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Começo de Conversa

- Publicada em 25 de Março de 2021 às 21:08

Aniversário na cama


FÁBIO PILGER/DIVULGAÇÃO/JC
Porto Alegre completa hoje 249 anos. Acamada, respira por aparelhos, não tanto pela idade e mais pela peste que está em todas as ruas, becos e vielas, do bairro mais rico ao mais humilde barraco escondido em vilas que a sorte esqueceu. Nos últimos dias, teve leve recuperação, mas ainda sem forças para assoprar as velinhas do bolo de aniversário. A imagem mostra a Capital por um ângulo belo. Aliás, um dos embelezadores desta cidade foi o arquiteto Fernando Corona, tema da Reportagem Cultural desta edição. Vale a leitura!
Porto Alegre completa hoje 249 anos. Acamada, respira por aparelhos, não tanto pela idade e mais pela peste que está em todas as ruas, becos e vielas, do bairro mais rico ao mais humilde barraco escondido em vilas que a sorte esqueceu. Nos últimos dias, teve leve recuperação, mas ainda sem forças para assoprar as velinhas do bolo de aniversário. A imagem mostra a Capital por um ângulo belo. Aliás, um dos embelezadores desta cidade foi o arquiteto Fernando Corona, tema da Reportagem Cultural desta edição. Vale a leitura!

O apê do titio

Um dos colégios de maior prestígio do estado foi o São Jacó, em Hamburgo Velho, Novo Hamburgo, hoje Feevale, por ter professores de ponta e internato para jovens do Interior e de outros estados. Era caro. Os Irmãos Maristas eram severos e dois jovens tanto pintaram e bordaram que a inevitável colisão se deu em forma de suspensão por três dias. A gota d'água foi pular o muro de madrugada para namorar as internas do colégio feminino Santa Inês. Um era carioca, o outro, do interior gaúcho. E agora, o que dizer em casa?
O gaúcho não tinha coragem de encarar a fúria paterna, e o carioca tinha um tio médico em Porto Alegre, que morava na rua General Câmara.
Então, resolveram poupar o dinheiro da mesada viajando nos ônibus sempre superlotados da empresa Central, driblando o cobrador que percorria Deus sabe como o corredor para cobrar a passagem. A roleta ainda não existia. Quando chegaram no apartamento, se depararam com uma cena que não imaginavam nem nas mais loucas fantasias, como se verá no final dessa história.
O macete para dar curva no cobrador era descer na parada antes que ele chegasse. Isso feito, repetiam a operação até chegar em Porto Alegre. Levou horas, mas deu certo. O esquema também era feito nos ônibus e bondes da Capital: Nos "eléctricos" era mais fácil, porque originalmente as quatro entradas não tinham portas a guarnecê-las. Por isso, e também pela superlotação, muitos passageiros viajavam pendurados nas entradas. Eram chamados de pingentes, e vez que outra um veículo em sentido contrário os arremessava para o além. Poucos driblavam o cobrador, eis que a passagem era baratíssima.
Pois os nossos dois heróis chegaram ao apartamento do titio desta forma, e a custo zero. Sem saber como seriam recebidos e se poderiam ficar lá por três noites, o botão da campainha tremia como o dedo que o apertava. Eis que a porta se abre e assomam duas belíssimas jovens. Olhando meio de revesguelha, avistam-se mais três. Os sorrisos eram cordiais e era tudo que os dois na faixa de 16 para 17 anos queriam ver.
O edifício era conhecido como treme-treme, e o apartamento do titio estava lotado de senhoritas de vida airosa. Um harém, em suma. Cansado de dar milho para todas as pombas, o titio já meio velhusco fez um olhar de "sirvam-se". Era tudo que eles e elas queriam ouvir.
Nunca alguém quis tanto uma suspensão de semana inteira.

Ilha paulista

A prefeitura de São Paulo decretou a antecipação de feriados até o dia 4 de abril. A decisão está causando uma série de transtornos e já dá lugar à desobediência civil. Os bancos e outras instituições financeiras se rebelaram e vão manter o calendário federal de feriados bancários.

Assim não dá

É impressionante como alguns pedestres são descuidados e dão chance ao azar. Dois idosos em cadeiras de rodas atravessaram a movimentada avenida Independência com o sinal fechado. Na mesma avenida, esquina Ramiro Barcelos, um casal com filho pequeno em carrinho de bebê fez o mesmo.

De volta ao passado I

Agora que o Carrefour comprou o Big Brasil, vale lembrar o início de um e de outro na Capital. O Carrefour custou a conseguir licença da prefeitura, na época do PT. A diretoria procurou a página para se queixar que a cada dia aumentavam a burocracia. De 14 itens chegaram, a 14 páginas de exigências. O Big no Cristal foi outro parto, já contado pela página.

De volta ao passado II

Quando o Grupo Sonae entrou no Brasil, começou com uma pequena rede de supermercados de São Paulo. Por volta de 2000, o presidente do grupo português anunciou em São Paulo a expansão em coletiva com jornalistas de todo o País. Lá pelas tantas, uma repórter perguntou o valor da transação. Dentro da maior lógica portuguesa, o executivo ficou espantado.
- Mas isso não é da conta de ninguém!

Só para mulheres

Para apoiar o empreendedorismo feminino e gerar novas oportunidades de negócios, o BRDE lança o Programa Empreendedoras do Sul. A nova linha de crédito é dirigida a empresas de diferentes portes que tenham no mínimo 50% de seu capital social a cargo de mulheres.

O jogo está na mesa

Os combustíveis caíram de preço porque o petróleo também caiu, e caiu porque a peste e retomada lenta da economia diminuem a demanda. Quando estes dois fatores passarem, o preço na bomba vai decolar. A não ser que o dólar despenque, mas o Papai Noel está longe.

Desafio da governança

Pela terceira edição consecutiva, o responsável pela Governança de TI na prefeitura de Porto Alegre, Alexandre Sacco Xavier, participou do evento TDC (The Developer's Conference) Innovation - Desafios para criação do futuro digital.

Os perigos do açodamento...

Eleito presidente da Câmara Federal com apoio do presidente Jair Bolsonaro, o deputado Arthur Lira (PP-AL) subiu nas tamancas e alvejou seu padrinho com o petardo da ameaça de impeachment. O número de 300 mil mortes é forte. Mas essa criança pode mesmo nascer ou é figuração?

...ou joguinho faz de conta

Pelas últimas pesquisas, metade da população não comunga desse desejo. Um processo de impeachment numa hora dessas jogaria o País em outra peste, a de uma possível convulsão social. No fundo, o Congresso quer livrar a cara e barganhar vocês sabem o quê.

Mea culpa silencioso

De tanto colunistas e analistas repetirem que para recuperar pelo menos parte do capital político perdido pelo titubeio na compra de vacinas Jair Bolsonaro teria que fazer mea culpa, ele deve ter encarado essa. Nunca vai admitir publicamente, mas ele e seus assessores diretos sabem ler.

Invenções risíveis

A Amazon estreia uma série brasileira que propõe o "riso responsável". Alguém da plateia poderia dizer como se ri responsavelmente? Botando a mão na boca, algo assim? Rumamos para o ato de rir ser politicamente incorreto.