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- Publicada em 08 de Novembro de 2020 às 21:15

Para onde foram todos?


FERNANDO ALBRECHT/ESPECIAL/JC
Existe um espaço no Centro Histórico que está sempre deserto, excetuando usuários de de linhas de ônibus. Há vida pulsante logo adiante e nos lados, mas este trechinho é lugar ideal para se esconder. Ou ser assaltado.
Existe um espaço no Centro Histórico que está sempre deserto, excetuando usuários de de linhas de ônibus. Há vida pulsante logo adiante e nos lados, mas este trechinho é lugar ideal para se esconder. Ou ser assaltado.

Congelar vencimentos...

Há, no mínimo, desconhecimento de causa quando se quer congelar salários - na realidade vencimentos - de prefeitos e secretários, inclusive os estaduais. É difícil competir com a iniciativa privada. Logo, nomes realmente capazes de pegar pião público na unha precisam ganhar o devido à sua capacidade. Nenhum profissional faz benemerência nem sacerdócio do tipo eu ganho mal mas ajudo o povo.

...é congelar a eficiência

Não existe isso. Recorde-se o caso da presidente da Carris, Helen Machado, buscada no mercado, que reduziu o eterno déficit da Carris enquanto esteve no cargo. Por sinal, agora a Carris incorporou seis linhas de empresas privadas em Porto Alegre. Se o gestor não for bom, vai é aprofundar o prejuízo. Querer que funcionários públicos em postos vitais ganhem mal é nivelar por baixo. Ou demagogia.

O showde Cacaia


BRUNNO RAMOS/DIVULGAÇÃO/JC
Com a grife da Cacaia Bestetti, o Café do Porto está se reinventando e, a partir deste mês, estará trabalhando com o seu Clube de Assinatura. A iniciativa unirá café e arte. A cada edição, um artista plástico ou um designer local vai assinar uma arte exclusiva, que vai estampar um mimo do box e outras peças que serão vendidas no e-commerce do Café do Porto. Acesse em https://www.cafedoporto.com.br.

Salto com vara

Nestes tempos turbulentos e de pouco faturamento, com impostos cada vez mais altos e ameaça de mais um para o lombo do burro contribuinte, é notável como o meio empresarial lembra do presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB, 1995-2002). E não é lembrança boa, não. Foi com ele que a carga tributária deu um pulo. Os que o sucederam também deram seus pulinhos.

Alhos por bugalhos

É comum se referir ao patrimônio dos candidatos como sendo sinal de renda. Nada mais equivocado. Alguém pode ter imóveis com pouca liquidez ou tê-los mas com renda baixa. Daí que o candidato pode ter zero de patrimônio físico, mas com renda advinda do trabalho.

Grenal é grenal

Como já dizia o governador Ildo Meneghetti quando era instado a dar seu palpite sobre o clásico. Vivo fosse, Meneghetti ficaria abismado ao ver que o mundo inteiro vive o que nós chamamos de grenalização. É uma coisa de doido. Um lado grita mata e outro, esfola. Vivemos a Era da Birra, turbinada pela internet. Cada um cria sua própria guerra santa.

As voltinhas do Barão I

Se diz que o fato de Donald Trump ter se valido do Judiciário norte-americano para contestar a apuração fragiliza a democracia. Bem pelo contrário. Seria fragilizada se ele não pudesse apelar para a Justiça. Ademais, se fosse o caso, a democracia brasileira estaria em pandarecos, de tanto que candidatos em todos os níveis tentam impugnar urnas e adversários antes, durante e depois das eleições e em todas as eleições.

As voltinhas do Barão II

O que torna frágil a nossa democracia é o atropelamento do que o Barão de Montesquieu criou lá atrás, a separação dos Poderes. Na Terra da Santa Cruz, o Executivo atropela o Legislativo, que se vale do Judiciário para resolver pendengas internas, enquanto este mesmo poder não raro atropela o Executivo. O barão deve estar dando voltinhas no seu túmulo no cemitério Meridiano de Saint Sulpice, em Paris. Pobre Montesquieu.

Rei morto, rei posto I

É notável como o conceito de amizade na política é volúvel. O presidente Jair Bolsonaro disse que Donald Trump não é a pessoa mais importante do mundo. Era até o início da semana passada. Assim como os países, que não têm amigos, têm interesses. Chama-se a isso pragmatismo, mesmo que seja chamado de muy amigo.

Rei morto, rei posto II

Na política, é proibido ficar vermelho. É sinal de fraqueza. Ao vencedor, as batatas, como dizia Quincas Borba, do velho e bom Machado de Assis. Para quem ficou de fora, o imperador Júlio César cunhou esta, ai dos vencidos. Para estes, Madame de Sévigné criou uma frase perfeita: há um certo consolo na lamentação.

Pato manco

A respeitada publicação inglesa Financial Times publicou matéria em que coloca em dúvida a governabilidade de Joe Biden. Com a expressão "pato manco", usada para governantes com poder esvaziado. Até na Suprema Corte Biden terá dificuldades. A maioria é indicação republicana (6 a 3).

O silêncio dos inocentes

Observa-se um certo desânimo no comércio da Capital. As ruas estão cheias, mas poucos estão comprando artigos mais em conta. Em vez de compras, comprinhas. Parte pelo bolso vazio, parte por prudência. A dor ensinou a gemer.