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Começo de Conversa

- Publicada em 05 de Novembro de 2020 às 21:27

De volta ao passado


acervo pessoal edgar granata/divulgação/jc
Embora com pouca qualidade, é curiosa essa foto de 1953 enviada pelo leitor Edgar Granata. Mostra seu tio Luigi Vivacqua, italiano da Calábria, com seu possante Buick V8 de 1937 em passeio com amigos e amigas em Rivera. Ele não sabe explicar por que duas mulheres estão de costas, talvez não querendo dar chance ao azar.
Embora com pouca qualidade, é curiosa essa foto de 1953 enviada pelo leitor Edgar Granata. Mostra seu tio Luigi Vivacqua, italiano da Calábria, com seu possante Buick V8 de 1937 em passeio com amigos e amigas em Rivera. Ele não sabe explicar por que duas mulheres estão de costas, talvez não querendo dar chance ao azar.

Encontros Furtivos

Lugares para encontros furtivos eram poucos na pudica Porto Alegre dos anos 1960. Afora as boates e cabarés, estes para encontros sensoriais explícitos, era boca muito entaipada - na gíria da época - encontrar um lugar que permitisse amassos controlados, caminho de entrada para posteriores encontros em quatro paredes. Além da sobreloja do Bar Gilbert's, na Salgado Filho, já mencionado aqui, havia o Queen's, na Andrade Neves, o Bar Amarelinho, na rua Santo Antônio, imediações da Gonçalo de Carvalho, o discreto Poodle Room ao lado da Brahma na Cristóvão Colombo, e um reservado para gays no Restaurante Tia Dulce na Independência.
Este era um lugar discretíssimo. Cidadãos respeitáveis entravam com sacolas e lá dentro havia a transformação poética em odaliscas, ciganas e princesas, conforme narrado por um também discreto - nomes nem pensar - garçom ainda vivo que atendia essa ala. Só anos mais tarde surgiu um motel exclusivamente para gays no Morro Santa Tereza.
Há que se levar em conta que havia poucos motéis na época, e sempre havia o temor de ser visto por quem não deveria ter visto. O Motel da Marli reinava absoluto na Padre Cacique. Era tão conhecido que o Viaduto Dom Pedro II era chamado de Viaduto da Marli, para desgosto da prefeitura. Ainda existe o Botafogo, na rua de mesmo nome. A expansão para valer se deu no final da década de 1970 em diante. Um deles adotou o criativo nome "Cê qui sabe", corolário de papo onde a parceira era perguntada onde iriam para desfrutar os finalmentes.
No interior do Estado, todas as cidades tinham "a zona", de zona do meretrício, casas com luz vermelha na porta, senha luminosa para entrada no altar do sexo pago. A Casa da Luz Vermelha foi o primeiro genérico sexual em todas as casas do ramo, geralmente nos subúrbios. As mais toscas tinham banheiro coletivo. No quarto, bidê ou balde e deu. Assim que o freguês entrava, moças da casa se enroscavam no pescoço do cliente. De olho na comissão, lá vinha a pergunta inevitável.
- Paga uma Cuba Libre, benhê?

Um mercado pragmático I

Se há temor com o democrata Joe Biden na esfera geopolítica, o mercado bursátil está adorando a ideia. As bolsas americanas e a nossa subiram altas e retas como pescoço de girafa. Como anotado aqui, no dia da eleição à presidência dos Estados Unidos, elas já estavam subindo. Então, qual é, se antes temiam a vitória do democrata?

Um mercado pragmático II

Umas das explicações é que, com Joe Biden na presidência dos EUA, haveria menos sobressaltos do palavrório presidencial, causando engasgos bem na hora de engolir o cafezinho, dia sim e outro também. Também pode ser que o Senado ainda está ou estará sob comando republicano. Biden teria que pisar fininho.

O lobo-guará e a pandemia

Sabe-se agora por que a Casa da Moeda apressou a entrada em circulação da nova cédula de R$ 200,00 que tem o lobo-guará na efígie. Com a pandemia e a consequente necessidade de ter mais do dinheiro à mão, era preciso diminuir os custos da logística da distribuição. O efeito colateral foi o menor volume de dinheiro na cueca.

Invasão chula

Uma videoconferência da Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul (Sergs), nesta quinta-feira, foi invadida por hackers. Os invasores surpreenderam os participantes exibindo vídeos eróticos, música funk e mensagens. O tema da reunião era tratamento de resíduos sólidos, os lixões. Os participantes ficaram muito constrangidos, embora alguns tenham ficado mais "intrigados" do que outros com as exibições. Matéria na página 5.

Emenda para o Clínicas

O Hospital de Clínicas de Porto Alegre acaba de receber R$ 1,7 milhão de emenda do senador gaúcho Lasier Martins (Podemos). Os recursos serão usados no combate à Covid, já que o hospital é referência neste atendimento desde o início da pandemia.

Emenda canelense

O deputado estadual Neri o Carteiro (Solidariedade) protocolou oito emendas sobre o orçamento do Estado para 2021. Uma delas prevê a destinação de R$ 50 mil para Canela, objetivando a efetivação do projeto Acolher, que será realizado pela Associação dos Moradores do Bairro Santa Marta.

Sem pai nem mãe

"O Direito Tributário é caótico, mas não se encontra nem a mãe, nem o pai. Pergunta quem é o pai ou a mãe do caos e um aponta para o outro. O que é triste no Direito Tributário é que o Brasil é o único país do mundo onde, com provas robustas, comprova-se que leis foram compradas." A afirmação é do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Antônio Herman Benjamin, em evento do Instituto dos Advogados Brasileiros.

Miúdas

  • VETO à desoneração da folha abre camnho para nova CPMF. Dinheiro não se multiplica.
  • VIVO lançou ferramenta interessante para orientar contra golpes. É no fe.seg.br.
  • CARRIS vai assumindo cada vez mais linhas privadas. É a estatização do transporte público de Porto Alegre.
  • O EXÉRCITO não falha nem faz projetos defeituosos. Entrega em breve novo trecho duplicado da rodovia BR-116.
  • PESQUISAS eleitorais previam uma vitória folgada de Joe Biden. Se estreparam.
  • COM Biden ou com Trump, business as usual. Nada a temer.

A volta do capacho

A pandemia proporcionou grandes avanços e novos hábitos sanitários, entre eles o uso de tapetes sanitizantes, como na entrada do Mercado Público de Porto Alegre. Poderia ser motivo para a volta do capacho. Calçadas são sujas por mais limpas que estejam, são QG do crime bacteriano.