De volta ao passado

Na política, mesmo não falando nada, se diz tudo. Sete meses depois de deixar o governo do Estado, o ex-governador José Ivo Sartori (MDB) palestrou nesta quinta-feira no evento Papo Amigo da ADCE. Na hora das perguntas, um empresário foi direto e questionou se sua vida pública no Executivo terminou ou se estuda outra possibilidade. Resposta: "Vou me omitir de dizer qualquer perspectiva de futuro". Ou seja, vai encarar uma candidatura.

Atento à questão do menino cuja mãe foi hostilizada no Beira-Rio, o empresário Clovis Tramontina - cujo nome dispensa apresentações - presenteou o guri com uma camiseta do Carlos Barbosa Futsal com um recado: se torcesse pela ACBF, ele não teria problemas, como teve no episódio.

Com a proposta de estreitar ainda mais a relação com os sindicatos rurais, o Sistema Farsul em Campo está realizando reuniões em todas as regionais apresentando o trabalho de Farsul, Senar-RS e Casa Rural. O presidente da entidade, Gedeão Pereira, tem repetido que "estamos aqui para servir, e não ser servidos".

A Andorra Café realizou uma ação de distribuição gratuita de cafés especiais para a comunidade LGBT em frente ao Iberê Camargo, em parceria com o café do museu, no fim de semana. Para inovar, a empresa tematizou completamente a máquina de café, em sua bike coffee, com as cores em apoio à diversidade. A ideia é realizar a ação em outras oportunidades.

Um motorista de Uber de Brasília contou ao jornalista Gilberto Jasper que existem 40 mil Uber na capital federal. Dificilmente a demora passa de dois minutos. Concluiu dizendo que o número aumentou muito com o corte de 20 mil CCs por parte do governo Jair Bolsonaro (PSL).

Quando o governo Antonio Britto (MDB) instituiu o Plano de Demissão Voluntária, nos anos 1990, aconteceu algo parecido. Grande parte dos que aderiram ao PDV comprou Towners equipadas para vender cachorro-quente. Em questão de meses, Porto Alegre virou a Capital das Towners.

No tempo em que o serviço de bordo dos aviões era comida de verdade, o jornalista e radialista João Garcia viajou pela Varig sentado na poltrona junto à saída de emergência. Veio o almoço, um prato divino de camarões gigantes com legumes. Entre olhar para o prato e seu conteúdo chegar no estômago, o então gordo Garcia levou menos tempo que uma Ferrari para ir de 0 a 100. Chegou a aeromoça.

- Por favor, o senhor poderia sentar em outra poltrona?

- E posso saber o motivo? - perguntou Garcia, curioso.

A comissária ficou cheia de dedos.

- É que... bem, é que, pelas normas de segurança da aeronave, as pessoas... grandes como o senhor não podem sentar junto à saída de emergência.

Ela falou "grande" assim, graaaande!

- Não podem, é? Estás me chamando de gooordo, que, em caso de pane, eu entupo a saída, é isso?

E emendou:

- Daqui não saio, daqui ninguém me tira!

Depois de muita conversa em tom súplice, os tripulantes conseguiram que o passageiro rebelde ponderasse a questão.

- Já que vocês estão me pedindo com jeito, posso até mudar de lugar. Mas com uma condição!

O alto comissariado da Varig ficou esperançoso. E qual seria ela?

- Eu quero mais um prato com muuuitos camarões gigantes!

Na viagem de volta, João sentou de novo no mesmo assento.

Suspeito de hackear telefones de ministros, um dos presos pela Polícia Federal disse que entregou as conversas entre integrantes da força-tarefa da Lava Jato de forma anônima para o site The Intercept Brasil. Conversa para boi dormir ao som de boa noite, nenê. Quem aceitaria vazar conversas sigilosas sem saber da origem?