Uma das transformações de produto mais interessantes na indústria automotiva envolve as picapes. Esses veículos serviam basicamente ao trabalho pesado, sobretudo no campo. Nos Estados Unidos, recebem até hoje o nome de “truck” (caminhão), indicando seu perfil utilitário.
Porém, para acompanhar a evolução tecnológica, dos próprios consumidores e poder também ser uma opção de transporte para as cidades, as picapes modernas foram se aproximando, em conforto e recursos, dos automóveis de passeio. Ficaram mais “suaves”, mas sem esquecer, é claro, da robustez e da força que sempre as definiram.
Foi o que Automotor pôde comprovar mais uma vez ao testar, durante uma semana, a Toyota Hilux SRV 4x4 Automática, com motorização turbodiesel. A picape deixa para trás características que eram presentes nestes veículos, como o barulho elevado do propulsor a diesel, a suspensão excessivamente firme e o acabamento interno espartano.
Em sua linha 2021, a Hilux traz a sobriedade e eficiência que notabilizam a engenharia da Toyota. O funcionamento “arredondado” do motor turbodiesel e da transmissão automática de seis velocidades, junto com um isolamento acústico apurado, se traduzem em baixos níveis de ruído na cabine.
Materiais de boa qualidade e cuidado nas montagens das peças do interior resultam em um ambiente aconchegante e agradável. E a suspensão bem calibrada, associada a pneus com maior capacidade de absorção de irregularidades, proporcionam um rodar macio e estável, sem sobressaltos capazes de assustar quem está ao volante.
A picape Toyota Hilux SRV 4x4 Automática segue sendo um utilitário de verdade, não se tornou um automóvel de passeio. Mas demonstra que a fronteira entre estes dois mundos está cada vez menor.