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- Publicada em 26 de Julho de 2018 às 01:00

Caminho da vida

Durante o mês de agosto, a Igreja se empenha por aprofundar o tema das vocações. Vocação e profissão se distinguem e se complementam. Profissão diz, sobretudo, de preparação técnica, competência, eficiência produtiva, ganha-pão, função social, status, reconhecimento externo. Vocação implica decisão e realização pessoal, chamado interior, paixão, amor e gosto pelo que se faz.
Durante o mês de agosto, a Igreja se empenha por aprofundar o tema das vocações. Vocação e profissão se distinguem e se complementam. Profissão diz, sobretudo, de preparação técnica, competência, eficiência produtiva, ganha-pão, função social, status, reconhecimento externo. Vocação implica decisão e realização pessoal, chamado interior, paixão, amor e gosto pelo que se faz.
A reflexão sobre a temática das vocações se faz necessária, uma vez que adolescentes e jovens se sentem desafiados a escolher um caminho de vida que corresponda aos anseios do próprio íntimo, como resposta ao desejo natural de felicidade e realização pessoal.
O momento histórico é rico de possibilidades e pobre de opções claras. A complexidade social, os desafios que se apresentam a quem deseja cooperar na construção de uma sociedade madura, equilibrada e justa, e o anseio pessoal de autêntica realização humana são fatores que angustiam adolescentes e jovens.
Eles anseiam encontrar um caminho de vida que lhes realize plenamente. No entanto, nem sempre encontram pessoas aptas para lhes ajudar na obra do discernimento. É verdade que existem testes que ajudam a evidenciar as aptidões naturais de adolescentes e jovens. Estas são possibilidades interessantes que podem ajudá-los.
Todavia, a vocação toca uma dimensão profunda da existência da pessoa que ultrapassa as possibilidades de cálculos, diagnósticos e previsões. Ela aponta para um modo característico do ser humano se relacionar com tudo e com todos, para um horizonte de realização, para um futuro, para uma tarefa em constante realização.
Vocação diz de uma voz interior que induz a pessoa a se questionar pelo próprio destino e o destino do mundo.
Pode ser que tais questões estejam um pouco fora de moda! Entretanto, são elas que fazem irromper outras duas questões decisivas e fundamentais: o que é o ser humano? Qual o seu destino?
Numa época em que o "ter" se sobrepõe ao "ser", o profundo cede lugar ao superficial, a cooperação foi morta pela dominação, a solidariedade cedeu seu lugar ao individualismo, resgatar a questão da vocação humana e cristã ganha contornos de necessidade vital, pois o ser humano assumiu para si a tarefa de dar um sentido último para o mundo e para si.
Se por um lado as conquistas da ciência e da técnica continuam se expandido de forma espetacular, por outro, a pergunta mais elementar continua repercutindo no íntimo do ser humano, mesmo quando ele a abafa: o que é o ser humano? Qual é o seu lugar no universo? Qual é a sua origem e o seu destino? Para que ele existe? Qual é o seu modo característico de estar no mundo?
Para o cristão, tudo tem um sentido, tudo está vocacionado para Deus. Se, por um lado, no mundo, encontram-se sinais de ambiguidade, também se constatam sinais vigorosos de vida, de ternura, de eternidade, de Deus.
A perspectiva oferecida pela fé cristã permite crer que o ser humano é vocacionado à vida, à felicidade, para Deus. Ele pode responder a tal chamado como leigo, solteiro ou unido em matrimônio, engajado nos diversos âmbitos da sociedade, como consagrado ou como ministro ordenado.
Cooperar para favorecer a reflexão em torno da questão vocacional junto a adolescentes e jovens que se sentem chamados ou que alimentam o desejo, ainda que fugaz, de cooperar na construção de um mundo melhor para as futuras gerações, é o objetivo do Mês Vocacional que a Igreja propõe.
A sociedade tem a missão de cooperar para que essa sua parcela especial possa assumir não só uma profissão, mas também um caminho de vida que corresponda ao anseio mais genuíno do coração humano: plenitude e eternidade.
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