À toda velocidade

Pesquisa Ibope sobre os frequentadores do Shopping Iguatemi revelou que nada menos que 34% dos clientes das lojas pertencem à classe A, que 47% dos consumidores já vão para as lojas com intuito de comprar e que 52% vão para as praças de gastronomia. A renda média dos compradores é de R$ 9.967,00. Estes e outros números foram revelados ontem pela gerente-geral do empreendimento, Nailê Santos (matéria nesta edição).

O que mudou no negócio shopping é que eles não são mais meros centros de venda, precisam satisfazer outras exigências da vida moderna. No caso do Iguatemi, conta Nailê, o conceito é "resolver a vida" dos clientes, ou seja, ter de tudo, incluindo hospitais, espaço para leilões diários e até um espaço de inclusão para portadores de deficiência - inclusive um espaço específico para pets.

O pacto pregado pelo governador eleito Eduardo Leite (PSDB) está crivando de boas intenções, mas vamos ser realistas: é malhar em ferro frio. E há antecedentes. Em 2007, o então presidente da Assembleia Legislativa Luiz Fernando Záchia (MDB) propôs o Pacto pelo Rio Grande, e anos depois foi a vez do deputado Alceu Moreira, também do MDB. Todo mundo bateu palmas, apoiou, mas ficou por isso mesmo.

Para que os gaúchos encarem efetivamente um pacto com engajamento de todas as siglas teria que mudar o nosso DNA briguento, irascível e historicamente mais pela bronca que pela solução. Teríamos que ser menos 1835 e mais novo milênio, deixar de lado esse fundamentalismo guasca que nos atrapalha e cava cada vez mais fundo a areia movediça onde estamos atolados. Quanto mais brigamos, mais afundamos nela.

Pela primeira vez em 59 anos de realização, o Festival Hípico Noturno, de 22 a 25, promovido pelo 4º Regimento de Polícia Montada da Brigada Militar, terá uma emissora de televisão transmitindo oficialmente e com exclusividade o evento: a RDC TV - Rede Digital de Comunicação do empresário Márcio Irion.

A Secretaria da Receita Federal do Brasil - mas pode me chamar de leão - completa hoje 50 anos. Antes dela, o leão nem mordia. Ninguém gosta desse felino, mas nenhum país é viável sem ele. E se morde pesado, também alcança os corruptos e fraudadores.

De 15 em 15 anos o Brasil esquece os últimos 15 anos, já dizia o jornalista Ivan Lessa. Se memória tivesse, a esquerda brasileira saberia que o novo presidente do BC, Roberto Campos Neto, é descendente de um dos criadores do Banco Central e ministro do Planejamento de Castello Branco, Roberto Campos. Foi saco de pancadas. Recomenda-se ler seu livro "Lanterna de Popa".