A montadora e o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) firmaram, em São Paulo (SP), um acordo de parceria tecnológica com essa finalidade. A colaboração busca avaliar e viabilizar diferentes componentes para a introdução deste sistema em automóveis de passeio.
“A participação do Ipen será no desenvolvimento da célula de combustível a etanol. A vantagem é transformar diretamente em eletricidade a energia de um combustível renovável e estratégico para o Brasil para viabilizar o carro elétrico”, diz Fabio Coral Fonseca, pesquisador do Instituto responsável pelo projeto.
A Nissan é a primeira empresa da indústria automobilística mundial a apresentar um protótipo de veículo movido por uma célula de combustível de óxido sólido (SOFC), que funciona por meio da energia elétrica gerada a partir da utilização do bioetanol. A aplicação dessa tecnologia, combinada com a alta eficiência dos motores elétricos e o sistema de bateria, garante uma autonomia superior a 600 quilômetros com 30 litros de etanol.
“A parceria com o Ipen representa uma nova fase do projeto global de célula de combustível de óxido sólido. O conhecimento do Instituto irá contribuir de forma relevante para essa iniciativa da Nissan, que pode beneficiar não só o Brasil, por se encaixar perfeitamente na matriz energética nacional, mas todo o mundo”, comenta Marco Silva, presidente da Nissan do Brasil.
A tecnologia da célula de combustível de óxido sólido da empresa possui um gerador de potência que usa a reação química de diversos combustíveis com oxigênio, incluindo etanol e gás natural, para produzir hidrogênio e posteriormente eletricidade. O sistema é altamente eficiente e funciona 100% com etanol ou água misturada ao etanol. E suas emissões são tão limpas quanto a atmosfera, se inserindo como parte do ciclo natural do carbono.