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- Publicada em 19 de Março de 2020 às 21:44

Vale tudo


JEFFERSON BERNARDES/DIVULGAÇÃO/JC
Em tempos de guerra, vale tudo para se prevenir contra invasores, por minúsculos que sejam. O cidadão em tela enjambrou uma supermáscara que cobre todo o rosto. Tudo para se proteger do coronavírus. Agora, como é o filtro é que são elas.
Em tempos de guerra, vale tudo para se prevenir contra invasores, por minúsculos que sejam. O cidadão em tela enjambrou uma supermáscara que cobre todo o rosto. Tudo para se proteger do coronavírus. Agora, como é o filtro é que são elas.

Surfe na crise

Alguns camelôs do Centro Histórico de Porto Alegre seguem à risca o provérbio que crise é igual a oportunidade. Estão comprando álcool gel em volumes maiores e embalando o produto em pequenos frascos de 50 ml e até menos. Frascos que vêm do lixo descartável, claro.

Quem paga quem?

Um pedinte reivindicava um ajutório no terminal de lotações, no Centro Histórico, dizendo que ele precisava pagar o aluguel e que ninguém estava dando dinheiro. A questão é outra: quem pagará o aluguel de quem dá dinheiro. Mateus, primeiro os meus, como diz o provérbio.

E as lojas?

Uma equação medonha aguarda quase todos os setores da economia, mas o comércio em especial. Com lojas fechadas ou com fraquíssimo movimento, como pagar os empregados?

Quando abril chegar

O Instituto Einsten, de São Paulo, que cuidou do primeiro caso de coronavírus no Brasil, estima que o pico das contaminações acontecerá no início de abril. Que é logo ali. Oremos.

Síndrome da China I

Tal pai, tal filho. Decididamente, o filho do Capitão é um arranha-céu de declarações desastradas. Justo neste momento delicado, inventa de brigar com a China, maior mercado das nossas exportações.

Síndrome da China II

É o caso de se perguntar se botaram alguma coisa dentro da máscara que ele usa. Ou ele chuta o pau da barraca de propósito, tipo vamos ver como está para ver como fica.

Contradição

Da série durma-se com um barulho desses: baseada em novas pesquisas, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que não há contraindicação para o uso do anti-inflamatório, antitérmico e analgésico ibuprofeno no tratamento de pacientes contaminados. Já o Ministério da Saúde da França diz o contrário.

Cursos do Sebrae

O Sebrae-RS vai disponibilizar uma série de atividades e conteúdos on-line para os pequenos negócios, nestes tempos de reclusão forçada em virtude do coronavírus. São palestras, e-books e atendimento virtual oferecidos gratuitamente aos empreendedores com o objetivo de reduzir o impacto da pandemia.

Historinha de sexta

Foi nos tempos em que se amarrava cachorro com linguiça e se alimentava burro com pão de ló que apareceu, lá pelas bandas do Vale do Caí, um doutor que garantia fazer maravilhas na vida das pessoas. Era alguém que se movimentava em 360 graus. Fosse qual fosse o problema, o bom doutor resolvia. Mas era na saúde que ele garantia ter contato com Hipócrates.
Direto, sem intermediários. Aplicava ervas santas que curavam até males de amor, presumindo-se que o problema fosse de ordem física. Foi um pioneiro do Viagra, com a diferença que eram remédios fitossanitários, ou pelo menos assim os definia. Geralmente, eram pomadas estranhas, que mais pareciam mistura de gordura de porco com graxa patente, que se usava para lubrificar engrenagens de máquinas. E lá se ia nosso bom esculápio, salvando a vida e a vida sexual dos colonos.
- Aplicute! (aplicute, naqueles tempos, tinha o significado de vigarice).
Quem assim falou foi o colono mais fortão, que ensaiou dois movimentos: o primeiro foi arregaçar as mangas, mau sinal para Glostora; o segundo foi tirar da guaiaca sebosa com camadas e camadas de sujeira da lida na lavoura o amarrotado cartão de visitas. Triunfante, o esfregou na cara de Glostora.
Meio a contragosto, ele se obrigou a ler o que estava escrito no cartão. De fato, lia-se "Doutor" e o nome completo do cidadão em tela. Glostora já ia se dar por vencido, quando resolveu ler o resto do texto que constava no cartão de visitas. Em letras bem miúdas, lia-se OAB número tal.
De fato, ele era doutor, mas não médico. Portanto, ninguém podia acusá-lo de falsidade ideológica. Era a palavra do paciente contra a dele, porque nunca escrevia as receitas em papel.
A história que me foi contada por um cabra chamado X9 acabou por abalar a crença do famoso doutor. Que, como se dizia naquela época, era apenas doutor de anedota e de champanhota.

Fraqueza

A humanidade é fraca de doer. Quando não é no corpo,
é na cabeça. Quando não é na cabeça, é no corpo.
Ou os dois juntos.