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- Publicada em 29 de Outubro de 2018 às 01:00

O voo do tucano


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Decolou de Pelotas, sobrevoou o Rio Grande do Sul e fez ninho no Palácio Piratini. A descida do nível de cruzeiro para a velocidade de pouso previa passar um pouco mais alto pelas torres da Catedral, mas ao fim e ao cabo o pouso foi perfeito. Eduardo Leite (PSDB) chegou onde pretendia chegar. Agora o tucano precisa primeiro arrumar bem seu ninho para poder chocar os ovos da salvação das finanças públicas, conforme prometido. O difícil começa agora. Vai receber o bastão de José Ivo Sartori (MDB).
Decolou de Pelotas, sobrevoou o Rio Grande do Sul e fez ninho no Palácio Piratini. A descida do nível de cruzeiro para a velocidade de pouso previa passar um pouco mais alto pelas torres da Catedral, mas ao fim e ao cabo o pouso foi perfeito. Eduardo Leite (PSDB) chegou onde pretendia chegar. Agora o tucano precisa primeiro arrumar bem seu ninho para poder chocar os ovos da salvação das finanças públicas, conforme prometido. O difícil começa agora. Vai receber o bastão de José Ivo Sartori (MDB).
 

Eleição nem-nem

Nem Jair Bolsonaro teve mais de 55% dos votos nem Fernando Haddad teve mais de 45%. Parte considerável dos sufrágio dados aos dois candidatos veio pelo antipetismo de Jair e o voto anti-Bolsonaro do petista. Além disso, mais de 40 milhões de brasileiros optaram por não votar, marcar branco ou nulo.

Má companhia

É provável que a decisão de Lula de ungir aquele que foi chamado de poste como candidato dos sonhos do PT tenha sido uma decisão desastrosa, ou se o Haddad entrou tarde em campo por sua determinação. Como disse o imperador Júlio César, ai dos vencidos.

Fadiga dos metais

Se no cenário nacional foi uma má escolha, cabe perguntar qual nome o PT gaúcho poderia sacar da algibeira para almejar a vitória? Como é típico em toda a esquerda, a renovação dos quadros é inexistente ou lenta como o caminhar do bicho-preguiça.

Foi mal

O PT gaúcho curte feridas dolorosas nas eleições 2018. No Rio Grande do Sul não conseguiu nem mesmo chegar ao segundo turno e ainda perdeu para seu maior desafeto, o PSDB. A falta de novos quadros salta aos olhos. São os mesmos desde a fundação do PT, há quase 40 anos.

Os eternos desconhecidos

O Brasil é realmente o país do "eu não sabia". Quando a Lava Jato começou a extrair esqueletos dos armários, os amigos do alheio - os contribuintes - passaram a matraquear essa expressão. E a partir de agora, presidente e governadores eleitos pela primeira vez provavelmente dirão "eu não sabia" quando se depararem com a cruel realidade.

Alhos por bugalhos

Alguém andou dizendo que Eurico Gaspar Dutra foi o último militar eleito presidente pelo voto popular, em 1946. Pois não foi. Juscelino Kubitschek, eleito em 1958, entrou na disputa eleitoral quando era médico da Polícia Militar mineira.

Diminuir para aumentar

Prometer redução de ministérios ou secretarias de Estado é fantasioso se a ordem for cortar custos. Primeiro, as pesadas estruturas funcionais terão que ser realocadas em outros setores ou pastas; segundo, até a coisa toda engrenar de novo leva um tempão. Não bastasse, é grande o custo com novo material de expediente.

O gringo e suas circunstâncias

O gringo Sartori que era azarão veio da Serra e arranchou no Palácio Piratini em 2014, já sob severo mau tempo e turbulência gerada muito antes dele. Vacilou em questões como a segurança pública no primeiro ano, mas depois corrigiu a falha. Enfrentou a muralha da rejeição do funcionalismo público que acabou por contaminar boa parte da sociedade. Apesar disso, fazer mais de 46% dos votos foi uma façanha.

Febre asiática

Que não se diga que o alcance de Jair Bolsonaro seja apenas nacional. Venceu de goleada em várias cidades de países do outro lado do mundo como China, Japão, Austrália, Nova Zelândia e Taiwan. Foi a chamada derrota aplastante. Até em Israel o capitão fez mais de 77% dos votos. Em resumo, o antipetismo é geral.

Miúdas

  • SAI Bolsonaro, entra Bolsonaro. Antes da eleição, só dava ele. A partir de agora, também só dá ele.
  • PSDB perdeu peso nas proporcionais, mas chegou em São Paulo e Rio Grande do Sul. Já em Minas Gerais, fiasco.
  • COMO na eleição de Tarso Genro (PT) contra Germano Rigotto (MDB), mais uns dias e Sartori talvez vencesse.
  • EM quem terá votado Michel Temer? Afinal, ele já foi vice na chapa do PT...
  • PARA as próximas eleições presidenciais as emissoras deveriam mudar o formato e o número de debates.
  • SE forem em número menor, além de atrair mais a atenção do eleitor os candidatos teriam menos tempo para falar nada.
  • OS ventos da guerra nunca se vão, de fato (Terrence Meyers).

Finais

  • HOSPITAL cirúrgico Blanc Medplex de Porto Alegre, dispõe de sala VIP com direito a mordomo e cardápio gourmet para médicos credenciados.
  • FEDERASUL comemorou 91 anos de atividade.
  • SENADOR eleito, o deputado Luis Carlos Heinze (PP) falará hoje na reunião-almoço da CIC Caxias do Sul.