Salvação das lavouras

Está todo mundo quebrando. São pouquíssimas as empresas que conseguem suportar a quebradeira. As pequenas, então, nem se fala. Na área de alimentação, a situação não é mais vermelha, é roxa.

Mesmo nas grandes e sólidas casas, o ambiente é fúnebre. A tristeza é maior porque elas são obrigadas a despedir funcionários. Nenhum patrão gosta de demitir, nenhum. Então, o caso é assim: mais uma semana, não há quem aguente. Vamos morrer da cura.

Após 23 anos, Maria Elena Pereira Johannpeter, fundadora e idealizadora do Parceiros Voluntários, passou o cargo de presidente do Conselho de Administração da ONG para o empresário Daniel Santoro, voluntário com mais de 20 anos de dedicação à entidade. Durante a gestão Maria Elena, a entidade beneficiou mais de 8,5 milhões de pessoas, uma proeza e tanto.

Em apenas 15 dias, o Grupo InBetta (Bettanin, Atlas e Sanremo) em parceria com a Braskem, desenvolveu e passou a fabricar máscaras onde são introduzidas viseiras de acrílico. Quem contratou o grupo foi o Hospital Moinhos de Vento.

...o dólar oficial na Argentina, ontem, compra e venda, era de 63-68 pesos. No paralelo, que eles chamam de blue, a cotação era de 118 pesos, ou 70% acima do câmbio oficial. Entrementes, na falta de compradores brasileiros, ótimos vinhos argentinos estavam sendo vendidos na rede de supermercados Coto com desconto de 40% al cotado, ou à vista, um ultraje a rigor.

Responsável em grande parte pelo pessimismo das bolsas na semana passada, a temida demissão do czar da economia, Paulo Guedes, não só não se confirmou como teve o dom de azular o mercado depois da fala presidencial.

Vamos combinar que foi mais diz-que-diz-que a informação de que Paulo Guedes receberia convite para passar no RH. Pegaram um pedacinho do fio do novelo achando que no final dele estava o bilhete azul do ministro.

O presidente Jair Bolsonaro não está satisfeito, nem um pouco, com os inimigos que já tem fora do governo; quer guerra, cada vez mais, com os inimigos que imagina estarem dentro. Como não pode demitir os primeiros, sai à caça dos segundos. A frase é do colunista J.R. Guzzo, do Estadão.

O mapa mundi do Johns Hopckins mostra a evolução dos casos em todos os países. No caso brasileiro, o gráfico aponta claramente o achatamento do número de casos, incluindo a projeção logarítmica.

O mundo precisará de mais alimentos depois do coronavírus. E não serão poucos, porque a parada total decretada pelo tinhoso fez com que muitos países diminuíssem a produção, o que parece não ter sido nosso caso, pelo menos nada tão grave. Precisa é São Pedro dizer a que veio.

Embora a maior parte dos parques industriais estejam preparados para reiniciar a produção, o consumidor final vai demorar a acelerar. Se não por falta de dinheiro, será porque seguirá mantendo o pé no freio.

Mais supermercados e menos restaurantes. Os hábitos de consumo dos norte- americanos mudaram profundamente nas últimas semanas. Com o hábito de cozinhar em casa. Venda de enlatados e alimentos voltaram a crescer. Desnecessário dizer que os restaurantes estão às moscas.

Só na semana de 11 a 18 de março, ou seja, antes do alarme geral ter sido acionado, as vendas nos supermercados aumentaram 79%, em relação ao ano passado, segundo levantamento do New York Times. E 18 milhões de americanos entraram com pedido de auxílio desemprego.

Interessante cotejar o número de mortes derivada de gripes comuns, antes do reinado do coronavírus. Até porque a H1N1 está matando gente até hoje, especialmente nos grupos de risco, como a pneumonia em idosos. Matéria nesta edição mostra dados da Covid-19 e H1N1.