Transformação digital no setor de elevadores

A Thyssenkrupp Elevadores, localizada no município de Guaíba, no Rio Grande do Sul, vai começar a equipar os elevadores destinados ao mercado brasileiro com um dispositivo tecnológico, que permite a transformação digital na manutenção, passando a ser preditiva, a partir do uso da Inteligência Artificial (IA) e da IoT (Internet das Coisas). Para os elevadores em operação, a tecnologia é amigável com os equipamentos de últimas gerações e o cliente pode dispor desta tecnologia também para os elevadores já instalados.

Paulo Manfroi, vice-presidente de Serviços da área de negócios da Thyssenkrupp Elevadores para a América Latina, contextualiza a ideia e explica que a digitalização é fundamental nos dias atuais, pois as pessoas exigem respostas rápidas das empresas. "É essa mudança que estamos trazendo para o nosso segmento, que movimenta milhares de pessoas todos os dias", afirma Manfroi. Ele explica que se trata de uma solução de manutenção preditiva batizada com o nome de MAX, que alia inteligência artificial e Internet das Coisas.

"Ao desenvolver esta solução, a Thyssenkrupp, em parceria com a Microsoft, se deteve no que mais importa para as pessoas que se deslocam por edifícios: segurança, confiabilidade e conforto. Ou seja, o elevador funcionando."

A partir de soluções de IoT e machine learning/IA na plataforma de nuvem Microsoft Azure, o MAX é capaz de identificar em tempo real quais componentes do elevador têm maior desgaste, antes mesmo que apresentem falhas. Deste modo, é possível substituir um componente e efetivamente reduzir o tempo de inatividade do elevador. Esse é um dos serviços do MAX: detectar uma problema e corrigir de forma preditiva sem que o cliente perceba.

A interface entre o MAX e o técnico de manutenção da Thyssenkrupp é feito por meio do app tkEmobile, via smartphone. "O MAX manda uma mensagem para o técnico, dizendo que identificou uma falha e aponta cinco possíveis soluções para o problema, assim o técnico vai agir de modo mais preciso na solução e não no diagnóstico da falha", explica Manfroi.

Além disso, o aprendizado de máquina (machine learning) permite que o MAX saiba por que uma falha ocorreu e qual foi a causa. A partir dessa análise, ele pode fazer previsão fundamentada sobre o que acontecerá com o mesmo componente no futuro. Isso tudo, por meio de uma plataforma de serviços integrados que dá ao cliente serviços de análise, computação, banco de dados, dispositivos móveis, redes, armazenamento e web.

Desde o lançamento da parceria em 2015, a empresa contabiliza mais de 125 mil elevadores conectados ao MAX nos Estados Unidos, Alemanha, Espanha, Coreia do Sul e Brasil.