Tardes fagueiras no Largo

Por mais que a redução do teto salarial do funcionalismo público de Porto Alegre agrade o assalariado comum, a verdade é que nenhuma administração pública consegue contratar quadros pagando pouco aos mais capazes. Ninguém trabalha por caridade e altruísmo.

Isso posto, definam "alto". Sem esquecer que os Legislativos aprovam o valor. A grande maioria é do Partidos dos Abnegados, seguido do PQE, Partido Quero Estabilidade. Nos últimos tempos tem crescido o PQMA - Partido Quero Me Arrumar. O PQMA do B é o PBM - Ponto é Bom.

Interessante a pesquisa da Quaest sobre como os brasileiros veem os partidos. Cerca de 52% dos eleitores rejeitam todos. O PT é apoiado por 19% e rejeitado por outros 19%. Os demais, para usar uma expressão popular, não cheiram nem fedem.

A entrada de Sérgio Moro no campeonato eleitoral brasileiro suscitou um grande número de apostas e especulações e a mudança do cenário de 2022. A esquerda o desdenha, mas visivelmente se preocupa com ele; bolsonaristas dizem que ele favorece Lula; e a terceira via acha que Moro tira votos da terceira via, seja lá quem for o candidato.

Há quem sonhe com uma chapa Sergio Moro-Eduardo Leite se este vencer a convenção do PSDB. Há quem ache que não muda coisa nenhuma e há quem está convicto que, se Moro ameaçar o capitão, ele cai fora e disputa vaga na Câmara dos Deputados para ter imunidade parlamentar. Isso que nem mesmo a escalação do time é conhecida.

Uma coisa é certa: as citações Sérgio Moro nas redes sociais dispararam, maior parte de forma positiva. Ainda é cedo para saber se simpatia será sinônimo de voto.

A quantidade de golpes que envolvem engenharia social aumentou 165% no primeiro semestre de 2021 em relação ao semestre imediatamente anterior, de acordo com a Febraban. Essas fraudes consistem na manipulação psicológica do usuário para que ele lhe forneça informações confidenciais, como senhas e números de cartões. Nada a fazer. Os incautos são eternos.

O capitão tem o hábito dos ziguezagues. Depois de conversas com o líder do PL, Jair Bolsonaro disse no domingo que a filiação prevista para o dia 22 deve até atrasar, que tem que conversar muito com Valdemar Costa Neto, o dono do campinho. Só que desta vez o furo é mais embaixo. Quando soube que Bolsonaro ficou de pensar, Valdemar disparou um palavão extensivo à família.

Em jantar com empresários em São Paulo, o governador e candidato à Presidência João Doria disse que fará 75% dos votos na convenção tucana. Segundo o Radar Econômico da revista Veja, Eduardo Leite tem 62% das intenções de voto dos convencionais do partido.

A discussão sobre o Bolsa Brasil parece levar em conta apenas se furar o teto ajuda Bolsonaro a ganhar votos. Perguntem a uma pessoa pobre se ela fica indignada pelo fato dos R$ 400,00 furarem o teto. Julgar o poder aquisitivo dos outros pelo seu é laborar em equívoco.

As televisões europeias destacam a Índia como vilã das missões de poluentes, que não só não desistir do carvão como deixou claro que não vai reduzir seu uso. Em muitas regiões, a Índia é fumaça permanente.

Apesar dos frenéticos desmentidos de porta-vozes do PT, a versão do ex-governador Geraldo Alckmin já causa estragos. O Movimento Brasil livre (MBL) desistiu de apoiar Alckmin para o Senado. A versão é mais poderosa que o fato.