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Começo de Conversa

- Publicada em 23 de Dezembro de 2020 às 21:16

Reconstruindo a esperança


CLEITON THIELE/DIVULGAÇÃO/JC
É o tema do 33º Sonho de Natal de Canela que vai ao ar na sexta-feira (25), às 20h, no canal YouTube e Facebook. Nada melhor para ilustrar este Natal específico, com sonhos destruídos, ofuscados ou adiados pela pandemia. Curta-se ou não a data maior da cristandade, é preciso ter fé. Se não no poder divino, é preciso ter fé em si mesmo. Feliz Natal, caros leitores.
É o tema do 33º Sonho de Natal de Canela que vai ao ar na sexta-feira (25), às 20h, no canal YouTube e Facebook. Nada melhor para ilustrar este Natal específico, com sonhos destruídos, ofuscados ou adiados pela pandemia. Curta-se ou não a data maior da cristandade, é preciso ter fé. Se não no poder divino, é preciso ter fé em si mesmo. Feliz Natal, caros leitores.

Vacina contra corrupção

O projeto do vereador Ramiro Rosário aprovado pela colenda prevê uma série de controles de parte do poder público, sequência que certamente deixará menos flancos abertos utilizados pelo sistema. Como todas as vacinas, a eficácia nunca será 100%. Mas a questão é outra. Fiscalizar a fiscalização, quem há de?

Rodopio

A cabeça de uma pessoa comum está rodopiando. A Pfizer diz que pode modificar sua vacina para a nova cepa em seis semanas. Então quem já a tomou vai ter que se vacinar de novo?

Inibidora de verdade...

O coronavírus foi um derrubador de diálogos olho no olho, tão necessário para articuladores políticos, caso de Otomar Vivian, que deixará a chefia da Casa Civil do governador Eduardo Leite. A máscara já é um inibidor de verdade, piorado pela natural prudência de se manter afastado de interlocutores pelo temor de contágio.

...e surdez temporária

Por causa da pandemia, tête-a-tête nem pensar, o que é um martírio para a arte de se acertar por meio de cochichos temperados com volume baixo de voz. Tudo conspira contra a intimidade negocial. A máscara também dificulta a compreensão da fala. Uma das frases mais utilizadas pela população e "fala mais alto".

Balanço Covid-19

Os números da pandemia em Porto Alegre até o dia 22 de dezembro mostram que a cidade perdeu 1.778 pessoas para o vírus, um número alto sem dúvida, mas é preciso levar em conta que é diluído em 10 meses. Em números redondos, registre-se que para 73 mil confirmados temos 185 mil casos não confirmados.

Falha nossa

Roda de papo em cafeteria. Chega um fazendeiro animado que veio passar o Natal com familiares. Surpreende- se ao ver um amigo que não via há muitos anos.
- Mas e daí, vivente? Como vai a família, filhos?
O outro fica desenxabido.
- É só eu e a mulher, não temos filhos.
- A lá pucha! Quantos anos tens de casado?
- Dez anos.
- E quem é o falhado, tu ou tua mulher?

A feiúra de Noel

Uma loja de roupas que existia numa esquina da Rua da Praia trouxe uma novidade: um palhaço com trompete em cima de longas pernas de pau. O trompetista espalhava miniaturas de músicas natalinas, como Então é Natal, Ó árvore e Noite feliz.
Passa uma idosa, vestido preto, sombrinha da mesma cor, queixo saliente projetado pela idade avançada, cara amarrada. Chega na frente do artista e bate com a sombrinha na perna de pau. Olha na vertical.
- Mas que Papai Noel mais feio!
Indignado, o trompetista olha para baixo.
- Eu não sou Papai Noel, minha senhora, mais respeito!
- Então o senhor é o quê?
- Eu sou palhaço, ouviu bem? Pa-lha-ço!

O peru e o cheque

Nos gloriosos tempos do Restaurante Treviso, no Mercado Público, encosta no balcão uma das pessoas mais queridas e divertidas que Porto Alegre já teve, Arquimedes Audi. Chama um dos donos, e faz seu pedido de Natal.
- Carlinhos, vou querer um peru recheado, com sarrabulho e tudo mais que tenho direito.
Pediu o preço e pagou com um cheque com valor aproximado que havia recebido de um cliente. Na véspera do Natal pegou a encomenda. Dias depois voltou ao balcão.
- Carlinhos, o peru não estava bom.
- O cheque também não estava, Arquimedes...

Papai Noel líquido

Natal de 1995. Sentado ao lado de uma árvore de Natal faiscante, um Papai Noel parecia uma estátua viva de tão imóvel. Quem passava jurava que era uma ou que era apenas um boneco em tamanho natural. A ilusão se desfez quando o Bom Velhinho estendeu o braço e tirou de baixo da poltrona uma garrafa de cachaça Três Fazendas e a levou à boca. O difícil era ficar de olho aberto.