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Segurança Pública

- Publicada em 31 de Dezembro de 2018 às 01:00

Jungmann defende que caso Marielle permaneça com autoridades locais

O ministro da Segurança Pública relembra que solucionar o caso de Marielle é imprescindível

O ministro da Segurança Pública relembra que solucionar o caso de Marielle é imprescindível


MARCELO CAMARGO/ABR/JC
O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse que espera que a federalização das investigações em torno do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) não ocorra, por confiar que as autoridades atualmente encarregadas do caso irão desvendá-lo.
O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse que espera que a federalização das investigações em torno do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) não ocorra, por confiar que as autoridades atualmente encarregadas do caso irão desvendá-lo.
"Isso depende do Ministério Público Federal, que é quem faz a federalização. O que eu tenho dito é que a Polícia Federal está pronta para entrar no caso Marielle, como sempre esteve. E a nossa expectativa é de que se resolva pelos meios do Rio de Janeiro. Caso isso não seja possível, a Polícia Federal permanece a postos e a disposição para ajudar e contribuir no esclarecimento e elucidação desse bárbaro crime", disse Jungmann.
A transferência da coordenação das investigações foi pedida pelo vereador Marcello Siciliano (PHS), sobre o qual pairam suspeitas de envolvimento no assassinato, ocorrido em 14 de março de 2018. "Por duas vezes, nos colocamos à disposição da federalização e, por duas vezes, fomos recusados. E essa Polícia Federal não tem nenhuma participação na elucidação do caso Marielle porque não nos deixaram entrar no processo", afirmou Jungmann.
O ministro também pontuou que são a vocação e a atuação de Marielle o que infunde a imprescindibilidade de o caso ser solucionado. "Ela era uma representante popular, era uma mulher que defendia comunidades e outros setores. Portanto, o ataque a ela e a morte dela é também um atentado à democracia. Por isso é tão importante para o Brasil esclarecer esse crime de uma vez por todas."
Escolhido ministro da Justiça do governo do presidente eleito Jair Bolsonaro, o ex-juiz federal Sérgio Moro falou sobre o caso em novembro, em sua primeira entrevista após aceitar o convite. De acordo com ele, "todos têm direito à igual proteção da lei, e os crimes de ódio são intoleráveis. O caso da vereadora Marielle tem que ser solucionado".

Intervenção no Rio de Janeiro

Jungmann também foi questionado sobre a possibilidade de o presidente eleito, Jair Bolsonaro, promover mudanças na intervenção no Rio de Janeiro tão logo assuma o Executivo, O ministro disse que há procedimentos a serem seguidos. "Eu creio que não. Primeiro porque, enquanto ela [a intervenção] durar, você não pode emendar a Constituição. E o presidente eleito tem, obviamente, projetos, acredito eu, como outros que o antecederam, no início do mandato, de emendar a Constituição. E você não pode emendar nenhuma emenda constitucional se tiver uma intervenção em um estado, ainda que setorial".
O ministro disse, ainda, não vislumbrar brechas para prejuízos, independentemente de qualquer decisão de Bolsonaro. "Quanto a prejuízo, acho que a intervenção está deixando um planejamento. Se ele for seguido, acho que não haverá nenhum prejuízo, porque a intervenção apresentou resultados positivos até aqui e eles precisam ter continuidade. Tendo continuidade, não há prejuízo."