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- Publicada em 08 de Outubro de 2018 às 03:16

A eleição das filas


LUIZA PRADO/JC
Cada eleição tem uma particularidade e nesta as filas ocuparam lugar de destaque, caso das seções no Colégio La Salle Dores, em Porto Alegre. Em parte, a lista de seis votos, ao natural, tornou a eleição mais lenta. Também foi pouco divulgado que, além da apresentação do documento de identidade, haveria o reconhecimento biométrico, que falhou em alguns casos e atrasou mais ainda o processo. Curioso é que em algumas seções eleitorais não houve tanta gente assim a esperar sua vez.
Cada eleição tem uma particularidade e nesta as filas ocuparam lugar de destaque, caso das seções no Colégio La Salle Dores, em Porto Alegre. Em parte, a lista de seis votos, ao natural, tornou a eleição mais lenta. Também foi pouco divulgado que, além da apresentação do documento de identidade, haveria o reconhecimento biométrico, que falhou em alguns casos e atrasou mais ainda o processo. Curioso é que em algumas seções eleitorais não houve tanta gente assim a esperar sua vez.

O caminhão das melancias

Em uma coisa pelo menos estamos todos de acordo: nunca o País teve uma eleição tão polarizada. Condição que certamente vai se intensificar neste segundo turno. A questão está posta e o que se almeja é que, qualquer que seja o resultado do segundo turno, o presidente eleito freie o caminhão das melancias para que elas se acomodem. A outra opção é rezar.
 

O voo do besouro

Quando Jair Bolsonaro (PSL) começou a despontar como possível, mas nem por isso provável candidato a presidente, parecia fadado ao fracasso. Só que voou como um besouro. Aerodinamicamente este inseto não poderia voar, mas voa. E voa alto, ao que parece.
 

Mano a mano

Escolher o paulista Geraldo Alckmin como candidato foi um risco enorme. O seu jeito de ser era conhecido e ao PSDB caberia retrabalhar seu modo de se comunicar. Mas a rejeição do eleitor ao seu nome é uma das coisas bem brasileiras. Com várias administrações bem-sucedidas em um estado cuja capital tem população igual ao Rio Grande do Sul, deveria ter decolado pela lógica. Só que não somos um país lógico.
 

O golpe da cola

O candidato percorre seus domínios e cabala votos, às vezes, acompanhado de algum gentil oferecimento. Como não pode fotografar a urna eletrônica, o eleitor mostra a cola que levou para votar. Tudo bem, tudo bonito, só que os mais espertos fazem a mesma cola mudando o nome dos candidatos. Como disse o Barão de Itararé, os vivos serão cada vez mais e necessariamente governados pelos muito vivos.
 

Que te viu, quem te vê

Inédito nas últimas eleições é a miniaturização do Partido dos Trabalhadores (PT), pelo menos no Rio Grande do Sul. Ver dois inimigos do peito chegar ao segundo turno deve doer. E o percentual alcançado pelo PT dá o seu tamanho no Estado.
 

Júlio, o sincero

Neste sentido, Júlio Flores foi o único candidato de esquerda que disse com todas as letras que o seu PSTU quer expropriar bancos, empresas privadas, terras e tudo mais que norteou o falecido comunismo, hoje com muitas viúvas de 1917 não assumidas. É a esquerda sub-reptícia.
 

Surpresas e as pesquisas

Pela última pesquisa do Ibope, divulgada sábado, Eduardo Leite estava em curva ascendente, pelo menos aí acertaram. Em vários outros casos erraram feio, caso da disputa ao Senado. O mais votado, Luis Carlos Heinze (PP) estava em São Borja quando saiu o resultado, nem veio a Porto Alegre, pois parecia que já estava fora.
 

A vez do juiz

Primeira pisada no tomate nas pesquisas se deu com a boca de urna no Rio de Janeiro, que deu na ponta Wilson Witzel (PSC). Nas pesquisas, o ponteiro era Eduardo Paes, do DEM. Witzel é ex-juiz e assim se apresenta, então pode ser por aí a explicação para seu desempenho. Outra novidade foi a votação do Partido Novo ao governo de Minas Gerais.
 

O novo de novo

De certa forma, a eleição a governador foi mais um capítulo do "novo", não o partido, mas o candidato. E ele se chama Eduardo Leite (PSDB). José Ivo Sartori (MDB) pregou continuísmo e chegou a um patamar que surpreendeu muita gente, pelo desgaste de governar um Estado quebrado.
 

Sem tirar nem por

O discurso de Miguel Rossetto remetia ao início dos anos 2000 quando Olívio Dutra era governador. A cultura da desconstrução, colimando mais em torpedear os adversários do que em propriamente vender suas ideias, de resto cobertas com um verniz fino que encobria o programa de tomada do poder pelo partido.
 

Miúdas

  • MUITA gente se confundiu ao saber, já na urna, que tinha que votar em dois senadores. Falha dos partidos.
  • QUASE que era preciso uma lupa para entender as letras miúdas das listas de candidatos afixadas nas seções eleitorais.
  • CIRO Gomes (PDT) disse que se o povo passasse a bola ele faria o gol. Estranho Em vez de ir atrás, a espera de mão beijada.
  • MUITAS surpresas nas eleições proporcionais. Como sempre, apareceram "fenômenos", porém...
  • PORÉM não existe fenômenos. Existem fatos normais que nós não acompanhamos desde o início da campanha eleitoral.

Finais

GAMBRINUS, restaurante mais antigo de Porto Alegre, recebeu 24 alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Lauro Rodrigues. ARRI Coser (MDR, NB Steak, Marimonti Trattoria&Pizza) será o palestrante do Tá na Mesa desta quarta-feira. GOVERNO chileno promove Roadshow Brasil 2018 no Instituto Ling dia 23/18h.