de Outubro de 2018 às 01:00

A futura predominância das advogadas

Ontem, os registros da OAB nacional mostraram que já são cinco as seccionais estaduais com predominância do gênero feminino sobre o masculino:
Ontem, os registros da OAB nacional mostraram que já são cinco as seccionais estaduais com predominância do gênero feminino sobre o masculino:
Rio de Janeiro - 72.447 / 72.352;
Bahia - 22.255 / 22.241;
Pará - 9.489 / 9.303;
Espírito Santo - 10.189 / 10.151;
Rondônia-- 3.870 / 3.664.
Os números totais brasileiros revelam, por enquanto, a superioridade numérica advocatícia masculina (569.945 homens x 542.733 mulheres), mas as estagiárias em todo o País já superam os estagiários (16.569 / 13.970). Esse "fenômeno" se verifica também no Rio Grande do Sul, onde as estudantes de Direito habilitadas já são maioria (1.087 / 891).
Na OAB-RS, as projeções indicam para meados de 2019 o alcance da superioridade numérica das advogadas; elas hoje são 550 a menos do que os advogados: 40.689 / 41.239. Mas na faixa etária dos 26 a 40 anos, onde está o maior contingente (35.157) da atividade advocatícia gaúcha, elas são 20.268. E eles (hoje 14.889) estão perdendo percentuais do terreno profissional.
Experts em estatística avaliam que o mesmo crescimento fará com que, dentro de nove meses, Mato Grosso e Goiás também tenham mais advogadas do que advogadas. Seriam, então, oito estados com predominância das "doutoras".
 

A propósito

A população brasileira é de 208.494.900 habitantes, espalhados pelos 5.570 municípios do País, de acordo com os últimos dados oficiais divulgados, em 29 de agosto, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Houve crescimento populacional de 0,82% de 2017 para 2018. No ano passado, o Brasil tinha 207.660.929 habitantes.
Atualmente, estimativamente, são 100.911.531 do gênero masculino (48,4% do total) e 107.583.369 do feminino (51,6%). O próximo recenseamento ocorrerá em 2020. Se houver verba...

Menos acesso

Preso em Curitiba - desde abril na Superintendência da Polícia Federal - Lula (PT), na dependência do resultado das urnas no próximo domingo, poderá ficar mais isolado. É que os procuradores da força-tarefa da Lava Jato querem que a cela na Polícia Federal seja, a partir de então, um efetivo local de cumprimento da pena de 12 anos e 1 mês, com metódicas visitas e zero reuniões políticas. Estas foram intensas até 30 de setembro e chegaram a 132. Teve ocasiões com 10 pessoas na unidade. Coisa tipo minicomício.

Palavras ao vento

Além de ter dado em nada, a tentativa de Fernando Haddad (PT) de cooptar Joaquim Barbosa (PSB) para declarar apoio público à candidatura do petista irritou o ex-presidente do STF.
Barbosa disse a interlocutores da "rádio-corredor" da OAB brasiliense que na conversa que tiveram, "Haddad não apresentou novidade alguma em seu programa de governo, além das já anunciadas antes do primeiro turno".

Bem na foto

Ana Amélia poderá ser ministra em eventual governo Bolsonaro

Ana Amélia poderá ser ministra em eventual governo Bolsonaro


/EDILSON RODRIGUES/AGÊNCIA SENADO/JC
A senadora gaúcha Ana Amélia (PP) não tem mais motivos para arrepender-se de ter sido a vice na chapa de Geraldo Alckmin (PSDB), desistindo de uma reeleição tranquila. Incisiva nos seus últimos pronunciamentos no Senado, em eloquentes crítica dos desvelos petistas, a gaúcha está com um pé no eventual governo Jair Bolsonaro (PSL). Apareceria bem na foto, como uma das duas possíveis ministras mulheres. Ana Amélia é o nome preferido para o Ministério das Relações Exteriores - garante a "rádio-corredor" do Conselho Federal da OAB. Numa segunda hipótese, ela seria a ministra da Agricultura.

Língua solta

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) talvez julgue amanhã uma carta jurídica importante para o destino de Antonio Palocci. A 8ª Turma pautou decidir quais os benefícios que o ex-ministro de Lula e Dilma terá direito como decorrência de sua pesada delação premiada.
Palocci sonha, claro, com o melhor - e que talvez seja impossível: a liberdade imediata.

Propina educacional

Na delação de Luiz Carlos Velloso, ex-subsecretário de Transportes do Rio de Janeiro e de seu irmão Juscelino, sobre a suposta propina (R$ 2,14 milhões) que teria sido paga ao gaúcho Augusto Nardes, chamam a atenção dois documentos - digamos - "educacionais".
São dois boletos de anuidades escolares (um de R$ 5,1 mil; o outro de R$ 5,7 mil) pagos à Escola Americana de Brasília, em suposto benefício dos filhos do ministro do Tribunal de Contas da União. Na espera dos próximos capítulos, o TCU já decidiu que o afastamento de Nardes não está nas conjeturas imediatas. Só acontecerá se houver a abertura de uma ação penal. Coisa para, talvez, 2019. A ex-presidente Dilma Rousseff está estocando esperanças.

Romance forense: O salvamento da justiça


REPRODUÇÃO/JC
Na comarca com duas varas judiciais, os dois juízes locais são - independentemente do corporativismo - bem amigos. Nos domingos ensolarados o programa habitual é ambos irem - com suas respectivas esposas - à prainha do rio que margeia a cidade.
As preliminares são caipirinha, tapioca, cerveja gelada, camarão ao alho e óleo, água de coco, e naturalmente o sol. Na conjunção, o tempo passa e um dos doutos fica ébrio.
O colega sóbrio percebe e adverte o amigo para que se cuide, no momento em que ele avança para refrescar-se.
Alheio, o juiz embriagado joga-se na água. E com braçadas desconcertadas, vai nadando até alcançar o meio do rio. Então percebe que não consegue fixar-se com os próprios pés. Tenta retornar à margem.
Dá meia dúzia de braçadas, começa a afundar, gesticula e ainda tem forças para gritar:
- Socorro! A justiça está se afogando! Salvem a justiça!
Circunstantes acodem exitosamente - entre eles um bombeiro, exímio nadador, que passeava com a família.
Posto o juiz ébrio de volta à terra firme, recebe o conforto da esposa. Ele parece se recompor e então proclama, com o polegar esquerdo empinado:
- A justiça foi salva! Homologo o acordo para que surta seus jurídicos e legais efeitos.
No dia seguinte, um prestativo médico local fornece bonito e superabundante atestado: "O desconforto momentâneo do paciente, em dia de descanso, decorreu de reação ínsita à ingestão de um aperitivo, após prévio uso, na noite anterior, de ansiolítico necessário ao enfrentamento de estresse laboral".
Sua Excelência passa bem!