A velha dama iluminada

A Porto Alegre da Noite dos Museus fica bem mais bonita com a iluminação especial produzida pela promoção. Tem que ser pragmático nessas coisas: pelo menos esconde as pichações e a falta de restauração das fachadas. É mais ou menos como uma senhora castigada pelo vandalismo e falta de verbas, que capricha na maquiagem, chamando a atenção de todos que a veem assim, toda luminosa. De dia, a ficha cai.

Sobe, meu balão

O mercado cambial ontem ensaiou uma viagem à Lua, mas conteve-se depois de ter atingido R$ 4,12. O tio Banco Central atuou de forma pesada, ajutório que por si só não bastaria para baixá-lo, mas não contavam com a astúcia do presidente Jair Bolsonaro. Em evento na Firjan, o Capitão falou que não há briga entre poderes e sim "uma grande fofoca".

Cai, meu balão

Pelo menos esta foi uma das explicações para a queda do dólar. Se os rapazes que operam esse irrequieto e volúvel mercado realmente ficaram sensibilizados com a fala presidencial ou foi outra dessas engrenagens que se movem misteriosamente que o fez recuar, jamais saberemos. O certo é que dólar não tem sentimentos. Nenhuma moeda tem.

Porém...

Uma coisa é certa. Fofoca é o que não falta na Corte. Nunca faltou. Do ponto de vista político-institucional, fofoca é o travesseiro no qual a conversa séria deita a cabeça.

Centro de Convenções

O presidente da Associação Comercial de Porto Alegre (ACPA), Paulo Afonso Pereira, recentemente reuniu-se com o prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB) e líderes empresariais para tratar do Centro de Convenções da Capital, que está com a cláusula suspensiva vigente até 30 de maio. Por uma série de entraves burocráticos do governo federal, sua efetivação ainda não evoluiu. Parto difícil esse.

O sumiço dos buracos

Leitor viajou para Curitiba e tão logo livrou-se dos seus afazeres profissionais, tratou de procurar buracos nas ruas. Deu voltas e mais voltas e não os encontrou, por incrível que pareça. Sua tese é que a prefeitura os escondeu. O fato é que não os achou.

Esqueceram do aposentado

Outro leitor conta que desde o dia 8 passou a receber seu primeiro benefício de aposentado, que também serve como atestado de pobreza. Mas ele se sente o último dos moicanos. Até agora, não recebeu uma proposta, ligação telefônica, Whats, e-mail ou carta oferecendo crédito consignado.

O caso do arroz empapado I

Abre-se a possibilidade do arroz gaúcho ser exportado para o México, o que é uma excelente notícia. Das vezes anteriores que efetivamente vendemos arroz para outros estados, surgiu um problema na cozinha, caso de São Paulo no início dos anos 1970. Como nosso produto é de lavoura irrigada, precisa de menos água para cozinhar, ao contrário do arroz do seco ou sequeiro, que necessitava muito líquido.

O caso do arroz empapado II

Sucedeu que as donas de casa deixaram de comprar o arroz gaúcho porque ele empapava, consequência lógica do excesso de água. Foi então que o presidente do Irga, Ubirajara de Jesus Pereira, encomendou uma campanha publicitária, que incluía manual de instrução nos supermercados e afins ensinando a cozinhá-lo de forma correta. A campanha foi feita pela Mercur Publicidade, de Hugo Hoffmann.

Atividade produtiva

A vida política imita a ficção. Até o presidente Jair Bolsonaro (PSL) chama o conjunto dos parlamentares de "classe política". Classe pressupõe atividade econômica, por isso, no passado, a expressão era descartada na arte do bem escrever. Mas hoje até que ela é, não é mesmo?

Miúdas

ESTABELECIMENTO da rua Padre Chagas inventou de colocar música do tipo bate-estacas. Audível a léguas de distância.
SE a meteorologia acertar, vamos ter chuva até sexta-feira, dia em que o frio dirá "presente".
CONSUMIDOR não só pisou no freio do consumo. Afundou o pé com força total.
ELEIÇÃO de 2020 nos EUA vai ser decidida por latinos americanizados que deram errado nos países de origem.
FUSCA última série de 1986 com certificado de originalidade está à venda na Via Bella, de Caxias do Sul por R$ 40 mil.