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relações internacionais

- Publicada em 02 de Outubro de 2019 às 03:00

Cerimônia de aniversário da China lota ruas de Pequim

Militares e civis celebraram os 70 anos da República Popular da China

Militares e civis celebraram os 70 anos da República Popular da China


GREG BAKER/AFP/JC
Agências
Thiago Copetti, de Pequim, com agências
Thiago Copetti, de Pequim, com agências
A celebração dos 70 anos de fundação da República Popular da China, realizada ontem foi, ao mesmo tempo, uma demonstração de poder militar e do apoio popular que tem o governo de Xi Jinping dentro de seu próprio país. O desfile, realizado ontem, em Pequim, uniu essas duas realidades. As homenagens foram gigantescas, assim como é a economia chinesa.
Durante cerca de três horas, desfilaram, em frente à Tiananmen Square e à chamada Cidade Proibida, 15 mil militares - com eles, armamentos, como novos mísseis nucleares dotados de alta tecnologia. O evento contou, ainda, com 100 mil civis desfilando. A celebração seguiu pelos ares, com mais de 100 aviões e helicópteros circundando o Centro de Pequim, e terminou com 70 mil balões e 70 mil pombas soltos ao vento.
Antes, o discurso de Xi Jinping foi acompanhando de um respeito silencioso. O presidente chinês falou sobre a atual posição global do país. "Hoje, a China socialista está firme no Oriente do mundo. Nenhuma força pode abalar o status da nossa grande pátria", proclamou o líder chinês.
Acompanhada por milhares de pessoas, presencialmente ou pela televisão, a cerimônia consolidou Xi como um poderoso líder. Visivelmente, o presidente tem o apoio dos chineses e é apontado por diferentes cientistas políticos como um símbolo do moderno sistema econômico chinês.
Simbolicamente, na abertura do desfile, Xi abandonou o tradicional uso de ternos ao estilo ocidental e envergou uma túnica ao estilo dos líderes chineses da era do pai da nação, Mao Tsé-Tung. Tudo completo com uma enorme foto sua levada em parada durante o desfile.
Ele também é retratado como o mais importante presidente chinês desde Mao Tsé-Tung. Razões para isso não faltam: a China é, hoje, o país que mais contribui com o desenvolvimento econômico mundial, sendo a segunda maior economia do mundo - segundo diversas projeções, o país asiático será o principal motor financeiro mundial até 2050.
Mas o destaque, mesmo, foram as armas. A China colocou no desfile um terço de sua força de mísseis balísticos intercontinentais, segundo observadores militares, e um novo modelo destinado a assustar os rivais em Washington fez sua estreia pública: o DF-41.
É um tipo de míssil que só a Rússia, entre os adversários dos EUA, tinha até então. É lançado de bases móveis, dificultando sua detecção e anulação em caso de ataque retaliatório, e pode ter um alcance estimado em até 15 mil quilômetros. Com isso, pode atingir qualquer alvo nos EUA, e não apenas a Costa Oeste do país, como ocorre hoje.
Mesmo assim, a China ainda está distante dos Estados Unidos em termos de armas nucleares: Pequim tem estimadas 300 ogivas, ante 1.750 ativas e 3,8 mil estocadas pelos norte-americanos. Russos têm 1,6 mil ativas e 4.330 em estoque, segundo a Federação dos Cientistas Americanos.
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