Tudo junto excluído

Se candidatos ou pretendentes a algum cargo eletivo como prefeituras ainda tiverem a mesma disposição de concorrer, estamos diante de um mártir ou alguém que não lê jornal e não tem a mínima noção sobre finanças públicas. Aliás é uma das sentidas ausências de políticos em geral.

O certo é que muitos pré-candidatos devem estar reavaliando sua pretensão. Com as despesas enormes com a pandemia, além da redução drástica de repasses do governo do Estado e da União, mais a queda de arrecadação, o futuro prefeito será um mero administrador de migalhas.

Prefeita de Nova Santa Rita, Margarete Ferretti (PT) passa a liderar a Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre (Granpal). É a segunda mulher a assumir o posto em 33 anos. Quem deixa o cargo é Miki Breier (PSB), prefeito de Cachoeirinha. A instituição - que congrega o consórcio para compras conjuntas - representa 2,5 milhões de gaúchos e 25% do PIB do Rio Grande do Sul.

Compreensivelmente, o mundo dos negócios está a pedir isenções de uma série de impostos e taxas cobrados nos três níveis de governo, especialmente de prefeituras, pleitos prontamente abraçados pelos políticos. É algo delicado. Com a arrecadação caindo abruptamente e concedendo mais isenções, também elas irão à bancarrota. Enfim, todos têm razão. E isso que é o brabo.

Da série desgraça pouca é bobagem: proprietários de pequenos hotéis, pousadas e outros negócio de pequenas cidades do Interior que tiveram o vírus e que já estão curados sofrem discriminação da população, porque todos se conhecem. Era de se esperar. Afinal, venderam o coronavírus como sentença de morte obrigatória.

Sempre crédulos nas receitas caseiras postadas no Facebook, que prometem curar desde unha encravada até o coronavírus, basta sugerir uma receita maluca que acreditam. Se alguém postar que suco de goiaba com bolotas maceradas de cinamomo com sementes de gereglim funciona, saem correndo em busca dos ingredientes.

Há vários relatos dando conta de que em cidades pequenas do Rio Grande do Sul, o comércio está aberto em parte e até em grande parte. O hábito de tomar chimarrão em grupo corre solto. Mas depende da etnia. Nas de colonização alemã, as famílias se trancam em casa. Alenão é mais disciplinado.

Quase não há setor da economia que não acuse queda brutal de faturamento. Pior é o caso de chocolates estocados para a Páscoa. Em Gramado, o prefeito Fedoca Bertolucci (PDT) reuniu o gabinete de crise com fábricas e lojistas. Sem turistas, resta o consumo interno.

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